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domingo, 15 de dezembro de 2013

10 musicais imperdíveis

Não há como se falar da história do cinema sem passar pelos musicais. Por muito tempo foram eles os responsáveis por alavancar estúdios e serem suas principais fontes de renda. Além disso, consagraram figuras como Fred Asteire, Ginger Rogers e Gene Kelly, e levaram multidões ao êxtase com números de canto e dança que ficaram para sempre na emoção do público. O Cineposforrest listou 10 musicais essenciais para qualquer cinéfilo que se preze.

 10 - Mary Poppins (Idem, 1964)

Uma gloriosa obra para "crianças de todas as idades", baseado na obra da escritora P. L. Travers, cativou milhões de pessoas ao contar a história de uma babá que cuida do casal de filhos de pais severos. A mágica dos estúdios de Walt Disney conseguiram inserir os números musicais de forma bem-humorada, sentimental e movimentada. Alguns dos números são inesquecíveis, como o que reúne os atores com desenhos animado. Atuações inesquecíveis de Julie Andrews (vencedora do Oscar) e Dick Van Dyke. 

9 - Os Guarda-Chuvas do Amor (Les Parapluies de Cherbourg, 1964)

A história é simplória: um jovem vai à Guerra da Argélia e deixa para trás a namorada grávida. Quando retorna, a encontra casada com outro homem. Apesar disso, o filme de Jacques Demy é simplesmente brilhante. Não só pela forma incrível como conduziu os diálogos que ão todos cantados (e seria "copiado" só em 2012 por Os Miseráveis ), mas também pela música extraordinária de Michel Legrand. Venceu merecidamente a Palma de Ouro em Cannes.


8 - O Show Deve Continuar (All That Jazz, 1979)

O autobiográfico filme de Bob Fosse conta a história de um diretor de teatro e cinema que sofre um enfarte mas não renuncia à vida agitada e cheia de excessos. Nessa trajetória de autodestruição, os números rendem passagens antológicas com seu encontro com o Anjo da Morte, e seus embates com as belas mulheres e produtores insatisfeitos. Vencedor de 4 Oscar, o longa remete ao cinema de Bergman e Fellini, principais influências cinematográficas de Fosse.


7 - My Fair Lady (Idem, 1964)

Florista rude é treinada por figurão excêntrico para se tornar uma dama. Está maravilhosa versão musical da peça Pigmalião de Bernard Shaw, é divertida e agradável, com uma produção impecável e hipnótica. A interação de Audrey Hepburn e Rex Harrison é incrível e rende cenas divertidíssimas. Hepburn teve suas canções substituídas por uma dublagem, o que a deixou muito chateada. Ainda assim é um grande espetáculo, vencedor de 8 Oscar.



6 - Cabaret (Idem, 1972)

No início dos anos 30 em uma decadente Berlin, uma cantora americana faz o que pode para no palco enquanto espera um convite de um grande estúdio de cinema alemão para atuar, além de dividir seu amante com um homossexual. Espetáculo visual incrível e tem um frescor inesquecível devido ao carisma de Liza Minelli, que dá um show à parte. Adaptação de uma peça de sucesso na Broadway que rendeu 8 Oscar, mas curiosamente, perdeu o de melhor filme para O Poderoso Chefão.


5 - O Mágico de Oz ( The Wizard of Oz, 1939)

Menina é levada do Kansas à terra de Oz por um furacão. Lá se junta a um homem de lata, um espantalho e um leão, todos buscando algo especial em sua vida. Com humor, suspense, cenários e canções primorosas, é recomendado tanto para crianças, quanto para adultos. O que dá um toque ainda mais extraordinário ao filme é a forma com foram divididas as cenas do mundo "real" em sépia e Oz em Technocolor. Alpém disso, tornou Judy Garland uma estrela. Venceu o Oscar de canção para a inesquecível Over the Rainbow.


