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domingo, 15 de dezembro de 2013

10 musicais imperdíveis

Não há como se falar da história do cinema sem passar pelos musicais. Por muito tempo foram eles os responsáveis por alavancar estúdios e serem suas principais fontes de renda. Além disso, consagraram figuras como Fred Asteire, Ginger Rogers e Gene Kelly, e levaram multidões ao êxtase com números de canto e dança que ficaram para sempre na emoção do público. O Cineposforrest listou 10 musicais essenciais para qualquer cinéfilo que se preze.

 10 - Mary Poppins (Idem, 1964)

Uma gloriosa obra para "crianças de todas as idades", baseado na obra da escritora P. L. Travers, cativou milhões de pessoas ao contar a história de uma babá que cuida do casal de filhos de pais severos. A mágica dos estúdios de Walt Disney conseguiram inserir os números musicais de forma bem-humorada, sentimental e movimentada. Alguns dos números são inesquecíveis, como o que reúne os atores com desenhos animado. Atuações inesquecíveis de Julie Andrews (vencedora do Oscar) e Dick Van Dyke. 

9 - Os Guarda-Chuvas do Amor (Les Parapluies de Cherbourg, 1964)

A história é simplória: um jovem vai à Guerra da Argélia e deixa para trás a namorada grávida. Quando retorna, a encontra casada com outro homem. Apesar disso, o filme de Jacques Demy é simplesmente brilhante. Não só pela forma incrível como conduziu os diálogos que ão todos cantados (e seria "copiado" só em 2012 por Os Miseráveis ), mas também pela música extraordinária de Michel Legrand. Venceu merecidamente a Palma de Ouro em Cannes.


8 - O Show Deve Continuar (All That Jazz, 1979)

O autobiográfico filme de Bob Fosse conta a história de um diretor de teatro e cinema que sofre um enfarte mas não renuncia à vida agitada e cheia de excessos. Nessa trajetória de autodestruição, os números rendem passagens antológicas com seu encontro com o Anjo da Morte, e seus embates com as belas mulheres e produtores insatisfeitos. Vencedor de 4 Oscar, o longa remete ao cinema de Bergman e Fellini, principais influências cinematográficas de Fosse.


7 - My Fair Lady (Idem, 1964)

Florista rude é treinada por figurão excêntrico para se tornar uma dama. Está maravilhosa versão musical da peça Pigmalião de Bernard Shaw, é divertida e agradável, com uma produção impecável e hipnótica. A interação de Audrey Hepburn e Rex Harrison é incrível e rende cenas divertidíssimas. Hepburn teve suas canções substituídas por uma dublagem, o que a deixou muito chateada. Ainda assim é um grande espetáculo, vencedor de 8 Oscar.



6 - Cabaret (Idem, 1972)

No início dos anos 30 em uma decadente Berlin, uma cantora americana faz o que pode para no palco enquanto espera um convite de um grande estúdio de cinema alemão para atuar, além de dividir seu amante com um homossexual. Espetáculo visual incrível e tem um frescor inesquecível devido ao carisma de Liza Minelli, que dá um show à parte. Adaptação de uma peça de sucesso na Broadway que rendeu 8 Oscar, mas curiosamente, perdeu o de melhor filme para O Poderoso Chefão.


5 - O Mágico de Oz ( The Wizard of Oz, 1939)

Menina é levada do Kansas à terra de Oz por um furacão. Lá se junta a um homem de lata, um espantalho e um leão, todos buscando algo especial em sua vida. Com humor, suspense, cenários e canções primorosas, é recomendado tanto para crianças, quanto para adultos. O que dá um toque ainda mais extraordinário ao filme é a forma com foram divididas as cenas do mundo "real" em sépia e Oz em Technocolor. Alpém disso, tornou Judy Garland uma estrela. Venceu o Oscar de canção para a inesquecível Over the Rainbow.


4 - O Picolino (Top Hat, 1935)

O que torna esse libelo musical inesquecível não seu enredo complicado, que traz a história de um show-man contratado como um astro de um musical, se apaixona por uma americana e depois tem de provar para ela, dançando, seu valor. Mas os números de dança de Fred Asteire e Ginger Rogers (apesar de não se darem bem) são um verdadeiro espetáculo. Além, é claro, da contribuição extraordinária das canções do mestre Irving Berlin, que torna essa comédia de situações ainda mais leve e apaixonante.

3 - Chicago (Idem, 2002)

Quando se pensavam que o gênero dos musicais não traria mais algo acima da média, Robert Marshall conduz essa adaptação de um fantástico espetáculo da Broadway, no qual Roxie Hart e Velma Kelly estão dispostas a qualquer coisa para se tornarem estrelas no Vaudeville da Chicago dos anos 30. Com atuações inesquecíveis de Renee Zellweger e Catherine Zeta-Jones (que venceu o Oscar), produção impecável e números musicais incríveis, venceu 6 Oscar e por excelência merece estar nesta lista.


2 - Amor Sublime Amor (West Side Story, 1961)

Este monumento do cinema é notável não só por transportar dos palcos em visão dos subúrbios da Nova Iorque dos anos 50, com suas gangues e burburinhos, inspirado em Romeu e Julieta de Shakespeare, mas também por reconstituir as mais diversas situações em forma de dança, conduzidos por Jerome Robbins, que deu um toque de realismo jamis vistos em um musical. Além disso, tem atuações notáveis dos coadjuvantes Rita Moreno e George Charikis, que venceram dois dos 10 Oscar que o filme faturou. 

