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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A GRANDE ILUSÃO

Por Flávia Silva


“Mas sei como fazer as coisas funcionarem. Sempre podemos fazer algo bom de algo ruim.” Wilham Stark

Sean Penn encabeça um maravilhoso elenco que brilha em A Grande Ilusão.
Um épico sobre a política de todos os tempos. Wilham Stark é um matemático que
se lança no mundo da política para desafiar os poderosos de sua pequena cidade do estado da Louisiana (EUA) depois que um acidente fatal tira a vida de crianças no colégio local. À medida que sua popularidade vai se tornando maior cresce também
o interesse de seus adversários políticos em não mudar a forma de se fazer política na região.

É próprio de a natureza humana buscar justificativas sobre atos que outros julguem imorais e ilegais, sobretudo quando se trata da política e sua politicagem. Aí entra Maquiavel e seus fins que justificam os meios neste sistema que atravessa gerações sem a necessidade de se preocupar com justiça ou qualquer outro termo sinônimo.
Atos que dispensam o acompanhamento de uma lição de moral no final. O bem sempre vence, o vilão sempre é punido e a justiça sempre prevalece. Algumas pessoas conseguem lidar melhor com certas realidades do que outras cuja visão age sob uma única perspectiva. São as chamadas daltônicas, ou seja, aquelas que não conseguem enxergar além do preto e branco. Hipocrisia ou apenas a facilidade que temos em nos deixar iludir facilmente por idealismos políticos?
Para uma maioria a política representa o que há de mais nocivo para a humanidade.
A desilusão criada em torno deste sistema é tão grande que se reflete no aumento consi-derável do número de abstenções durante as eleições. Mas a decepção só existe quando alimentada pela ilusão. Só se deixa iludir pelo sistema quem ainda tem uma visão genuí-na sobre o assunto. Quem acredita piamente que as pessoas deste mundo são ou tende a ser incorruptíveis, incapazes de cometer atos no mínimo duvidosos para alcançar seus objetivos. A política sendo feita por heróis de ficha 100 % limpa. Neste processo quanto maior esta convicção, maior a decepção uma vez que constatamos que a política pende para o lado da politicagem com seus esquemas e negociatas.
Seguindo uma concepção religiosa somos dotados por Deus de livre arbítrio e a capa-cidade de escolher um único caminho por entre o Bem ou o Mal. Dos homens herdamos a racionalidade, ou seja, a capacidade de enxergar algumas questões de forma mais am-pla, sem a definição divina e inflexível. Ao nos desprendermos deste conceito este ca-minho toma uma via dupla sem um ponto final definitivo. Um dos capítulos mais con-troversos da história com certeza foi o da invasão americana ao Iraque. Uma atitude vis-ta com perplexidade e desaprovação do mundo todo devido às conseqüências irrepará-veis aos vários civis daquele país. Naquela época o então presidente americano George W. Bush chegou a ser chamado de o Anti-Cristo pelas camadas religiosas e adjacentes, mesmo com a captura do ditador Saddam Rocem. Há, entretanto um seleto grupo que enxergou a atitude do ex-presidente por outro lado. Sob várias cores e perspectivas dan-do a ele o benefício da dúvida ao justificar seus meios usados para livrar o mundo de uma figura tão nociva para a humanidade. É o famoso Mal que vem para o Bem. Ou se-ria o Bem que vem do Mal? A única certeza é de que no final não há mocinhos nem bandidos. Apenas a velha e boa política. Universal, atemporal e maquiavélica.
Pensemos na figura de Wilham Stark tão contemporânea no mundo de hoje. Em primei-ra instância um político incorruptível que tinha apenas seu ideal, sua voz e seu carisma como arma contra os poderosos. Porém quando percebeu que estas armas seriam ineficazes contra o sistema, decide reprimir seus princípios e se submeter a uma infinidade de recursos ilícitos em nome de seu propósito. Um propósito maior para ele e para a cidade. Sujar as mãos e derrotá-los com suas próprias armas. De aliada a política então se torna sua adversária. Entretanto ele não contava com as conseqüências destes atos que teve em seu desfecho sua trágica morte bem arquitetada por seus adversários e executada por um idealista daltônico.
Stark faz parte de um grupo de políticos que se elegem com boas intenções, mas a pres-são de conseguir cumprir suas promessas, as alianças duvidosas que são induzidas a fazer e os efeitos de se envolver na política do adversário os tornam corruptíveis. Foram estas observações que levaram a militante Marina Silva, candidata à presidência nas últimas eleições a se desligar de seu partido de origem segundo seus princípios. Para ela
a essência do partido se tornou colorida demais e ficou difícil visualizar o final do arco-íris.
Não se faz uma omelete sem quebrar os ovos. Não se faz política sendo apenas o mocin-ho da história. Não se faz história apenas separando mocinhos de um lado, vilões do ou-tro. Assim sendo voltemos à religião. Historiadores descobriram recentemente um evan-gelho que julgaram ser um dos indexados pela Igreja Católica. Trata-se do Evangelho proibido do apóstolo Judas. Segundo estes sagrados manuscritos a figura do apóstolo mais famoso na história da crucificação é retratada de uma forma totalmente controver-sa a apresentada pela Igreja desde seus primeiros tempos. Neles o apóstolo traidor se torna o discípulo mais fiel aos desígnios de Deus em sua missão de salvar o mundo através de Cristo. Aqui a traição, capítulo mais sombrio da relação de mestre e discípulo ocorre de acordo e consentimento do próprio Jesus. Inclusive há uma passagem onde se narra a relutância do apóstolo em cumprir “sua missão” perante Deus. Deixando de lado concepções religiosas e a análise da veracidade destes fatos, chegamos a uma colocação interessante. Podemos concluir que Judas acaba se tornando então o mocinho, o herói da história. E que se não fosse por ele não haveria crucificação e consequentemente salvação. Estas descobertas só fazem reforçar uma nova concepção do que é certo e o que é errado. No final o nome de Judas se funde com o do político Stark. Ambos acabam nos fazendo refletir a respeito do mundo, suas cores e perspectivas. Fica cada vez mais evidente que hoje em dia não existe mais espaço para pessoas meramente idealistas que simplesmente se deixam levar por uma única forma de enxergar algumas questões. Conjurar retamente o certo e o errado passa a ser privilégio de santos, heróis sobre-humanos em uma realidade paralela. Há quem precise disso. Acreditar em contos de fada, agarrar-se ao que realmente acha ser o correto, o incorruptível. Contudo no mundo real e político ao qual pertencemos é essencialmente viável que tentemos encontrar o meio termo, um mundo mais colorido numa cartilha humana de sobrevivência. Dar nossa contri-buição para a democracia seguir da melhor maneira possível e sem criar grandes expectativas. Estar preparado para uma possível frustração. Afinal, trata-se da política com seus raios e trovões em dias de chuva. E depois para alguns é possível até visualizar um lindo arco-íris. Mas sem o pote de ouro no final.