4 - O Picolino (Top Hat, 1935)

O que torna esse libelo musical inesquecível não seu enredo complicado, que traz a história de um show-man contratado como um astro de um musical, se apaixona por uma americana e depois tem de provar para ela, dançando, seu valor. Mas os números de dança de Fred Asteire e Ginger Rogers (apesar de não se darem bem) são um verdadeiro espetáculo. Além, é claro, da contribuição extraordinária das canções do mestre Irving Berlin, que torna essa comédia de situações ainda mais leve e apaixonante.

3 - Chicago (Idem, 2002)

Quando se pensavam que o gênero dos musicais não traria mais algo acima da média, Robert Marshall conduz essa adaptação de um fantástico espetáculo da Broadway, no qual Roxie Hart e Velma Kelly estão dispostas a qualquer coisa para se tornarem estrelas no Vaudeville da Chicago dos anos 30. Com atuações inesquecíveis de Renee Zellweger e Catherine Zeta-Jones (que venceu o Oscar), produção impecável e números musicais incríveis, venceu 6 Oscar e por excelência merece estar nesta lista.


2 - Amor Sublime Amor (West Side Story, 1961)

Este monumento do cinema é notável não só por transportar dos palcos em visão dos subúrbios da Nova Iorque dos anos 50, com suas gangues e burburinhos, inspirado em Romeu e Julieta de Shakespeare, mas também por reconstituir as mais diversas situações em forma de dança, conduzidos por Jerome Robbins, que deu um toque de realismo jamis vistos em um musical. Além disso, tem atuações notáveis dos coadjuvantes Rita Moreno e George Charikis, que venceram dois dos 10 Oscar que o filme faturou. 

1 - Cantando na Chuva (Singin' in The Rain, 1952)

Essa visão brilhante e bem-humorada sobre a chegado do som ao cinema não é só o mais brilhante e relevante musical que se tem notícia, como também é um dos melhores filmes já feito em Hollywood. As coreografias inigualáveis, as canções cômica e românticas inesquecíveis rendem passagens brilhantes, como a que Kelly desliza sobre poças d'agua que dá nome ao filme e um balé de 14 minutos de Kelly com a incrível Cyd Charisse. Seu elenco que ainda conta com Debbie Reynolds e o excelente Donald O'Connor fez dele um verdadeiro mito cinematográfico. Foi recebido com indiferença pelos críticos na época, mas que com o tempo foi reconhecido como o melhor musical de todos os tempos.

domingo, 1 de dezembro de 2013

10 filmes para mulheres (não mulherzinhas)

A gente vê muitas listas de "filmes para mulheres", repletos de filmes de amor e e melodrama, como se só fosse isso que o sexo feminino deseja. O Cineposforrest selecionou 10 filmes com conteúdo feminista, que trazem uma mensagem evidente de que as mulheres merecem muito mais do que casa, comida e roupa lavada. Exaltam sua luta para serem reconhecidas com igualdade pelo sexo oposto e não como seres menores.

10- A Cidade do Silêncio (2006)

Este longa que apresenta um enredo com teor politizado, porém também observamos uma imensa crítica de como o capitalismo está diretamente ligado à cultura machista. A repórter vivida por Jennifer López representa a reação feminina e sua vontade de causar uma revolução, mesmo que seja em um país de tradições ortodoxas e violentas, como o México. 

9- Thelma & Louise (1991)

Uma dona-de-casa subjugada e uma garçonete cínica e cansada de sua vida decidem partir rumo a uma viagem de autoconhecimento e libertação dos valores da sociedade machista americana. Um belo road-movie que sensibilizou platéias pelo mundo e ainda expôs as desigualdades sociais que o país não gosta de exibir. Atuações extraordinárias de Geena Davis e Susan Sarandon.




