Visitantes

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Marlon Brando: 90 anos de um mito!!!

"Só estou no cinema por dinheiro. Nenhuma outra profissão paga tão bem!" Assim respondeu o gênio a alguém que lhe indagou sobre seus ideais profissionais. Rude, como a maioria de seus famosos personagens, Brando não era nenhum mercenário, como deu a entender. Nascido em Omaha, Nebraska, em 1924, Bud, como era conhecido por íntimos, desde criança sonhava em ser ator, principalmente pelo fato de sua mãe ter sido uma professora de artes dramáticas (curiosamente foi ela que deu a primeira chance no teatro a outro mito: Henry Fonda). Em 1947, já bem rodado em teatro, recebeu a grande chance de sua carreira: interpretar o bruto e sexy Stanley Kowalski em Um Bonde Chamado Desejo, de Tennensee Willians, sendo que o próprio autor o escolheu para o papel. Dos palcos para o cinema, Uma Rua Chamada Pecado (51), também sob a direção de Elia Kazan, foi um grande e polêmico sucesso, e rendeu a Brando sua primeira indicação ao Oscar. 
Uma Rua Chamada Pecado

Daí para frente só deu Brando. Com personagens das mais variadas características e personalidades pareciam se tornar bobagens para o ator. Foi impecável como o revolucionário mexicano em Viva Zapata! (52), icônico como o rebelde de O Selvagem (53), extremo como Marco Antônio em Julio César (53) e arrebatador como o ex-boxeador em O Sindicato dos Ladrões (54), que lhe rendeu merecidamente o Oscar de melhor ator. E apareceu na cerimônia todo comportado para receber o prêmio das mãos de Bette Davis e se emocionou pela falta de sua mãe, morta no ano anterior devido ao alcoolismo. Nos anos seguintes, foi engordando sua conta bancária com cachês milionários como em Desirée (54), onde interpreta Napoleão Bonaparte, com certa indiferença, diga-se de passagem, e em Casa de Chá do Luar de Agosto (56). Teve sua experiência na direção em A Face Oculta (61), mas se arrependeu tanto pelas críticas negativas quanto pelo prejuízo que teve.
O Selvagem

Na década de 70 Brando interpretou seus personagens mais inesquecíveis. Recebeu um cachê assombroso de 20 milhões de dólares da Paramount e marcou época com seu Don Vito Corleone em O Poderoso Chefão (72), pelo qual recebeu seu segundo Oscar, e que mandou uma índia "fake" ler uma mensagem de recusa do prêmio. Foi à Europa e estarreceu o público na pele de um homem transtornado que se envolve em encontros sexuais com uma jovem em Um Tango em Paris (72), que foi proibido em diversos países pelas cenas de sexo quase explícitas, inclusive a memorável em que sodomiza a jovem com manteiga. Em 1977, ainda com moral, recebeu 1 milhão de dólares por alguns minutos em Superman - O Filme, e em Apocalipse Now (79), também precisou de alguns minutos para entrar para os anais cinematográficos
O Poderoso Chefão
com o tenebroso Coronel Kurtz.

Na década de 80, depois de três casamentos e cinco filhos, Brando engordou e viu seu espaço no cinema diminuir. Porém, apesar de ainda poder exigir grandes cachês, pediu um pagamento simbólico para viver um advogado mordaz em Assassinato Sob Custódia (90), um filme-denúncia sobre os abusos cometidos pelo apartheid na África do Sul. Em dez minutos de filme Brando roubou a cena de Susan Sarandon e Donald Sutherland e de quebra recebeu sua oitava e derradeira indicação ao Oscar. O papel foi feito sob medida para o ator que, na vida pessoal, sempre lutou pelos direitos dos negros, índios e outras minorias raciais e sociais, o que rebate sua fama de mercenário. Continuou no cinema apenas com pequenos papeis, como as duas parcerias com Johnny Depp, como seu psiquiatra em Don Juan DeMarco (95) e O Bravo (97), sendo seu mentor. Sua última aparição no cinema foi em A Cartada
Apocalipse Now
Final (2001)
, além de uma digitalizada em Superman - O Retorno (2006).

Especialistas dizem que a história do cinema, em questão de atuação, se divide entre antes e depois de Marlon Brando. Um gênio incomparável que foi um modelo a ser seguido por diversos atores ao longos dos anos (tais como Montgomery Clift e James Dean) e até nos dias de hoje. Ah que saudade!!!

Filmografia Indicada: Uma Rua Chamada Pecado (51); O Selvagem (53); O Sindicato dos Ladrões (54); Sayonara (57); Os Deuses Vencidos (58); Sangue em Sonora (66); Queimada! (69); O Poderoso Chefão (72); O Último Tango em Paris (72); Apocalipse Now (79); Assassinato Sob Custódia (89); O Bravo (97).



terça-feira, 8 de abril de 2014

Vencedores do Prêmio Forrest Nacional 2014

E mais um bom ano para o cinema brasileiro se foi. Com produções com um alto teor de criatividade, que souberam explorar nossa cultura e tradição, além de mesclar com uma boa dose dos assuntos que estão em alta no cenário midiático. Algumas boas surpresas deram as caras, assim como superproduções com orçamentos até pouco impensáveis para nossa cinematografia dividiram o gosto do público, que apesar de estar cada vez mais procurando "coisas nossas", ainda se mostra tímido em relação ao potencial que pode alcançar. Desde já agradecemos a quem participou e esperamos o ano que vem.... Eis os vencedores: