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sábado, 23 de novembro de 2013

Os 10 melhores elencos do cinema

Alguns filmes dentre as centenas de milhares feitas pelo mundo afora desde seus primórdios, conseguiram unir talentos formidáveis para compor o elenco. Estes se tornaram inesquecíveis, tanto pela carga dramática, quanto pela presença da imagem que já contribuía com o desempenho do longa. Mas para que um elenco consiga uma interação positiva e inesquecível, mais que talento, exigi-se dedicação para que os diálogos, olhares, trejeitos, tudo fosse estritamente perfeito e inesquecível. O Cineposforrest separou 10 elenco formidáveis que marcaram época. Obviamente, é um ponto de vista, por isso o caro leitor pode manifestar sua opinião nos comentários.

Legendas:
Venceu: Oscar (O); Globo de Ouro (O); SAG (S); BAFTA (B)
Indicado: Oscar (O); Globo de Ouro (O); SAG (S); BAFTA (B)

10 - O Senhor dos Anéis (2001; 2002; 2003)

Elijah Wood; Ian McQueelen (O)(B)(B)(S); Viggo Mortensen; Liv Tyler; Sean Astin; Cate Blanchett; Hugo Weaving; John Rhys-Davies; Orlando Bloom; Christopher Li e Andy Serkins.*

Pode ser que o grande mérito do resultado extraordinário da trilogia seja de Peter Jackson, porém não tem como negar que o triunfo deve-se também à dedicação de seus atores e de como conseguiram dar vida aos personagens de J.R.R. Tolkien. É só ler a obra para visualizarmos os atores. Ótimos.

9- Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994)

John Travolta (O)(G)(B)(S); Samuel L. Jackson (O)(G)(B)(S); Uma Thurman (O)(G)(B)(S); Bruce Willis; Ving Rhames; Steve Buscemi; Harvey Keitel; Tim Roth; Amanda Plummer; Eric Stoltz e Quentin Tarantino.

O fenômeno da cultura pop que revolucionou os parâmetros da cinematografia contemporânea estarreceu não só pelas cenas de violência, mas também pela forma como Tarantino deu vida e personalidade a um grande número de personagens. Mesmo com pouco tempo, Travolta, Jackson e Thurman agradaram e foram indicados em todos os principais prêmios do circuito. Demais!

8- O Boulevard do Crime (1945)

Arletty; Jean-Louis Barrault; Pierre Brasseur; Pierre Renoir; María Casares; Gaston Modot; Marcel Herrand; Fabien Loris; Marcel Peres; Palau; Etienne Decroux e Louis Florencie.

Considerado um dos maiores filmes franceses de todos os tempos, esta brilhante reconstituição da França do século 19. Porém, o que conduz com maestria o roteiro perfeito de Jacques Prévert, que mescla melodrama, romance e tragédia, é a entrega de seus atores, a nata do país na época, repleta de super atuações, ajudaram a elevar a obra de Marcel Carné a filmografia obrigatória.

7- O Tesouro de Sierra Madre (1948)

Humphrey Bogart; Walter Huston(O)(G); Tim Holt; Bruce Brennett; Barton MacLane; Alfonso Bedoya; Arturo Soto Rangel; Manuel Dondé; José Torvay e Margarido Luna.

Nesse épico de ganância e cobiça de John  Huston, é possível identificar não só uma das mais icônicas e admiráveis produções em locações reais, como também um conjunto de atuações memoráveis. Como o enredo girava em torno da paranoia em busca de ouro, os atores trataram de nos transmitir um embate entre a honestidade e a tentação. Brilhante!

6- A Última Sessão de Cinema (1971)

Ben Johnson (O)(G)(B); Timothy Bottoms; Jeff Bridges (O); Cybill Shephard (G); Cloris Leachman (O)(G)(B); Ellen Burstyn (O)(G); Eileen Brennan (B); Sam Bottoms; Sharon Ulrick e Randy Quaid.

Em um dos mais belos e cultuados filmes de que se tem notícia, Peter Bogdanovich criou esta visão nostálgica e de certa forma pesada às mudanças da América dos anos 50. Porém, o obelisco da magnitude está nas atuações incríveis de atores poucos conhecidos e experientes. Ao todo, seis deles conseguiram ao menos uma indicação nos principais prêmios. Inesquecível.

5- As Horas (2002)

Nicole Kidman (O)(G)(B)(S); Meryl Streep (G)(B); Julianne Moore (O)(B)(S); Ed Harris (O)(G)(B)(S); John C. Reilly; Toni Colette; Claire Danes; Jeff Daniels; Stephen Dillane; Miranda Richardson e Margot Martindale.

Um dos retratos mais brilhantes e amargos do universo feminino foi construído à partir de uma das mulheres mais influentes da literatura inglesa, Virginia Woolf, e com um elenco extraordinário. Desde a incorporação fenomenal de Kidman com Woolf até a cara de paisagem irritante de Reilly, todos contribuem para o grande e sofrível espetáculo de Stephen Daldry. Talvez o último grande elenco do cinema.

4- Sindicato dos Ladrões (1954)

Marlon Brando (O)(G)(B); Eva Marie Saint (O)(B); Karl Malden (O); Lee J. Cobb (O); Rod Steiger (O); Pat Henning; Leif Erikson; James Westerfield; Tony Galento; John F. Hamilton e Abe Simon.

Considerado um dos maiores filmes americanos de todos os tempos, este brilhante retrato social, realista e contundente, pode creditar sim grande parte de seu sucesso ao seu poderoso elenco. Mesmo com a direção segura de Elia Kazan, as atuações inesquecíveis de grande parte de adeptos do naturalismo, oriundos dos preceitos de Constantin Stanislavsky, são um verdadeiro show à parte.

3- O Poderoso Chefão, Parte II (1974)

Al Pacino (O)(G)(B); Diane Keaton; Robert Duvall; Robert De Niro (O)(B); Talia Shire (O); Lee Strasberg (O)(G); Michael V. Gazzo (O); John Cazale; Frank Sivero; Gastone Moschin e Richard Bright.

É uma grande perda de tempo falar das inúmeras qualidades deste épico maravilhos de Fracis Ford Coppola. Porém, sempre é bom destacar que se não fosse pela dedicação espetacular de seu elenco, é provável que o resultado seria inferior. Podem até achar que o primeiro filme teve mais atuações memoráveis, mas neste segundo, tanto personagens quanto atores estão mais maduros e tenebrosos. Destaque para De Niro como o jovem e monossilábico Vito Corleone. Perfeito!

2- Crepúsculo dos Deuses (1950)

Gloria Swanson (O)(G); Willian Holden (O); Erich Von Stroheim (O)(G); Nancy Olson (O); Fred Clark; Anna Q. Nilsson; Jack Webb; Charles Dayton; Lloyd Gough; H. B. Warner e Buster Keaton.

Um dos maiores dramas da história também reuniu um de seus mais talentosos elencos. O texto amargo de Charles Brackett e Billy Wilder se transformou em um prenúncio de mau-agouro. Além do apoio triunfante de seus coadjuvantes, a atuação monstruosa de Swanson e as pontas de Buster Keaton e H.B. Warner, fizeram deste o mais triste retrato da Hollywood sem glamour. Assombroso.

1- A Malvada (1950)

Bette Davis (O)(G); Anne Baxter (O); Celeste Holm (O); Thelma Ritter (O)(G); George Sanders (O)(G); Gary Merrill; Hugh Malowe; Gregory Ratoff; Barbara Bates; Graig Hill e Marilyn Monroe.

Uma obra absolutamente brilhante, reverenciada e parodiada pelas seis décadas que a separa dos dias atuais, o filme de Joseph L. Mankiewicz é a maior concetração de talentos por "fita quadrada". Um embate hipnótico de atrizes extraordinárias, ainda apresenta uma das personagens mais festejadas de todos os tempos: a Margo Channing de uma soberba Bette Davis. Além disso, traz coadjuvantes preciosos e presentes, como o cínico Addison DeWitt de Sanders, e até uma pontinha da futura musa Marilyn Monroe. Triunfo sensacional, elenco inigualável. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Países com mais indicações ao Oscar de filme estrangeiro

O Brasil está há 13 anos sem que nenhum filme o represente na cerimônia do Oscar, entretanto, alguns países estão quase sempre colocando seus filmes entre os finalistas. O Cineposforrest listou os 10 que mais vezes tiveram seus filmes entre os 5 indicados ao prêmio, de 1957 à 2013.

