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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oscar 2012 – Previsões (Parte 1)


Apesar de faltar alguns meses para a entrega do Oscar, cinéfilo gosta de dar uma de sabe tudo e tentar prever quem serão os indicados antes de todos, até mesmo antes dos membros da Academia. Bom, mesmo sabendo que o prêmio não é garantia de que o filme é bom, também não é somente lobby. Às vezes ganha um bom, outras vezes não, mas na maioria dos casos, quem esta lá, estão entre os melhores do ano. Uma pena mais filmes europeus não terem destaque, porém isso é outro assunto. Vamos aos (prováveis) indicados às principais categorias:

Melhor Filme:

1- J. Edgar
2- Cavalo de Guerra
3- Os Descendentes
4- A Árvore da Vida
5- Os Idos de Março
6- A Menina com a tatuagem do Dragão
7- Hugo
8- Extremely Loud and Incredibly Close
9- Marta Marcy maio Marlene
10- O Artista

Podem entrar:

1- Moneyball
2- Coriolano
3- A Ajuda
4- Melancolia
5- A Dama de Ferro




Melhor Diretor:

1- Clint Eastwood (J. Edgar)
2- Steven Spielberg (Cavalo de Guerra)
3- Stephen Daldry (Extremely Loud and Incredibly Close)
4- Terence Mallick (A Árvore da Vida)
5- George Clooney (Os Idos de Março)

Podem entrar:

1- David Fincher (A Garota com a Tatuagem do Dragão)
2- Alexander Payne (Os Descendentes)
3- Martin Scorcesse (Hugo)
4- Sean Durkin (Marta Marcy maio Marlene)
5- Michel Hazanavicius (O Artista)







Melhor Ator:

1- Brad Pitt (Moneyball)
2- Leonardo DiCaprio (J. Edgar)
3- Ryan Gosling (Os Idos de Março)
4- Daniel Craig (A Garota com a Tatuagem do Dragão)
5- Jean Dujardin (O Artista)

Podem entrar:

1- Asa Butterfield (Hugo Cabret)
2- Wagner Moura (Tropa de Elite 2)
3- Martin Sheen (O Caminho)
4- George Clooney (Os Descendentes)
5- Christopher Waltz (Carnage)


Melhor Atriz

1- Meryl Streep (A Dama de Ferro)
2- Kirsten Dunst (Melancolia)
3- Michelle Willians (Minha Semana com Merilyn)
4- Elizabeth Olsen (Marta Marcy maio Marlene)
5- Rooney Mara (A Garota com a Tatuagem do Dragão)

Podem entrar:

1- Glenn Close (Albert Nobbs)
2- Emma Stone (A Ajuda)
3- Anne Hathaway (One Day)
4- Liana Liberato (Confiar)
5- Kristin Scott Thomas (Sarah’s Keys)


Melhor Ator Coadjuvante:

1- Phillip Seymour Hoffmam (Moneyball)
2- Tom Hanks (Extremely Loud and Incredibly Close)
3- Jim Broadbent (A Dama de Ferro)
4- Kenneth Brannagh (Minha Semana com Marilyn)
5- Paul Giamatti (Os Idos de Março)

Podem entrar:

1- George Clooney (Os Idos de Março)
2- Ben Kingsley (Hugo Cabret)
3- Paul Ostwalt (Jovem Adulto)
4- Arnnie Hammer (J. Edgar)
5- Christopher Plummer (Novatos)


Melhor Atriz Coadjuvante

1- Judi Denchi (J. Edgar)
2- Marisa Tomei (Os Idos de Março)
3- Amy Adams (On The Road)
4- Jessica Chastain (A Árvore da Vida)
5- Naomi Watts (J. Edgar)

Podem Entrar:

1- Vanessa Redgrave (Coriolano)
2- Charlotte Rampling (Melancolia)
3- Emily Watson (Cavalo de Guerra)
4- Anna Kendrick (50/50)
5- Amara Miller (Os Descendentes)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cantar, cantar e dançar

Há 50 anos o cinema conhecia a sua mais completa obra-prima dos musicais. Amor Sublime Amor consagrou a técnica e a preocupação com as coreografias, que tradicionalmente se perdiam em meio a cantoria dos atores e atrizes. A história de Romeu e Julieta de Shakespeare serviu de inspiração para que Arthur Laurentis transportasse para a Broadway um luta interracial em uma parte da Nova Iorque da década de 50.


Com passos milimetricamente dirigidos por Jerome Robbins, responsável por este atributo enquanto Robert Wise se responsabilizava pelo resto, o filme conduz a história de amor de Maria, descendente de porto-riquenhos, e Tony, de italianos. Mas com o racismo imperante da época, a relação se tornava perigosa e explosiva.


É com certeza a maior realização do cinema musical, não devido a história em si, mas pelo esplendor visual adicionado a impecável trilha sonora e aos passos incrivelmente perfeitos. Nenhum outro conseguiu tal proeza. Foi um grande absurdo cinematográfico que surpreende até hoje, principalmente por esse gênero, ultimamente, ter tido muito pouco espaço nas telonas.
Encabeçada pela fabulosa obra de Wise e Robbins, o Cineposforrest destaca os dez maiores musicais de todos os tempos:


2 – Cantando na Chuva (Singing in The Rain, 1952): Estrelado e dirigido por Gene Kelly, é o mais divertido de todos da lista. Um feito metalinguístico extraordinário e imortal do cinema.

3 – My Fair Lady (Idem, 1964): Com uma atuação esplendida do casca grossa Rex Harrison, o filme ainda conta com o talento de Audrey Hepburn, que mesmo sendo dublada, dá show.


4 – O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939): Apaixonante clássico do cinema, traz a juvenil Judy Garland dando um uma aula de interpretação em canções inesquecíveis como Over the Rainbow.


5 – A Noviça Rebelde (The Sound of Music, 1965): Romantismo e competência em uma das melhores trilhas sonoras de todos musicais. Robert Wise sabia mesmo dirigir musicais.

6 – Chicago (Chicago, 2002): Fantástica adaptação dos palcos para as telas, traz um conteúdo técnico formidável conduzido por Rob Marshall. Catherine Zetta-Jones tem uma das melhores atuações musicais que o cinema já viu.


7 – Gigi (Gigi, 1958): Um dos últimos grandes musicais da Metro, fez um sucesso absoluto principalmente na voz de Maurice Chevalier que está inesquecível interpretando Thank Heaven for Little.

8 – Cabaret (Cabaret, 1972): Um dos mais famosos entre os listados, tem um roteiro formidável sobre a Berlim da década de 30, além de contar com uma lindíssima e afinada Liza Minnelli. Obra-prima.


9 – Mary Poppins (Idem, 1964): Uma mescla de musica, amor e fantasia, se tornou um clássico grandioso e transformou Julie Andrews em um mito. Um feito brilhante dirigido ao público de todas as idades.

10 – Sweenwy Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd, 2007): Merece destaque pela incrível atmosfera lúgubre de uma trama de humor ácido e fotografia sensacional. Johnny Deep se firma como um dos melhores da atualidade por sua versatilidade, ao dar vida ao vingativo barbeiro.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na Natureza Selvagem

Into to West, 2007. Dirigido por Sean Penn. Com Emile Hirsch, Hal Holbrook, Marcia Gay-Harden e Willian Hurt.

Nota: 9.2

Quando em “A Promessa” (2001), Sean Penn decidiu se enveredar nas questões de comportamento humano, o fez bem. Apesar de não ter se tornado um grande sucesso, o filme foi bom. Porém, o ator∕diretor não desistiria de fazer seu estudo. Em seu Na Natureza Selvagem (2007), dirige um road movie que narra a magnifica saga de Christopher Mccandless, um jovem que procurou a felicidade na solidão de uma vida dedicada a liberdade da natureza.

O jovem Mccandless é um refém da sociedade americana do eixo 80 ∕ 90, onde as principais aspirações são formalidades cotidianas, que valorizam futilidades, e também uma casa devidamente mobiliada, uma carreira bem definida, e filhos compondo o arcabouço da família supostamente feliz. Tudo isso, bem representado pela excelente atuação de Emile Hirsch.

Instigado por uma sede intensa de liberdade, Chris bota o pé na estrada e como um beatnik da época de Jack Keruoc se embrenha na vida e no autoconhecimento. Uma viagem que tem o ritmo conduzido pela excelente trilha sonora sensível e emotiva composta pelo ex-vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder e na ótima fotografia de Eric Gautier, que fazem uma aliança quase felinnistica de som e imagem.

O que toca na história de Chris, é o grito oculto de uma insatisfação visível em todos os personagens do longa. Desde a irmã até o amigo septuagenário (ótimo Hal Holbrook), todos são vítimas de um sistema aprisionador de almas. É um relato de uma revolução de um homem só.

Entretanto, quando as coisas ficam ruins para o protagonista, percebemos que o modo de vida escolhido por McCandless e admirado por muita gente, acaba tendo um contraponto importante. Não há felicidade na solidão. Sempre será incompleta a conquista de uma montanha ou o fundo de um abismo se não haver quem compartilhe dessa euforia. Talvez ele tenha percebido tarde demais que para encontrar a sua alegria de viver, teve de provocar a tristeza de outras pessoas que o amava.