A GRANDE ILUSÃO (All the King’s Men/2006)
Com Sean Penn, Jude Law, Kate Winslet e Antony Hopkins

Veja também:
* Frost/Nixon * A última tentação de Cristo

sábado, 31 de julho de 2010

Diversão para crianças, emoção para adultos

Em 1995, um grupo de animadores da Pixar, sob a batuta de John Lasseter mudou totalmente visão do mundo a respeito dos desenhos animados. Já estávamos nos primórdios da era digital, e cinema, TV, rádio ou qualquer veículo de comunicação teria que procurar formas de se adaptar. O discurso parece de Pierre Levy, mas serve para ilustrar o impacto que filme teve no mundo cinematográfico. Agora na terceira parte da aventura, os brinque dos mais amados do mundo mostram que, assim como sua tecnologia, estão em ótima forma e são capazes de levarem adultos e crianças dos risos às lágrimas.
O grande desafio de Toy Story 3 foi na concepção do roteiro, pois os roteiristas queriam que a história tivesse um segmento temporal fiel, simplesmente não quiseram continuar na linha do não envelhecer nunca de alguns desenhos animados. Sim, seria um desafio. Andy, o menino dono dos brinquedos, agora era um adulto, prestes a ir para a faculdade e não tinha o que fazer com seus antigos brinquedos. O que parece uma premissa de um drama se tornou a grande sacada do filme.
O roteiro se tornou o mais adulto dos três, já que nos remete a um período de nossa vida onde o que é importante acaba sempre ficando de lado. São os princípios, o valor da família, e o envelhecimento precoce das emoções, disfarçados de simpáticos brinquedos. Não que o Andy tenha se tornado um jovem cético, mas é subjetivo o entendimento de cada um. No íntimo, todos sabem onde lhe faltou algo. Na lembrança vêem aqueles bonequinhos de exército, a boneca de pano que não falava, a bola amarelada e surrada, e até mesmo latinhas e ossinhos que para os desfavorecidos eram os melhores brinquedos do mundo. E depois da lembrança fica o questionamento de onde o mundo insensível lhe pegou. Mesmo sabendo da importância do primeiro filme para o cinema de animação, o brilhante roteiro, uma constante da Disney/Pixar, faz de Toy Story 3 o melhor filme da trilogia. Da comédia hilariante à emoção da despedida, fica fácil ver adultos e jovens que se acham adultos saírem da sessão com lágrimas nos olhos. Mas será que desta vez teve um fim a saga de Woody e Buzz? Bom isso é difícil saber, mas se depender da criatividade do pessoal da Pixar, a qualquer momento pinta o quatro

ENTRE O CÉU E A TERRA, O OLHAR DO PARAÍSO

Por FLÁVIA C. SILVA


Se para cada ação há uma reação, então é comum esperarmos que para cada crime
haja uma punição,certo?Mas e quando as linhas da lei de Newton não interagem
com as leis humanas?O que nós, criaturas primitivamente imperfeitas podemos fa-
zer diante desta dura realidade?
É comum para todos nós sentirmos uma dor dilacerante na alma quando perdemos alguém que amamos de forma brutal.Junto com esta dor surgem dúvidas e questões preponderantes que só acabam com uma busca incessante por justiça.Isso faz parte
da vida. No entanto num país onde as leis parecem existir apenas para uma parte marginalizada da população,esta busca desesperada fica atenuada pelo desejo de vingança.Fazer justiça com nossas próprias mãos.Criamos nosso próprio sistema judicial que parece ter saído de um daqueles filmes de Clint Eastwood e seus inimi-táveis faroestes.Lançamos mãos sobre armas legais ou não,pensando que através
delas encontraremos as soluções de nossos problemas.Uma decisão que tomamos inflamados pela dor da perda e da desesperança quanto aplicação da justiça.A im-pulsividade na maioria das vezes nos deixa a mercê de conse-qüências nocivas a
nós mesmos.Foi esta busca incessante por justiça que matou a estilista Zuzu Angel
num acidente pouco explicado na década de 70.Ela lutava contra um sistema que vi-gora até hoje, procurando desesperadamente por informações a respeito do paradeiro
de seu filho,um ativista político como tantos outros que ainda permanecem desapa-recidos sem que as famílias sequer tenham o direito de velar por eles. A dor destas famílias que permanecem fiéis a esta busca se retrata todos os dias em cada um que
vive um drama parecido com o da família Salmom. Até onde podemos suportar a fal-
ta de respeito com esta dor?Até onde podemos suportar o descaso das autoridades com
tantos casos arquivados por falta de um sistema judicial equilibrado?Até onde podemos suportar a possibilidade de esbarrar numa calçada, shopping ou numa igreja com crimi-nosos de alta periculosidade que “já pagaram sua dívida com a justiça”?Diante de tantas inquietações torna-se impossível não lançarmos mão sobre um bastão de Beisebol e corrermos na escuridão atrás de nossos algozes.Fazer com que sintam o mesmo que nós,esperando que a dor dilacerante finalmente desapareça.É a fa-mosa lei do olho por olho,dente por dente.Aquele que nunca pensou nesta possibili-dade que atire sua pri-meira pedra. Ou então, que espere pela justiça, aquela que tarda, mas não falha. E se ela falhar, deixemos a cargo do tempo ou do destino.
Seja como for, o importante é não deixar que a razão sucumba perante nossos instintos, pois tanto as leis humanas quanto as leis de Newton costumam ser impiedosas com aqueles que confundem os conceitos da celestial justiça com o da terrena vingança. É a ação e reação agindo a favor de quem entende estas leis. E para isso nem é preciso ser um gênio da Física.

