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domingo, 28 de julho de 2013

OS 10 MAIS: MERYL STREEP


Meryl e o Oscar. Um casamento perfeito. E como tal teve seus altos e baixos na incrível trajetória de uma das maiores estrelas que o cinema já viu. Seu incontestável talento a levou estar no topo da lista de número de indicações da história. Foram muitos trabalhos, a maioria deles relevantes e dentre estes relevantes, levantei a lista dos 10 melhores momentos de sua brilhante careira:



10 - MAMMA MIA (2008)

Neste musical estrelado de Phyllida Lloyd, a atriz entrega uma atuação diferente e surpreendente para quem construiu a carreira em cima de dramas e filmes históricos. Meryl é uma dona de casa comum, que ao se entregar aos anseios da juventude, teve de se conformar com muito bom humor, com suas consequências. Como sua filha não saber quem é seu verdadeiro pai. O filme é uma delícia de se assistir e digo, em boa parte pelo nomes que completam o elenco e em especial , da atriz, que parece não se cansar de boas atuações.


09 - A DAMA DE FERRO (The Lady Iron, 2011)

A parceria com Phyllipa volta a dar frutos. Desta vez mais ambiciosos para a atriz, que aqui abocanha o Oscar vivendo a saudosa Premier Britânica, que dá título ao longa. Mesmo com alguns furos no roteiro e algo um tanto quanto pequeno diante da grandeza da figura histórica em questão, a maquiagem carregada não impediu que a atriz tivesse uma atuação espetacular. Bem à altura da personagem título, e neste caso, tornou-se maior que o filme. 


08 - ENTRE DOIS AMORES (Out of Africa, 1985)

Neste romance autobiográfico da escritora dinamarquesa Isak Dinesen, a atriz empresta mai uma vez seu talento para ajudar a elevar uma história nem um pouco ortodoxa dentro dos padrões dos anos 20. Cansada das traições do marido, a autora de Sete Contos Góticos (1934), muda seu destino econômico, obtém sucesso com o seu talento, mas volta às suas origens. É outro filme que se tornou cult na década de 80, mas que mesmo assim não apagou a estrela da atriz. 



07 - MÚSICA DO CORAÇÃO (Music of the Heart , 1999)

Uma mulher que usa sua música para cuidar do que restou de sua família é simplesmente um encanto. Mas encantadora ainda é a atuação segura da atriz que ajuda a alavancar este dramalhão familiar. O diretor Wes Graven sabia o que tinha em mãos e não economizou ao  dar a ela a maior parte das sequências. Assim fica fácil ouvir uma grata melodia para os críticos que apreciam boas atuações. 




06 - AS HORAS (The Hours, 2002)

Mais uma vez a atriz se junta e se sobressai a um grande elenco neste filme extraordinário de Stephen Daldry, baseado em um dos contos de sucesso da escritora Virginia Wolff. Ela é uma brilhante profissional que no início dos anos 2000, divide a vida com uma parceira e uma filha. De personalidade melancólica se assemelha à personagem descrita por Wollf em seu livro e diante disso as sequências emocionais ditam a tônica de sua grande e o mais primordial neste caso, segura atuação. 


05 - KRAMER s. KRAMER (1979)

É difícil imaginar que alguém possa ser contemplado com um Oscar apenas por uma lágrima escorrendo e uma arrepiante expressão facial. Não pra quem conhece o trabalho de Streep. Dirigido por Robert Benton, a atriz, aqui faz parceria com o formidável Dustin Hoffman. Embora apareça em poucas tomadas como a mãe que entra em litigio com o marido na disputa da guarda de seu filho, foi o suficiente para deixar sua marca e pôr as mãos no Oscar como Melhor Atriz coadjuvante. 


04 - DÚVIDA (Doubt , 2008)

Junte um quarteto de bons atores impregnados num filme quase claustrofóbico. Deste esquema, aflora facilmente atuações sensacionais, como a de uma Madre Superiora que para manter a moral de seu Colégio sacerdotal coloca em dúvida a reputação de um de seus sacerdotes. Um brilho instigante a uma atuação perfeita. O filme de John Patrick Shanley tem uma premissa tão forte quanto a interpretação da atriz, mais uma vez indicada ao Oscar. Sem sombra de dúvidas, inquestionável. 