8- O Piano (1993)

Mesmo sem a voz, propriamente dita, uma viúva escocesa vivida com carga excepcional por Holly Hunter consegue expressar sua vontade de ser livre para manifestar sua arte e seus desejos amorosos e sexuais em um período onde isso era um tabu gigantesco. Essa parábola sobre os paradoxos da auto-expressão feminina dirigido por Jane Campion sensibiliza e choca, mas principalmente, inspira a mulher que assistir.  



7- A Cor Púpura (1985)

Uma luta em duas frentes: contra o racismo e contra a submissão feminina. Este grande filme de Steven Spielberg mostra a luta de uma mulher negra para se libertar de sua condição de escrava do marido na América pós-Guerra Civíl. Além de tudo, Celie (Whoopi Goldberg, ótima), ajuda a libertar também a amiga, vivida por Oprah Winfrey. Mesmo com muito melodrama, é um ótimo e triste espetáculo.



6- Norma Rae (1979)

Uma mulher divorciada, mãe de dois filhos e que passa a sindicalista na luta contra as péssimas condições de trabalho a que são submetidos. Com esta premissa, Norma (Sally Field) se transformou em uma espécie de obelisco da luta feminina em um período de evidentes mudanças de pensamento. "Se Norma poderia ser aquilo tudo, por que eu não?" Devem ter pensado milhares de mulheres. Provavelmente mudou a vida delas.


5- Terra Fria (2006)

Baseado em uma história real, este é um grande exemplar de um filme feminista. Jasey Aimes (Charlize Theron) se divorcia do marido que a espanca e para sustentar os filhos arruma emprego em uma mineradora, onde passa por maus bocados (como a cena do banheiro!). Mas ela se recusa a sair e ainda entra na justiça contra a empresa. Uma luta verdadeira e extraordinária, um exemplo de mulher forte.


4- Meninos não Choram (1999)

O filme, também baseado em uma história real, traz uma garota (Hilary Swank, fantástica) homossexual que decide se passar por um garoto para ser aceita pela sociedade. Um retrato cru, quase documental, sobre a procura de uma saída para o domínio do machismo na sociedade americana rural. Teena Brandon se tornou uma espécie de Mártir na luta das mulheres pela sua liberdade emocional e sexual. 



3- Uma Questão de Silêncio (1982)

Três mulheres que não se conhecem matam um gerente de mercado que acusa uma dona-de-casa de roubo. Este é o ponto de partida para uma visão sobre a raiva sublimada das mulheres que ocasionou as revoluções feministas das décadas de 60 e 70. Um libelo dirigido por Marleen Gorris, acusado, entre outros, por ser uma reversão de esteriótipos, mas nada apaga seu teor revolucionário irrepreensível.



2- Tomates Verdes Fritos (1992)

Uma mistura de humor e melancolia governa as ações do filme que conta história de uma mulher cansada de sua rotina que conhece uma senhora que conta uma história que muda sua vida. Com sensibilidade e beleza as personagens Idge e Ruth nos são apresentados, e toda sua carga revolucionária mostra mais do que uma grande amizade, é uma luta pelos seus direitos de poder amar sem julgamentos. Um marco na cinematografia feminina.


1- Bagdá Café (1987)

O extraordinário filme de Percy Adlon pode ser o mais modesto em questão de produção, mas é o que traz uma mensagem mas forte e objetiva. Quando Jasmin (Marianne Sagebrecht) é abandonada pelo marido na estrada e cruza a vida da valente Brenda (CCH Pounder), nasce ali uma amizade extraordinária onde, dentre muitas lições, aprendem que suas vidas não dependem de nenhum homem, apenas de sua própria força de vontade. Magnífico!!!

sábado, 23 de novembro de 2013

Os 10 melhores elencos do cinema

Alguns filmes dentre as centenas de milhares feitas pelo mundo afora desde seus primórdios, conseguiram unir talentos formidáveis para compor o elenco. Estes se tornaram inesquecíveis, tanto pela carga dramática, quanto pela presença da imagem que já contribuía com o desempenho do longa. Mas para que um elenco consiga uma interação positiva e inesquecível, mais que talento, exigi-se dedicação para que os diálogos, olhares, trejeitos, tudo fosse estritamente perfeito e inesquecível. O Cineposforrest separou 10 elenco formidáveis que marcaram época. Obviamente, é um ponto de vista, por isso o caro leitor pode manifestar sua opinião nos comentários.