Desejos e reparações

Por FLÁVIA C. SILVA
“Eu não mais sequer consigo imaginar que propósito
tem a honestidade ou a realidade.”
Briony Tallis
Orgulho ferido, arrogância ou apenas o desejo de brincar de Deus?
Inteligência e imaginação são dons que nos ajudam a trilhar de as estradas da vida de forma mais “segura”.Enquanto a primeira nos dá o suporte racional necessário, a última atua como uma válvula de escape para cada vez que tentamos fugir de uma sufocante realidade.O desafio então consiste em tentar equilibrar estes dons através
de nossas limitações.Porém toda vez que incorporamos Briony Talles estamos longe de superar este desafio.Quando nossa arrogância nos cega diante da ilusão do poder
de atuar e interferir – muitas vezes de forma nociva na vida dos outros .Caímos na armadilha imposta a todo ser humano e nosso egocentrismo acaba superando a razão,nos impedindo de enxergar as virtudes imperfeitas dos outros. Adequamos suas histórias aos nossos interesses sem nos preocuparmos com a responsabilidade de dis-
cernir o certo do errado.Sempre que a imaginação supera a inteligência, deixamos
de agir com racionalidade, trazendo conseqüências irreparáveis.
Assassino confesso da atriz Daniela Perez, o ex-ator Guilherme de Pádua, teve re-
centemente num programa de TV, uma chance única de tentar repara o irreparável.
No entanto sua postura cinicamente irônica, só fez acentuar a mágoa de milhares de
pessoas que perplexos assistiam à equivocada entrevista.Guilherme usou de sua imaginação para tentar retratar seu lado humano(se é que ele tem um), para explicar
sua versão da inexplicável tragédia que alterou de forma dramática a vida de uma
promissora atriz e de sua família.E o apresentador não usou de sua inteligência para
conduzir com precisão a entrevista e evitar todo o constrangimento que causou.E o
vexame só não foi maior por conta da audiência obtida pelo programa.
Seja pelas páginas de um livro ou por atitudes corriqueiras no dia-a-dia, é preciso que
tenhamos inteligência para pensar e agir sob certas emoções e cabe somente a nós tra-
çar com exatidão a linha tênue que separa o certo e o errado.Medir com inteligência
o tamanho de nossa imaginação.Devemos e podemos encontrar este equilíbrio, pois
é provável que não tenhamos tempo nem imaginação suficientes para reparações.


Desejo e reparação (Atonnement /2007)
Com Keira Knightley , James McAvoy e Saoirse Ronan

Quando um mais um é igual a nada

A Mitologia Grega é de fato a mais fascinante viagem ao mundo do fabuloso de que temos conhecimento. Histórias ricas em detalhes e descrições perfeitas de seres interessantes, tanto quanto bizarros, é um consistente roteiro pronto para transportar toda essa magia dos livros para as telonas. Entretanto, não é tão simples. Toda sua carga de arte pode virar uma grande bomba nas mãos de diretores com pouca experiência. Foi o que infelizmente se viu até hoje nas malfadadas adaptações de histórias como Odisséia, O jovem Hércules, e nos recentes Percy Jackson e o ladrão de raios, e Fúria de Titãs.
Os dois últimos citados são exemplos claros de como não se pode simplesmente “jogar” a mitologia na telona. Percy Jackson segue alinha teen da saga Crepúsculo, onde mito e o universo juvenil se entrelaçam formando algo que beira o estúpido, mas que tem o seu público fiel. Uma concepção como essa, Deuses-Modernidade, era um tanto arriscada, poderia levar o diretor ao Olimpo ou ao Mundo Inferior. Depois de quase duas horas de tiradas que eram para ser engraçadas e de péssimos figurinos e direção de arte (incluindo espadas e armaduras visivelmente de plástico), não tenho dúvidas que o diretor está fazendo companhia ao pobre Hades.
Já a refilmagem do clássico de 1981, Fúria de Titãs tinha tudo para ser formidável. Roteiro puro e simples de uma das mais belas e encantadoras passagens da mitologia, com personagens dentre os mais fantásticos da obra da antiguidade clássica como Perseu, Medusa e o Kraken, era sucesso garantido. Ledo engano. O longa atual só supera o original em efeitos visuais e sonoros, de resto sobra apenas um filme com pressa de chegar ao fim. Tanto que o herói chega à metade de sua saga antes mesmo que o público termine sua pipoca. É a tal falta de roteiro compensada com frenesi e efeitos berrantes que tanto fala José Wilker. Nem Ralph Fiennes na pele de Hades consegue dar um tom diferente ao filme.
Para os fãs de mitologia e de cinema ficou a frustração. Esperavam se deliciar com o mundo fantástico repleto de heróis e monstros, seres fabulosos que valessem o ingresso. Mas infelizmente a única sensação que deve ter ficado é a de que viram dois filmes semelhantes, porém que não acrescentaram absolutamente nada.