1 - Cantando na Chuva (Singin' in The Rain, 1952)

Essa visão brilhante e bem-humorada sobre a chegado do som ao cinema não é só o mais brilhante e relevante musical que se tem notícia, como também é um dos melhores filmes já feito em Hollywood. As coreografias inigualáveis, as canções cômica e românticas inesquecíveis rendem passagens brilhantes, como a que Kelly desliza sobre poças d'agua que dá nome ao filme e um balé de 14 minutos de Kelly com a incrível Cyd Charisse. Seu elenco que ainda conta com Debbie Reynolds e o excelente Donald O'Connor fez dele um verdadeiro mito cinematográfico. Foi recebido com indiferença pelos críticos na época, mas que com o tempo foi reconhecido como o melhor musical de todos os tempos.

domingo, 1 de dezembro de 2013

10 filmes para mulheres (não mulherzinhas)

A gente vê muitas listas de "filmes para mulheres", repletos de filmes de amor e e melodrama, como se só fosse isso que o sexo feminino deseja. O Cineposforrest selecionou 10 filmes com conteúdo feminista, que trazem uma mensagem evidente de que as mulheres merecem muito mais do que casa, comida e roupa lavada. Exaltam sua luta para serem reconhecidas com igualdade pelo sexo oposto e não como seres menores.

10- A Cidade do Silêncio (2006)

Este longa que apresenta um enredo com teor politizado, porém também observamos uma imensa crítica de como o capitalismo está diretamente ligado à cultura machista. A repórter vivida por Jennifer López representa a reação feminina e sua vontade de causar uma revolução, mesmo que seja em um país de tradições ortodoxas e violentas, como o México. 

9- Thelma & Louise (1991)

Uma dona-de-casa subjugada e uma garçonete cínica e cansada de sua vida decidem partir rumo a uma viagem de autoconhecimento e libertação dos valores da sociedade machista americana. Um belo road-movie que sensibilizou platéias pelo mundo e ainda expôs as desigualdades sociais que o país não gosta de exibir. Atuações extraordinárias de Geena Davis e Susan Sarandon.




8- O Piano (1993)

Mesmo sem a voz, propriamente dita, uma viúva escocesa vivida com carga excepcional por Holly Hunter consegue expressar sua vontade de ser livre para manifestar sua arte e seus desejos amorosos e sexuais em um período onde isso era um tabu gigantesco. Essa parábola sobre os paradoxos da auto-expressão feminina dirigido por Jane Campion sensibiliza e choca, mas principalmente, inspira a mulher que assistir.  



7- A Cor Púpura (1985)

Uma luta em duas frentes: contra o racismo e contra a submissão feminina. Este grande filme de Steven Spielberg mostra a luta de uma mulher negra para se libertar de sua condição de escrava do marido na América pós-Guerra Civíl. Além de tudo, Celie (Whoopi Goldberg, ótima), ajuda a libertar também a amiga, vivida por Oprah Winfrey. Mesmo com muito melodrama, é um ótimo e triste espetáculo.



6- Norma Rae (1979)

Uma mulher divorciada, mãe de dois filhos e que passa a sindicalista na luta contra as péssimas condições de trabalho a que são submetidos. Com esta premissa, Norma (Sally Field) se transformou em uma espécie de obelisco da luta feminina em um período de evidentes mudanças de pensamento. "Se Norma poderia ser aquilo tudo, por que eu não?" Devem ter pensado milhares de mulheres. Provavelmente mudou a vida delas.


5- Terra Fria (2006)

Baseado em uma história real, este é um grande exemplar de um filme feminista. Jasey Aimes (Charlize Theron) se divorcia do marido que a espanca e para sustentar os filhos arruma emprego em uma mineradora, onde passa por maus bocados (como a cena do banheiro!). Mas ela se recusa a sair e ainda entra na justiça contra a empresa. Uma luta verdadeira e extraordinária, um exemplo de mulher forte.


4- Meninos não Choram (1999)

O filme, também baseado em uma história real, traz uma garota (Hilary Swank, fantástica) homossexual que decide se passar por um garoto para ser aceita pela sociedade. Um retrato cru, quase documental, sobre a procura de uma saída para o domínio do machismo na sociedade americana rural. Teena Brandon se tornou uma espécie de Mártir na luta das mulheres pela sua liberdade emocional e sexual. 



3- Uma Questão de Silêncio (1982)

Três mulheres que não se conhecem matam um gerente de mercado que acusa uma dona-de-casa de roubo. Este é o ponto de partida para uma visão sobre a raiva sublimada das mulheres que ocasionou as revoluções feministas das décadas de 60 e 70. Um libelo dirigido por Marleen Gorris, acusado, entre outros, por ser uma reversão de esteriótipos, mas nada apaga seu teor revolucionário irrepreensível.



2- Tomates Verdes Fritos (1992)

Uma mistura de humor e melancolia governa as ações do filme que conta história de uma mulher cansada de sua rotina que conhece uma senhora que conta uma história que muda sua vida. Com sensibilidade e beleza as personagens Idge e Ruth nos são apresentados, e toda sua carga revolucionária mostra mais do que uma grande amizade, é uma luta pelos seus direitos de poder amar sem julgamentos. Um marco na cinematografia feminina.


1- Bagdá Café (1987)

O extraordinário filme de Percy Adlon pode ser o mais modesto em questão de produção, mas é o que traz uma mensagem mas forte e objetiva. Quando Jasmin (Marianne Sagebrecht) é abandonada pelo marido na estrada e cruza a vida da valente Brenda (CCH Pounder), nasce ali uma amizade extraordinária onde, dentre muitas lições, aprendem que suas vidas não dependem de nenhum homem, apenas de sua própria força de vontade. Magnífico!!!