Legendas:
Venceu: Oscar (O); Globo de Ouro (O); SAG (S); BAFTA (B)
Indicado: Oscar (O); Globo de Ouro (O); SAG (S); BAFTA (B)

10 - O Senhor dos Anéis (2001; 2002; 2003)

Elijah Wood; Ian McQueelen (O)(B)(B)(S); Viggo Mortensen; Liv Tyler; Sean Astin; Cate Blanchett; Hugo Weaving; John Rhys-Davies; Orlando Bloom; Christopher Li e Andy Serkins.*

Pode ser que o grande mérito do resultado extraordinário da trilogia seja de Peter Jackson, porém não tem como negar que o triunfo deve-se também à dedicação de seus atores e de como conseguiram dar vida aos personagens de J.R.R. Tolkien. É só ler a obra para visualizarmos os atores. Ótimos.

9- Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)

John Travolta (O)(G)(B)(S); Samuel L. Jackson (O)(G)(B)(S); Uma Thurman (O)(G)(B)(S); Bruce Willis; Ving Rhames; Steve Buscemi; Harvey Keitel; Tim Roth; Amanda Plummer; Eric Stoltz e Quentin Tarantino.

O fenômeno da cultura pop que revolucionou os parâmetros da cinematografia contemporânea estarreceu não só pelas cenas de violência, mas também pela forma como Tarantino deu vida e personalidade a um grande número de personagens. Mesmo com pouco tempo, Travolta, Jackson e Thurman agradaram e foram indicados em todos os principais prêmios do circuito. Demais!

8- O Boulevard do Crime (1945)

Arletty; Jean-Louis Barrault; Pierre Brasseur; Pierre Renoir; María Casares; Gaston Modot; Marcel Herrand; Fabien Loris; Marcel Peres; Palau; Etienne Decroux e Louis Florencie.

Considerado um dos maiores filmes franceses de todos os tempos, esta brilhante reconstituição da França do século 19. Porém, o que conduz com maestria o roteiro perfeito de Jacques Prévert, que mescla melodrama, romance e tragédia, é a entrega de seus atores, a nata do país na época, repleta de super atuações, ajudaram a elevar a obra de Marcel Carné a filmografia obrigatória.

7- O Tesouro de Sierra Madre (1948)

Humphrey Bogart; Walter Huston(O)(G); Tim Holt; Bruce Brennett; Barton MacLane; Alfonso Bedoya; Arturo Soto Rangel; Manuel Dondé; José Torvay e Margarido Luna.

Nesse épico de ganância e cobiça de John  Huston, é possível identificar não só uma das mais icônicas e admiráveis produções em locações reais, como também um conjunto de atuações memoráveis. Como o enredo girava em torno da paranoia em busca de ouro, os atores trataram de nos transmitir um embate entre a honestidade e a tentação. Brilhante!

6- A Última Sessão de Cinema (1971)

Ben Johnson (O)(G)(B); Timothy Bottoms; Jeff Bridges (O); Cybill Shephard (G); Cloris Leachman (O)(G)(B); Ellen Burstyn (O)(G); Eileen Brennan (B); Sam Bottoms; Sharon Ulrick e Randy Quaid.

Em um dos mais belos e cultuados filmes de que se tem notícia, Peter Bogdanovich criou esta visão nostálgica e de certa forma pesada às mudanças da América dos anos 50. Porém, o obelisco da magnitude está nas atuações incríveis de atores poucos conhecidos e experientes. Ao todo, seis deles conseguiram ao menos uma indicação nos principais prêmios. Inesquecível.