terça-feira, 20 de abril de 2010

NASCIDOS EM 7 DE SETEMBRO por Flávia Cristina Silva

" Acreditei neles!Vão lutar!Vão matar!
Tudo mentira!Um monte de mentiras!"
Ron Kovic


Uma inesquecível e emocionante atuação de Tom Cruise como o veterano de guerra Ron Kovic,
baseado numa história real, Nascido em 4 de Julho segue o jovem Kovic de entusiasmado adoles- cente que se alista como voluntário para a Guerra do Vietnã a um amargurado veterano paralisado da barriga para baixo.Perdidamente apaixonado por seu país,Kovic retornou a um ambiente completamente diferente do que deixou a desponta como uma voz para os desencantados.
Foi sob as margens do Rio Ypiranga que nasceu nosso amado país.Naquele 7 de Setembro mais
do que independência conquistávamos o direito de sonhar com uma nação verdadeiramente livre e promissora para todos.Quase dois séculos depois o que era para ser sonho está se transformando na mais angustiante das ilusões. Muitos afirmam que o Brasil está se tornando o país do futuro.E talvez realmente seja.Mas a que futuro estão se referindo?Se pararmos para pensar minunciosamente chegaremos a uma só conclusão nem un pouco favorável ao povo brasileiro.E o mais irônico é perceber que nós mesmos estamos desenhando este futuro ao fazer do nosso sagrado direito de votar o mesmo que fazemos com nossos deveres como cidadãos.Erramos ao nos deixar levar por ufanismo exagerado que nos inebria diante de sérias questões sedentas por vitórias verdadeiramente viáveis para todos nós. A nossa recente história nos leva a vitórias irrelevantes para quem realmente deveria comemorá-las. Será que sair às ruas de bandeiras em punho e caras pintadas ou acompanhar ansiosamente o desfecho de uma candidatura de teor bem mais político do que nacionalista é demonstrar o nosso poder? Ou apenas comprovar nossa incrível capacidade de nos deixar iludir por promessas tão vazias quanto nossas contas bancárias? Onde está a vitória conquistada em 1 de Setembro de 92 quando voltamos a eleger aquele mesmo presidente como senador da República? Onde está a nossa vitória de 4 de Outubro de 2009 e a que interesses ela realmente serve? São importantes indagações que deveríamos fazer antes de comprarmos uma batalha que certamente não é totalmente nossa.
Assim como fica cada vez mais difícil acreditarmos que o futuro da nação ainda está disponível em qualquer voto eleitoral consciente,fica também difícil prever um grande futuro para um país que elege figuras caricatas de nomes peculiares como representantes de seus direitos. Nossa verdadeira essência consiste em comprometimento com nossa nação e não em promessas infundadas e vitórias ilusórias.
Fazer dos nossos deveres os mesmos com nossos direitos. Ainda não é tarde para visualizarmos este país do futuro e escolhermos de que lado devemos estar e a que interesses devemos seguir. Ou terminaremos como Ron Kovic,munidos apenas de sonhos e ilusões,aleijados em nossos direitos e ainda clamando por independência às margens de um rio qualquer.
Em tempo: dar um milhão e meio de reais de mão beijada a uma pessoa como esse tal marcelo dourado é entender o pôrque do país se encontrar nesta situação. Acorda povo brasileiro!Enquanto ainda é tempo! Pois o futuro pode não ser tão dourado assim para nós.

terça-feira, 23 de março de 2010

Guerra ao Terror, vencedor do Oscar de melhor filme : Merecido?
Ele desbancou o poderoso Avatar de Cameron com um orçamento muitas vezes menor, além disso saiu do ostracismo para se tornar um filme vencedor de seis Oscar. Merecido? Antes da resposta podemos destacar alguns aspectos que irão fazer jus à sentença.
Para começar a diretora Katryn Bigelow teve coragem ao mostrar o lado "humano" dos soldados americanos que são mandados para o sofrimento e muitas vezes para a morte, fazendo os questionamentos sobre a necessidade da guerra ficarem ainda mais intensos. Ela também foi inteligente em dar maior destaque ao conflito psicológico ao invés do armado, se tornando um filme tenso, mas não maçante como os últimos do gênero que foram lançados. Este é o diferencial do filme. Enquanto James Cameron contratou um exército de nerds para desenvolver com perfeição o incrível planeta Pandora, Mark Boal, roteirista, foca o fator humano e sua degradação mental causada pela tensão contínua do sítio americano no Iraque. Pode ser que o roteiro não fosse melhor do que o da guerra de Tarantino ou a singeleza da animação Up - Altas aventuras, mas serviu de critério de desempate para vencer Avatar.
Contudo o mais importante talvez seja a sobrevida que o bom e velho drama ganhou com a derrota do longa surreal de Cameron, que podia instalar uma nova era no cinema em que a realidade não seria real, e sim virtual.
Por isso digo que o prêmio de melhor filme, mesmo que muito contestado, foi merecido.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Injusto? Será?