03 - AS PONTES DE MADISON (The bridges of Madison County, 1995)

O encontro de dois gigantes só poderia render bons frutos. Clint Eastwood dirigiu e atuou ao lado de Streep neste drama romântico. Acostumado a extrair grandes atuações de suas estrelas, o diretor não deixou por menos ao aproveitar o talento dramático da maior delas. A cativante personagem que se encontra no lugar-comum das donas-de-casa reprimidas, carrega o longa, tornando-o histórico. 



02 - O DIABO VESTE PRADA (The Devil Wears Prada , 2006)

É difícil não olhar para Miranda Priestly e não fazer uma exclamação que dá título ao filme. Colossal! A construção da personagem, o ambiente do filme, a dinâmica com a promissora Hathaway, o enredo,  a sinopse chamativa do filme de David Frankel. A esta incrível dama de ferro do cinema se deve uma das melhores atuações da história e sucesso do filme, que virou um hit do ano. Não chega a ser o melhor filme que você já viu na sua vida, mas certamente é uma das melhores atuações de uma atriz que você já viu na sua vida. 


01 - A ESCOLHA DE SOFIA (Sophie's Choice, 1982)

Uma atriz vivendo simplesmente uma mulher. Ao se desnudar completamente de suas raízes cinematográficas, deixa fluir a naturalidade que emprestou a uma personagem humana no filme histórico de Alan J. Pakula. Pode parecer estranho falar em naturalidade diante do drama sobrecarregado de uma mulher que foi parar num campo de concentração no passado, viveu enclausurada em suas próprias obsessões no presente sem prever algo de bom em seu futuro. No entanto esta naturalidade não provém do roteiro e sim, do aprofundamento natural do talento de Streep. Quando assistimos ao filme fica impossível desassociá-lo da mesma, uma vez que até um sotaque polonês ela emprestou a sua personagem. Sem falar que o momento decisivo que deu título ao filme, entrou para a galeria das melhores cenas do cinema. Imperdível, histórico, unânime. A melhor dentre as melhores. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ranking Cinematográfico: 1895 - 1929


quinta-feira, 18 de julho de 2013

PREVISÕES PARA O OSCAR 2014: 2ª rodada

MELHOR FILME:


Podem entrar:

Foxcatcher
The Counselor
Blue Jasmine
American Hustle
Nebraska


MELHOR DIRETOR



Podem entrar:

Paul Greengrass – Captain Phillips
Ridley Scott – The Counselor
Ryan Coogler – Fruitvale Station
Joel e Ethan Coen – Inside Llewyn Davis
Alexander Payne – Nebraska

MELHOR ATRIZ



Podem entrar:

Nicole Kidman – Grace of Mônaco
Marion Cotillard – The Immigrant
Amy Adams – American Hustle
Kate Winslet – Labor Day
Carey Mulligan – Inseide Llewyn Davis


MELHOR ATOR



Podem entrar:

Benedict Cumberbatch – The Fifth Estate
Idris Elba – Mandela: A Look Walk to Freedom
Steve Carrel – Foxcatcher
Bruce Dern – Nebraska
Oscar Isaac – Inside Llewyn Davis

MELHOR ATOR COADJUVANTE



Podem entrar:

Daniel Bruhl – Rush
Joaquin Phoenix – The Immigrant
Jeremy Renner – America Hustle
Matt Damon – The Monuments Men
Javier Bardem – The Counselor

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE



Podem entrar:

Cate Blanchett – The Monuments Men
Adepero Oduye – Twelve Years Slave
Sally Hawkins – Blue Jasmine
Jennifer Garner – The Dallas Buyers Club
Catherine Keener – Captain Phillips


ROTEIRO ORIGINAL

Gravity – Alfonso Cuarón,; Jonas Cuarón e Rodrigo García
Inside Llewyn Davis – Joel e Ethan Coen
The Counselor – Comarc McCarthy
Her – Spike Jonze
Blue Jasmine – Woody Allen