5- As Horas (2002)

Nicole Kidman (O)(G)(B)(S); Meryl Streep (G)(B); Julianne Moore (O)(B)(S); Ed Harris (O)(G)(B)(S); John C. Reilly; Toni Colette; Claire Danes; Jeff Daniels; Stephen Dillane; Miranda Richardson e Margot Martindale.

Um dos retratos mais brilhantes e amargos do universo feminino foi construído à partir de uma das mulheres mais influentes da literatura inglesa, Virginia Woolf, e com um elenco extraordinário. Desde a incorporação fenomenal de Kidman com Woolf até a cara de paisagem irritante de Reilly, todos contribuem para o grande e sofrível espetáculo de Stephen Daldry. Talvez o último grande elenco do cinema.

4- Sindicato dos Ladrões (1954)

Marlon Brando (O)(G)(B); Eva Marie Saint (O)(B); Karl Malden (O); Lee J. Cobb (O); Rod Steiger (O); Pat Henning; Leif Erikson; James Westerfield; Tony Galento; John F. Hamilton e Abe Simon.

Considerado um dos maiores filmes americanos de todos os tempos, este brilhante retrato social, realista e contundente, pode creditar sim grande parte de seu sucesso ao seu poderoso elenco. Mesmo com a direção segura de Elia Kazan, as atuações inesquecíveis de grande parte de adeptos do naturalismo, oriundos dos preceitos de Constantin Stanislavsky, são um verdadeiro show à parte.

3- O Poderoso Chefão, Parte II (1974)

Al Pacino (O)(G)(B); Diane Keaton; Robert Duvall; Robert De Niro (O)(B); Talia Shire (O); Lee Strasberg (O)(G); Michael V. Gazzo (O); John Cazale; Frank Sivero; Gastone Moschin e Richard Bright.

É uma grande perda de tempo falar das inúmeras qualidades deste épico maravilhos de Fracis Ford Coppola. Porém, sempre é bom destacar que se não fosse pela dedicação espetacular de seu elenco, é provável que o resultado seria inferior. Podem até achar que o primeiro filme teve mais atuações memoráveis, mas neste segundo, tanto personagens quanto atores estão mais maduros e tenebrosos. Destaque para De Niro como o jovem e monossilábico Vito Corleone. Perfeito!

2- Crepúsculo dos Deuses (1950)

Gloria Swanson (O)(G); Willian Holden (O); Erich Von Stroheim (O)(G); Nancy Olson (O); Fred Clark; Anna Q. Nilsson; Jack Webb; Charles Dayton; Lloyd Gough; H. B. Warner e Buster Keaton.

Um dos maiores dramas da história também reuniu um de seus mais talentosos elencos. O texto amargo de Charles Brackett e Billy Wilder se transformou em um prenúncio de mau-agouro. Além do apoio triunfante de seus coadjuvantes, a atuação monstruosa de Swanson e as pontas de Buster Keaton e H.B. Warner, fizeram deste o mais triste retrato da Hollywood sem glamour. Assombroso.

1- A Malvada (1950)

Bette Davis (O)(G); Anne Baxter (O); Celeste Holm (O); Thelma Ritter (O)(G); George Sanders (O)(G); Gary Merrill; Hugh Malowe; Gregory Ratoff; Barbara Bates; Graig Hill e Marilyn Monroe.

Uma obra absolutamente brilhante, reverenciada e parodiada pelas seis décadas que a separa dos dias atuais, o filme de Joseph L. Mankiewicz é a maior concetração de talentos por "fita quadrada". Um embate hipnótico de atrizes extraordinárias, ainda apresenta uma das personagens mais festejadas de todos os tempos: a Margo Channing de uma soberba Bette Davis. Além disso, traz coadjuvantes preciosos e presentes, como o cínico Addison DeWitt de Sanders, e até uma pontinha da futura musa Marilyn Monroe. Triunfo sensacional, elenco inigualável. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Países com mais indicações ao Oscar de filme estrangeiro

O Brasil está há 13 anos sem que nenhum filme o represente na cerimônia do Oscar, entretanto, alguns países estão quase sempre colocando seus filmes entre os finalistas. O Cineposforrest listou os 10 que mais vezes tiveram seus filmes entre os 5 indicados ao prêmio, de 1957 à 2013.

Obs: De 1948 à 1956 só havia o prêmio honorário de melhor filme em lingua estrangeira, sem disputa. França, Itália e Japão venceram 3 cada um.

FRANÇA: 34 indicações

Venceu 8 vezes: Meu Tio (59); Sempre aos Domingos (63); Um Homem, Uma Mulher (67); O Discreto Charme da Burguesia (73); A Noite Americana (74); Madame Rosa (78); Preparem Seus Lenços (79); Indochina (93).

-  Apesar de ser o recordista de indicações, o país amarga quase duas décadas sem levar o prêmio.

ITÁLIA: 27 indicações

Venceu 9 vezes. A Estrada da Vida (57); As Noites de Cabíria (58); 8½ (64); Investigação de um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (71); O Jardim dos Finzi-Continni (72); Amarcord (75); Cinema Paradiso (90); Mediterrâneo (92); A Vida é Bela (99).

- Maior vencedor dentre todos, tem em seu grande nome, Federico Fellini, o responsável por quase metade dos prêmios. Quatro de nove.

ESPANHA: 20 indicações

Venceu 4 vezes: Começar de Novo (83); Belle Epoque (94); Tudo Sobre Minha Mãe (2000); Mar Adentro (2005).

- Tradicional centro cinematográfico europeu, o país está desde 2005, quando venceu, sem conseguir emplacar um finalista!

ALEMANHA: 18 indicações

Venceu 3 vezes: O Tambor (80); Lugar Nenhum na África (2003); A Vida dos Outros (2007);

- O país ficou sem mandar representantes por um bom tempo devido à 2ª Guerra Mundial. Mas, nos últimos anos, está quase sempre entre os finalistas.

RUSSIA: 14 indicações

Venceu 4 vezes: Guerra e Paz (69)*; Dersu Uzala (76)*; Moscou Não Acredita em Lágrimas (81)*; O Sol Enganador (95); 

- Dentre os filmes que venceram o prêmio, Dersu Uzala foi dirigido pelo grande mestre japonês Akira Kurosawa, que estava em baixa em sua terra natal.

SUÉCIA: 14 indicações

Venceu 3 vezes: A Fonte da Donzela (61);Através de Um Espelho (62); Fanny e Alexander (84).

- Simplesmente todos os prêmios recebidos pelo país saíram da genialidade de Bergman. Aliás, venceu os três que disputou. 

JAPÃO: 12 indicações 

Venceu 1 vez: A Partida (2009).

- Curiosamente seu maior nome, Akira Kurosawa, ganhou seu prêmio pela URSS, pois estava em baixa na sua terra natal. O outro prêmio por Rashomon, foi honorário, por isso não foi contabilizado pelo Cineposforrest.

ISRAEL: 10 indicações

Não venceu nenhum.

- É dentre os que receberam mais indicações o único que não conseguiu nenhuma vitória sequer, pois sempre concorreu com filmes favoritíssimos.

DINAMARCA: 9 indicações 

Venceu 3 vezes: A Festa de Babbete (88); Pelle; O Conquistador (89); Um Mundo Melhor (2011).

- Uma das principais escola europeias na década de 90, se manteve em alta nos anos 2000. Tem a chance de ser indicada novamente em 2014 com A Caça.

REPÚBLICA TCHECA: 9 indicações

Venceu 3 vezes:  A Pequena Loja da Rua Principal (66)**; Trens Estreitamente Vigiados (67)**; Kolya – Uma Lição de Amor (97).

- Conseguiu dois de seus três prêmios no fertilíssimo período da Nouvelle Vague Tcheca, quando ainda era Tchecoslovaquia.

* Venceu o prêmio com União Soviética
** Venceu o prêmio como Tchecoslováquia.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Atores e atrizes que conseguiram dupla indicação ao Oscar

Deve ser extremamente difícil para um ator se dedicar a papel para ser digno de receber indicações a prêmios. Agora, imagine o quanto deve ser fatigante se preparar para dois papéis, mesmo que um deles seja de coadjuvante, o suficiente para chamar a atenção do público e da crítica a ponto de receber uma dupla indicação por atuação. O Cineposforrest pesquisou e separou os poucos que conseguiram a proeza em suas 85 edições. Tem muitas curiosidades, entre elas um ator indicado à duas categorias pelo mesmo personagem, duas atrizes com dupla indicação no mesmo ano e quem fez a dupla e saiu chupando dedo. 

Greta Garbo (1930)


Principal - A Rainha Cristina

Principal - Romance


* Apesar de ser queridinha e receber duas indicações, não venceu.


George Arliss (1930)


Principal - Disraeli (venceu)

Principal - The Green Goddess


* Foi um dos primeiros grandes atores de Hollywood.



Fay Bainter (1939)


Coadjuvante – Jezebel (venceu)


Principal – White Banners


* Bainter formou grande parceria com Bette Davis, que também venceu.


Teresa Wright (1943)


Coadjuvante – Rosa da Esperança (venceu)

Principal – The Pride of the Yankees


* Segundo a crítica, é uma das melhores atuações coadjuvantes da história. 

Barry Fitzgerald (1945)


Coadjuvante – O Bom Pastor (venceu)

Principal – O Bom Pastor


* Em um caso único, recebeu duas indicações pelo mesmo papel. Perdeu em principal para Bing Crosby, pelo mesmo filme!

Jessica Lange (1983)


Coadjuvante – Tootsie (venceu)

Principal – Frances


* Apesar da dupla indicação, alguns críticos questionam sua vitória por Tootsie.

Sigourner Weaver (1989)


Coadjuvante – Uma Secretária de Futuro

Principal – Na Montanha dos Gorilas


* Curiosamente, a atriz venceu o Globe de Ouro nas duas modalidades, mas passou em branco no Oscar.

Al Pacino (1993)


Coadjuvante – Sucesso a Qualquer Preço

Principal – Perfuma de Mulher (venceu)


* Curiosamente, foram duas últimas indicações ao prêmio que o ator recebeu. Até agora!

Holly Hunter (1994)


Coadjuvante – A Firma

Principal – O Piano (venceu)


* Perdeu na categoria coadjuvante justamente para sua companheira de cena, Anna Paquinn, de 11 anos.

Emma Thompson (1994)


Coadjuvante – Em Nome do Pai

Principal – Vestígios do Dia


* Por coincidência, recebeu a dupla indicação no mesmo ano que Hunter, ou seja, as duas ficaram com 40% das indicações femininas de 94.

Julianne Moore (2003)


Coadjuvante - As Horas

Principal - Longe do Paraíso


* Formou com Nicole Kidman e Meryl Streep uma dos melhores elencos que o cinema já viu.


Jamie Foxx (2005)


Coadjuvante – Colateral

Principal – Ray (venceu)


* Muitos acreditavam que venceria Morgan Freeman e arrebataria os dois prêmios, mas acabou "só" com o principal.

Cate Blanchett (2008)


Coadjuvante – Não Estou Lá

Principal – Elizabeth – A Era de Ouro
  

* Sua derrota na categoria coadjuvante é considerada uma das maiores injustiças da história do prêmio. 

* Em 1929, Janet Gaynor venceu o prêmio por 3 atuações (O Sétimo Céu; O Anjos das Ruas; Aurora), mas a indicação foi única.

* Também em 1929, Emil Jannings venceu o prêmio por 2 atuação (O Último Comando e The Way of All Fresh), mas a indicação foi única.