Com isso, Sean Penn conseguiu uma análise, ou nos permitiu uma, perfeita que não havia conseguido em A Promessa. A avaliação intrínseca de um ser humano sobre o maniqueísmo que o cerca. E com isso, mostra que seu talento atrás das câmeras pode ficar tão bom quanto aquele que o fez reconhecido frente elas.

domingo, 4 de setembro de 2011

CRISTHOPHER REEVE

O Homem por detrás do Mito

É um pássaro? Um avião? Não. É apenas um ator que vestia a roupa de um dos maiores Heróis da história dos quadrinhos. Seu nome não era Clark e muito menos era um herói cheio de superpoderes. Seu nome era Christopher Reeve e seus poderes não tinham origens extraterrestres. Pelo contrário, o verdadeiro poder deste encantador ator tem raízes bem humanas.

Ele nasceu em Nova York em 25 de Setembro de 1952 numa família totalmente leiga em assuntos cinematográficos. No entanto, nem por isso, seus pais deixaram de estimular sua paixão pela sétima arte. Ainda na adolescência, frequentava o Williamstown Playhouse e logo já atuava profissionalmente sem deixar de lado os prazeres da própria idade. Ele vivia intensamente cada paixão de uma vida humana normal. Hóquei sobre o gelo, corais e música estavam entre elas, mas foi o teatro que despertou no jovem ator um desejo mais eloquente. Esta paixão o levou a Inglaterra num trabalho de pesquisa sobre as companhias teatrais inglesas numa espécie de dever de casa. Porém nunca deixou de se aperfeiçoar no mundo artístico ao estudar na Juilliard School paralelo ao papel que fez na TV no seriado Love of Life. Uma premissa do que aconteceria em 1978 quando conseguiu seu maior papel no cinema.

Christopher não imaginava que vestir aquele uniforme azul-grená lhe transformaria num dos maiores ícones do cinema. Seus belíssimos olhos azuis, seu físico invejável e expressão honesta foram feitos sob medida para dar vida ao Herói de Krypton. Christopher deixou transparecer com exímia perfeição toda energia positiva que emanava daquele personagem mitológico. E logo, o homem apaixonado se tornaria o herói apaixonante de milhares de fãs pelo mundo inteiro. O sucesso avassalador do filme rendeu um contrato para outras três continuações, ou seja, cada vez que usasse seu uniforme sua estrela certamente brilharia mais intensamente.

A postura de galã o levou a aturar no romântico Em algum lugar do passado (1980) despertando as mais variadas paixões, principalmente das brasileiras, onde o filme alcançou um grande sucesso. Depois vieram Monsenhor e Armadilha mortal, ambos em 1982. Dois anos depois estava em Os Bostonianos (que isso!?), Dinossauro (1985) e Troca de maridos (1988).

No teatro, sua paixão da adolescência, realizou o sonho de onze em cada dez atores. Trabalhar ao lado da diva Katherine Hepburn em A Matter of Gravity. “Eu aprendi com ela a ser simples. Quando ela chegava ao teatro para os ensaios, abria a porta do palco para arejar o ambiente. Não mandava ninguém fazer isso. Ela é o exemplo vivo de que o sucesso não tem que ser sinônimo de afetação ou egocentrismo.”

Esta simplicidade transformou Reeve em um extraordinário humano. Basta pensar na ONG que fundou após um terrível acidente que o deixou tetraplégico. Mesmo diante de suas limitações físicas, o eterno Herói nunca deixou que os enormes obstáculos por sua condição fizesse dele um ser mesquinho e revoltado com as mazelas de sua vida humana. Com a Fundação Christopher Reeve, que auxilia pessoas com as mesmas limitações, o ator nos mostrou o quão extraordinário o ser humano pode ser diante as dificuldades.

Ele se agigantou, foi o Herói que cansou de interpretar no cinema. Antes de sua partida definitiva para os céus, recebeu uma homenagem tão grandiosa quanto ele. O ator participou de dois episódios da série Smallville como Dr. Virgill Swann, o astrônomo responsável por revelar ao jovem Clark sua origem no episódio Respostas da segunda temporada. Por si só, o episódio se tornou o maior de toda a série, onde o Herói do passado se encontrou com o Herói do presente. O personagem ainda apareceria em Legado da terceira temporada. Fazendo o que nunca se cansou de fazer. Sendo exemplo de Herói protetor para Clark representando os jovens de todo mundo. E mesmo diante de sua partida em 2004, exemplificou de forma mais enfática seu próprio adjetivo sintetizado nos créditos finais do episódio Devoção da quarta temporada de Smallville. “Ele nos fez acreditar que o Homem podia voar.”