Podem entrar:

Mud – Jeff Nichols
Saving Mr. Banks – Kelly Marcel e Sue Smith
The Way, Way Back – Nat Faxon e Jim Rash
American Hustle – David O. Russel e Eric Singer
Fruitvale Station – Ryan Coogler


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

August: Osage County – Tracy Letts
The Monuments Men – George Clooney e Grant Heslov
Twelve Years Slave – John Ridley e Steve McQueen
Captain Phillips – Billy Ray
The Wolf of Wall street – Terence Winter

Podem entrar:

Philomena – Steve Coogan e Jeff Pope
Labor Day – Jason Reitman
Antes da Meia-Noite – Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke
The Fifth State – Josh Singer
The Butler – Lee Daniels e Danny Strong


MELHOR MONTAGEM

Gravity – Alfonso Cuarón e Mark Sanger
The Monuments Men – Ruy Diaz e Stephen Mirrione
Rush – Mike Hill
The Wolf of Wall Street – Thelma Schoonmaker
Captain Phillips – Christopher Rouse

Podem entrar:

All is Lost – Peter Beaudreau
Elysium – Julian Clarke
American Hustle – Jay Cassidy e John Struthers
Twelve Years Slave – Joe Walker
The Counselor – Pietro Scalia


MELHOR FOTOGRAFIA

The Wolf of Wall Street – Rodrigo Prieto
Gravity – Emmanuel Lubezki
The Monuments Men – Phedon Papamichael
Inside Llewyn Davis – Bruno Delbonnel
Twelve Years Slave – Sean Bobbitt

Podem entrar

Prisioners ­– Roger Deakins
Foxcatcher – Greig Fraser
Labor Day – Eric Steelberg
Captain Phillips – Barry Ackroyd
Rush – Anthony Dod Mantle


MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

The Hobbit: A Desolação de Smaug – Dan Hennah
O Grande Gatsby – Catherine Martin
Twelve Years a Slave – Adam Stckhausen
The Monuments Men – James D. Bissel
Gravity – Andy Nicholson

Podem entrar:

Saving Mr. Banks – Michael Corenblith
Grace of Mônaco – Dan Weil
Oz: Mágico e Poderoso – Robert Stromberg
The Invisible Woman – Maria Djurkovic e Tatiana Mcdonald
Inside Llewyn Davis – Jess Gonchor e Susan Bode


FILME DE ANIMAÇÃO

Os Croods
Universidade Monstros
Meu Malvado Favorito 2
Frozen – O Reino do Inverno Mágico
Ernest & Celestine

Podem entrar

O Reino Escondido
Turbo
Aviões
Metegol

The Wind Rises

domingo, 14 de julho de 2013

Os 10 mais: Steven Spielberg

Steven Spielberg
Ele é simplesmente o maior nome do panteão cinematográfico de que se tem notícia em Hollywood. Um amante do cinema que realizou todos os seus sonhos e ajudou a criar mundos e personagens assustadores e inesquecíveis. Além disso, produziu outros megassucessos, o que lhe rendeu a condição de "Midas do Cinema". Um verdadeiro gênio que sabe conduzir tanto "blockbusteres", os quais estão sempre entre as maiores bilheterias, e filmes "sérios", que marcaram época e tem presença em muitas listas dos melhores da história. O Cineposforrest selecionou os 10 imperdíveis da carreira do diretor:



10 - Jurassic Park (1993)

Podem reclamar do roteiro pueril e novelístico da história criada por Michael Crichton, mas negar sua relevância técnica é idiotice. Na era pré-CGI (captura de movimentos) criar, ou recriar, criaturas assustadoras e que desde sempre fizeram parte do imaginário da maior parte da população mundial é no mínimo digno de estar na lista. Esta produção coroou o diretor com um de seus trabalhos mais impressionantes, tanto no drama (A Lista de Schindler), quanto em ficção. Mesmo vinte anos depois, as cenas de tensão extraordinária e o T-Rex continuam hipnóticas. 