E mais uma premiação do Oscar se foi, e como é de praxe, as insatisfações e dúvidas sobre a honestidade da Academia ficam em destaque. Mas quem acompanha o cinema, a premiação e sua história, sabe que diversas surpresas já causaram ojeriza muito maior a público e crítica desde seu início em 1929.
Podemos começar pelo ano passado, onde o azarão Quem Quer Ser Um Milionário? venceu oito prêmios e desbancou o então favorito O Curioso Caso De Benjamin Button, que colecionara 13 indicações, perdendo apenas para Titanic (1997) e A Malvada (1950) em numero de nomeações, porém venceu apenas três. Injustiça? Para muitos sim. O filme de David Fincher é superior ao de Danny Boyle em muitos aspectos, principalmente técnicos. Entretanto a fabulosa história do jovem indiano Jammal, da miséria absoluta ao prêmio de 10 milhões de dólares ( ou libras), comove e diverte, o que deve ter sido crucial para a sua vitória. Não que o filme fosse ruim, mas é inferior a utópica biografia de Benjamin Button, adaptada do conto de F. Scott Fitzgerald.
Outro caso mais recente ocorreu em 2006, que tinha o romance gay de excelente e ousada direção de Ang Lee, O Segredo de Brokback Mountain, favoritíssimo e com as duas mãos na estatueta, mas foi surpreendido pelo tenso e paranóico desenho da sociedade americana pós 11 de setembro, de Crash - no Limite de Paul Haggis. Com exceção dos homofóbicos, todos odiaram a escolha da Academia.

Ainda pode-se destacar alguns casos mais notáveis de "injustiças". Em 1976, Rede de Intrigas e Todos os Homens do Presidente, faziam uma disputa acirrada pelo prêmio, sendo que ainda eram assombrados pelo drama Taxi Driver, de Scorcesse. Mas quem riu por último foi Sylvester Stallone com o seu modesto, independente e de roteiro escrito em inacreditáveis três dias, Rocky, Um Lutador. O resultado estarreceu, pois mesmo com a excelente crítica que recebeu, o prêmio de melhor filme era inimaginável. E para terminar, o mais azarão de todos talvez tenha sido A Volta ao Mundo Em 80 Dias. Apesar de ser um bom filme, com bons público e crítica, nem de longe se comparava aos outros concorrentes, entre eles o drama Assim Caminha a Humanidade, o bíblico Os Dez Mandamentos e o romance O Rei e Eu, três dos mais famosos filmes da história do cinema. O fato de ser uma adaptação do mundialmente conhecido livro de Julio Verne, pode ter encantado os votantes da Academia e pesado na hora da decisão.

Essa viajem na história do prêmio serviu para provar o quanto a premiação por vezes foi injusta e incoerente, isso só ressaltando a premiação principal. Mas vale lembrar que os membros votantes da academia são seres humanos e por mais que sejam profissionais, as suas preferências pessoais acabam interferindo na hora do voto. Porém não cabe a nós julgá-los, se a eleição fosse popular teríamos Lua Nova como melhor filme e Kristen Stewart como melhor atriz (com todo respeito aos fãs da franquia) gerando mais e mais insatisfações. A premiação desse ano foi em alguns pontos justa e em outros absurdo, mas o cinema é assim mesmo, depende muito do ponto de vista.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Frost ⁄Nixon (2008)

O maior escândalo político da história americana, o Watergate, e o seu personagem principal, Richard Nixon, são a base deste thriller de Ron Howard. Três anos após sua renúncia, Nixon (Langella) tinha sonhos de voltar à política e veio essa chance no convite de David Frost (Sheen), que queria arrancar do ex- presidente suas confissões e desculpas, tornando o diálogo tenso e hipnótico. Howard consegue prender o espectador na poltrona ao nos revelar os bastidores, e a entrevista mais assistida da história.Com uma montagem excelente, de tom documentarista, o filme peca apenas pelas cenas desnecessárias, mas que não o torna um filme chato.