Obs: De 1948 à 1956 só havia o prêmio honorário de melhor filme em lingua estrangeira, sem disputa. França, Itália e Japão venceram 3 cada um.

FRANÇA: 34 indicações

Venceu 8 vezes: Meu Tio (59); Sempre aos Domingos (63); Um Homem, Uma Mulher (67); O Discreto Charme da Burguesia (73); A Noite Americana (74); Madame Rosa (78); Preparem Seus Lenços (79); Indochina (93).

-  Apesar de ser o recordista de indicações, o país amarga quase duas décadas sem levar o prêmio.

ITÁLIA: 27 indicações

Venceu 9 vezes. A Estrada da Vida (57); As Noites de Cabíria (58); 8½ (64); Investigação de um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (71); O Jardim dos Finzi-Continni (72); Amarcord (75); Cinema Paradiso (90); Mediterrâneo (92); A Vida é Bela (99).

- Maior vencedor dentre todos, tem em seu grande nome, Federico Fellini, o responsável por quase metade dos prêmios. Quatro de nove.

ESPANHA: 20 indicações

Venceu 4 vezes: Começar de Novo (83); Belle Epoque (94); Tudo Sobre Minha Mãe (2000); Mar Adentro (2005).

- Tradicional centro cinematográfico europeu, o país está desde 2005, quando venceu, sem conseguir emplacar um finalista!

ALEMANHA: 18 indicações

Venceu 3 vezes: O Tambor (80); Lugar Nenhum na África (2003); A Vida dos Outros (2007);

- O país ficou sem mandar representantes por um bom tempo devido à 2ª Guerra Mundial. Mas, nos últimos anos, está quase sempre entre os finalistas.

RUSSIA: 14 indicações

Venceu 4 vezes: Guerra e Paz (69)*; Dersu Uzala (76)*; Moscou Não Acredita em Lágrimas (81)*; O Sol Enganador (95); 

- Dentre os filmes que venceram o prêmio, Dersu Uzala foi dirigido pelo grande mestre japonês Akira Kurosawa, que estava em baixa em sua terra natal.

SUÉCIA: 14 indicações

Venceu 3 vezes: A Fonte da Donzela (61);Através de Um Espelho (62); Fanny e Alexander (84).

- Simplesmente todos os prêmios recebidos pelo país saíram da genialidade de Bergman. Aliás, venceu os três que disputou. 

JAPÃO: 12 indicações 

Venceu 1 vez: A Partida (2009).

- Curiosamente seu maior nome, Akira Kurosawa, ganhou seu prêmio pela URSS, pois estava em baixa na sua terra natal. O outro prêmio por Rashomon, foi honorário, por isso não foi contabilizado pelo Cineposforrest.

ISRAEL: 10 indicações

Não venceu nenhum.

- É dentre os que receberam mais indicações o único que não conseguiu nenhuma vitória sequer, pois sempre concorreu com filmes favoritíssimos.

DINAMARCA: 9 indicações 

Venceu 3 vezes: A Festa de Babbete (88); Pelle; O Conquistador (89); Um Mundo Melhor (2011).

- Uma das principais escola europeias na década de 90, se manteve em alta nos anos 2000. Tem a chance de ser indicada novamente em 2014 com A Caça.

REPÚBLICA TCHECA: 9 indicações

Venceu 3 vezes:  A Pequena Loja da Rua Principal (66)**; Trens Estreitamente Vigiados (67)**; Kolya – Uma Lição de Amor (97).

- Conseguiu dois de seus três prêmios no fertilíssimo período da Nouvelle Vague Tcheca, quando ainda era Tchecoslovaquia.

* Venceu o prêmio com União Soviética
** Venceu o prêmio como Tchecoslováquia.