9- A Cor Púrpura (1985)

Quando todos já tachavam o diretor como o mestre dos blockbusteres, eis que ele calou a boca de todos com este drama de arrancar lágrimas até nos mais céticos. A história de Alice Walker sobre uma comunidade rural pobre e negra do sul dos EUA calou definitivamente todos que lhe torciam o nariz. Com atuações estuprndas de Oprah Winfrey e a então novata Whoopi Goldberg, Spielberg mostrou que não tinha medo de correr riscos. O filme entrou para história como um dos que mais recebeu indicações ao Oscar e saiu de mãos abanando (11 nomeações). Mais picardia contra o diretor do que baixa qualidade.


8- Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977)

Uma reinterpretação profissional do épico caseiro de Spielberg feito na adolescência, este brilhante suspense de ficção-científica consolidou de vez o nome do diretor. Recheado com os elementos que seriam tradicionais em quase todas produções do diretor (uma busca pessoal, autoridades estúpidas e crianças), ele ainda conta com uma trilha formidável de seu parceiro John Willians, com a famosa melodia de cinco notas, e cenas inesquecíveis, como a chegada da nave-mãe (fotografia espetacular de Vilmos Zsigmond). Mesmo lançado após o arrasa-quarteirão Star Wars, conseguiu se tornar um fenômeno pop. Trabalho de mestre.

7- O Império do Sol (1987)

Em seu mais sombrio trabalho, Spielberg novamente deixa de lado o cinemão pipoca para se enveredar pela 2ª Guerra Mundial (não seria a última vez) para mostrar a história de Jim (o jovem Christian Bale), um menino inglês que vive na China com seus pais. Quando o país é invadido pelo Japão, ele se separa dos pais e vai parar em um campo de concentração. Para sobreviver, desenvolveu um mercado negro de alimentos e objetos pessoais. Um filme com um visual avassalador e final emocionante, e que obrigou Spielberg a negociar com o governo chinês para ser liberado para filme em seu território. Mas conseguiu. Tem moral o cara.

6- Munique (2005)

Este é definitivamente o projeto mais complexo e menos badalado realizado pelo diretor. O drama recria o terrível acontecimento que foi transmitido para 900 milhões de pessoas nas Olimpíadas de 1972, em Munique, quando um grupo terrorista denominado Setembro Negro matou 2 integrantes da delegação israelense e manteve 9 como reféns durante 21 horas. Spielberg faz um trabalho brilhante, neutro, e consegue transmitir a amargura e ódio de Avner (Eric Bana), que tem a missão de encontrar e assassinar 11 possíveis responsáveis. Muitos fãs não gostaram, mas é uma obra particular e brilhante.

5- Os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Obra-prima de ação, protagonizada por seres humanos e, mesmo que o sobrenatural faça as honras, antagonizadas por seres humanos. Indiana Jones (Harrison Ford) é um professor de arqueologia que nas horas vagas se torna caçador de relíquias. Quando parte em busca da Arca Perdida, dá início a uma grande aventura marcada por inimigos aos montes, um antigo amor e muito humor. Uma parceria com George Lucas, além de trabalhos inesquecíveis de Michael Kahn e John Willians, montagem que segue o ritmo contagiante da trilha sonora, até hoje, reverenciada como uma das melhores da história. 

4- O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Mesmo depois de fazer trabalhos extraordinários e ter alcançado o status de diretor sério, Spielberg conseguiu impressionar com esta obra de teor documental e violência visceral. Novamente sobre a 2ª Guerra Mundial, ele acompanha a trajetória de 8 homens que saem em busca de apenas um, que perdeu outros quatro irmãos. Mesmo que o roteiro apresente os maneirismo melodramáticos e o perceptível maniqueísmo, o trabalho é irretocável. Os 27 minutos iniciais, com a invasão da praia na Normandia, com sangue, mutilações e explosões, são, talvez, a sequência mais próxima do real que o cinema já viu. Show.

