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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

As Aventuras de Tintim: O Segredo de Licorne (2011)


The adventures of Tintim: The Licorne secret’s, 2011. Dirigido por Steven Spielberg. Com Jamie Bell, Andy Serkins, Daniel Craig.


Nota: 8.5

Quando Steven Spielberg anunciou uma parceria com Peter Jackson para levarem ao cinema um dos quadrinhos mais famosos (não aqui no Brasil) às telonas, o mundo cinematográfico ferver. Dois dos grandes diretores de nosso tempo, um famoso por transformar ETs e tubarões em protagonistas formidáveis, outro responsável pela melhor saga de fantasia (com a proeza de conquistar um Oscar de melhor filme), só poderia resultar em um bom filme, certo? Errado.
As aventuras de Tintim é excelente. Feito com a tecnologia que fez dos asqueroso Gollum um dos personagens mais famosos de que se tem conhecimento, o primor das imagens digitalizadas criaram um mundo do qual seria impossível Spielberg transportar as vertiginosas situações em que o jornalista se mete. A perfeição das sequências são de arrepiar, e chega a passar a idéia de que são de verdade, não copias da realidade.

Neste O Segredo de Licorne, o roteiro engloba o momento em que TinTim conhece o capitão Haddock, para que juntos desvendem o mistério em torno da miniatura de navio. As histórias do passado e do presente do capitão se misturam os levando da Europa à África, e de maneiras menos convencionais possíveis. E também em meio a tiros socos e pontapés, e claro, a ajuda do cachorrinho Milu.

O êxito maior da epopeia é com certeza a proximidade que o filme tem com as aventuras de outro personagem marcante de Spielberg, o arqueólogo intrépido Indiana Jones. A experiência de ter dirigido uma aventura alucinante, com raros momentos para o público respirar, e tendo um sucesso de público e crítica consistentes, deu a ele a segurança necessária para fazer uma obra de animação, não direcionada ao público infantil, e ter a certeza de que será bem recebido.
Honras à parte para o fabuloso Andy Serkins. Entre os personagens que ganharam vida pelas expressões dos atores reais, o Capitão Haddock é o que apresenta o maior número de caras e bocas diferentes, e com uma naturalidade que só Serkins lhe poderia emprestar . Por fim, tudo um trabalho de mestre do cinema, com um mestre do fantástico, uma obra de arte que criará um outro conceito às animações, que estava mesmo precisando disso.

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