3- Tubarão (1975)

Este longa foi o primeiro grande evento cinematográfico que se tem notícia, no que diz respeito a publicidade, e pode ser considerado o "pai dos blockbusteres". Porém, engana-se que este suspense, adaptado da obra de Peter Benchley, é apenas um pipoca. O roteiro é bem construído e a artimanha de Spielberg em manter a fera assassina oculta o maior tempo possível são de tirar o fôlego. Contando com atuações convincentes e um trabalho técnico impecável (a cabeça mecânica do tubarão dá um certo tom realista), tem na trilha sonora de Willians a cereja do bolo, que ainda dá arrepios a quem viu o filme.

2- E.T. - O Extra-Terrestre (1982)

Um extraterrestre olhudo de aparência cartunesca que chega à Terra por acaso e faz amizade com um menino solitário. Parece uma grande bobagem, porém Spielberg tratou de a transformar em uma das mais sublimes obras de arte do cinema. O filme saiu de uma ideia do diretor de que todo mundo tem uma criança interior. Mas com uma mescla de humor, aventura e um pouco de drama, o roteiro de Melissa Mathison se tornou um cântico sobre amizade e amor ao próximo, que em época de Guerra Fria, ficou ainda mais relevante. A cena da bicicleta projetada na lua se tornou uma das mais conhecidas e homenageadas.

1- A Lista de Schindler (1993)

Se com A Cor Púrpura  e O Império do Sol Spielberg mostrou que poderia dirigir um bom drama, neste drama perturbador sobre o Holocausto, ele finalmente atingiu o ápice e respeito merecidos. Através da história do bon vivant Oskar Schindler (Liam Neeson) que salvou a vida 1100 judeus durante a 2ª Guerra. Um relato emocionante, que mesmo que tenha excluído alguns fatos polêmicos sob re a vida pessoal (devido ao endeusamento comum a Spielberg), o trabalho não perde sua relevância. Fotografia em preto e branco impecável, direção de arte perfeita e atuações assombrosas. O melhor do diretor, e Top 10 entre todos em muitas listas especializadas. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Os 10 mais: Robert De Niro

Ele é sem dúvidas um dos melhores atores entre todos que já deram suas caras nas telonas. E não foram poucas as que ele mostrou. Desde gangsteres, passando por psicopatas até a ex-agente do FBI, são muitos os tipos já encarnados dentre os 58 filmes de sua carreira. Agora, perto de completar seus 70 anos, o Cineposforrest lhe presta uma homenagem escolhendo seus 10 melhores personagens:



Homens de Honra
10- Capitão Billy Sunday (Homens de Honra; 2000)

Nesta subestimada e comovente história baseada em fatos reais, o ator interpreta um de seus mais intensos personagens. Quando o taifeiro Carl Brashear (Cuba Gooding Jr.) decide tentar se tornar mergulhador-chefe da Marinha, encontra muita resistência por ser negro. A relação entre eles que começa com ódio, aos poucos passa a respeito mútuo. De Niro é tão visceral que desperta no público tanto raiva na primeira parte do filme, quanto a admiração no trecho final.






Tempo de Despertar

9 - Leonard Lowe (Tempo de Despertar; 1990)

De Niro vive um homem que depois de passar anos em estado vegetativo, recebe uma droga experimental de um médico interpretado por Robin Willians e volta "a vida". Aos poucos, Leonard vai se recuperando e mostrando uma grande felicidade em viver. Uma atuação belíssima e inspiradora, que mostrou que o ator não era uma caricatura que se dava bem apenas com psicopatas e gangsteres, sabia incorporar também tipos sensíveis. Recebeu indicação ao Oscar de melhor ator.



O Último Magnata
8- Monroe Stahr ( O Último Magnata; 1976)

Neste estupendo filme de Elia Kazan, o ator incorpora o dono de um grande estúdio cinematográfico da Hollywood dos anos 30. Baseado na obra de F. Scott Fitzgerald, o personagem é inspirado no lendário chefe da MGM, Irving Thalberg. O papel que seria de Jack Nicholson foi dado a De Niro, e ele não decepcionou. Soube captar a frieza e pulso forte que fizeram de Stahr (Thalberg) temido e respeitado. Um show de interpretação.



O Rei da Comédia
7- Rupert Pumpkin (O Rei da Comédia; 1981)

Na contribuição de De Niro a Martin Scorcesse, ele vive um aspirante a comediante que seuqestra um consagrado apresentador de TV interpretado pelo mítico Jerry Lewis. Tudo isso para conseguir um espaço no programa para apresentar seu número de comédia. Atuação memorável que consolidou de vez a categoria do ator, além de provar que os 2 Oscar que já havia levado para casa não tinha sido por mera coincidência.



O Franco-Atirador
6- Mike Vronsky (O Franco-Atirador; 1978)

Neste obscuro relato das consequências da Guerra do Vietnã, o ator vive um operário de uma fábrica que, junto com dois amigos (John Savage e Christopher Walken), parte para os campos de batalha vietnamitas. Algum tempo depois eles são capturados e submetidos a todo tipo de tortura física e mental. Atuação sombria de De Niro que transita entre a loucura e a lucidez, e a passagem onde são obrigados a participar de uma roleta-russa é fantástica. Só não foi a melhor de sua carreira por que Walken divide os holofotes.




Cabo do Medo

5- Max Cady (Cabo do Medo; 1991)

Um dos mais famosos psicopatas do cinema só conseguiu este patamar devido à atuação antológica de Robert De Niro. Depois de cumprir 14 anos por estupro, Max Cady decide se vingar de seu ex-advogado  Sam Bowden (Nick Nolte), a quem atribui sua condenação. Utiliza de inúmeras artimanhas para aterrorizar a família, inclusive seduzir a filha adolescente de Bowden (Juliette Lewis). Hipnótico, o ator protagoniza ao lado de Lewis uma das cenas mais repulsivas da história do cinema. Formidável.




Touro Indomável
4- Jake LaMotta (Touro Indomável; 1980)

Se fosse só analisar a forma como incorporou o pugilista La Motta, De Niro já seria dignos da várias láureas que recebeu por sua atuação. Entretanto, a força de vontade com que se propôs a engordar 25 quilos e treinar boxe durante um ano inteiro, mostrou que não era apenas um bom ator e sim um fora-de-série. A trajetória degradante do campeão é transmitida com coragem, e a constante transformação de monstro ciumento em amante amoroso fez valer seu Oscar de melhor ator.




1900
3- Alfredo Berlinghieri (1900; 1976)

Neste épico extraordinário de 8 horas de duração (apesar de as cópias atuais trazerem "apenas" 5 horas e pouco), o destino de dois amigos, um filho de camponeses (Depardieu) e outro filho de latifundiários (De Niro), coincidem com as mudanças sócio-políticas do país, como o fortalecimento do Fascismo. A forma como o ator passa por toda a extensão da obra de Bertolucci mantendo um nível incrível de atuação. Truculento como sempre, porém flertando com a amargura e o ceticismo. Gênio.




O Poderoso Chefão, Parte II
2- Vito Corleone (O Poderoso Chefão, Parte II; 1974)

Vito Corleone é o único personagem da história do cinema a dar o Oscar de atuação a dois atores diferentes. Mas isso só foi possível por que De Niro soube fazer as modificações necessárias de todas as peculiaridades da atuação premiada de Marlon Brando. A ascensão do "padrinho" é defendida com gana e o ainda desconhecido ator começou a se destacar e ser convidado para projetos de diretores mais renomados em Hollywood. Imperdível.




Taxi Driver
1- Travis Bickle (Taxi Driver; 1976)

Responsável por cenas marcantes, o Travis de De Niro é um personagem dualizado. Atormentado pelo declínio moral da população americana, se propõe a trabalhar como taxista pelas madrugadas nova iorquinas e frequenta cinemas pornográficos. Ao mesmo tempo se propõe a proteger a prostituta adolescente interpretada por Jodie Forster. Seu plano de matar um senador candidato à presidência termina o consagrando como herói. No meio de tudo isso, um De Niro intenso, obstinado e brilhante.