Frost/Nixon, 2008, Ron Howard. Com Frank Langela, Michael Sheen, Sam Rockwell, Kevin Bacon, Rebecca Hall.

Recebeu 5 indicações ao Oscar.
Wall-e (2008)

Gênero da animação está cada vez mais interessante, e isso acontece devido aos roteiros complexos e bem desenvolvidos. Camuflados por baixo de personagens fofos ou bizarros. Desde A Bela e a Fera (1991, Indicado a Melhor Filme), as animações sempre tentam passar algo ao público, às vezes tendo que se pensar muito até encontrar a mensagem. Com wall-e, o gênero parece ter chegado ao ápice, o robozinho nos mostra um futuro deteriorado, onde os homens, sem contato humano afetivo, são manipulados por maquinas, e o nosso planeta completamente devastado pelo lixo consumista. Com seis indicações ao Oscar, parece difícil que outra animação ultrapasse esse nível, porém só esperando para vê.

Vencedor do Oscar de Melhor Animação. Suas 6 indicações são recordes entre as animações
Quem quer ser um milionário? (2008)

Quem quer ver uma Índia real, tem que assistir a este filme. Num famoso programa de perguntas e respostas, um favelado responde todas, e, fica a uma de se tornar milionário. Trapaça? Com o decorrer da história ele consegue provar que não está trapaceando, contando a sua vida, e como a sua dura batalha pela sobrevivência, o ensinou além das respostas, a perseverança e amor ao próximo. A preparação do elenco foi feita nos moldes de Cidade de Deus, o que fez com desse mais emoção e veracidade aos personagens, técnicas simplórias e magníficas também são sua marca registrada. Com exceção dos momentos onde a história parece não ter ligação, o filme é muito bom. Venceu oito Oscar com autoridade.

Slumdog Milionaire, 2008, Danny Boyle. Com Dev Patel.

Recebeu 10 indicações ao Oscar. Venceu 8, incluindo Melhor Filme.
Milk- a voz da Igualdade (2008)

Quando dizem que Sean Penn é sinônimo de show de interpretação, não há exagero. O ator prova por que recebeu o Oscar na categoria ao dar á vida a Hervey Milk, um ex- gay enrrustido que se torna o primeiro a assumir um cargo público nos Estados Unidos. Seus amores, amigos e sua luta incessante pela igualdade de todos, não apenas dos gays, como também negros, idosos e deficientes, é uma inspiração.Com um roteiro bem elaborado, o filme conta também com a dedicação dos jovens Emile Hirsch e James Franco, excelentes, e do experiente Josh Brolin.

Milk, 2008, Gus Van Saint. Com Sean Penn, Josh Brolin, James Franco, Emile Hirsch, Diego Luna.

Vencedor de 2 Oscar (Ator, Roteiro Original)
O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)

Através da adaptação do fantástico conto de F. Scott Fitzgerald, David Fincher nos leva a refletir sobre a vida, a morte, a alegria e a tristeza. Em conjunto á direção de arte, maquiagem, efeitos visuais de tirar o fôlego, e isso só destacando os mais impecáveis, o longa diverte e emociona do inicio ao fim. Acompanhando a vida de Benjamim Button, Brad Pitt, ótimo, podemos tirar a lição de que tudo acontece na vida sem o nosso controle, e o que devemos fazer é simplesmente viver. Por todos esses atributos, O Curioso Caso de Benjamin Button já é um dos melhores filmes de todos os tempos.

The Curious Case of Benjamin Button, 2008, David Fincher. com; Brad Pitt, Cate Blanchett, Tereji P. Henson, Tilda Swinton.

Vencedor de 3 Oscar (Diretor de arte, Maquiagem, Efeitos visuais), e recebeu outras 8 indicações.
O Leitor (2008)

Se fossemos só analisar a performance de Kate winslet, o filme já seria ótimo. Entretanto, além de sua incrível atuação, vencedora do Oscar, finalmente, o roteiro bem escrito nos carrega a indagações sobre o que é certo e errado, e, o que faríamos para não parecermos menores que ninguém. O multifacetado e versátil Ralph Fiennes conduz, ao lado de kate, um filme brilhante, da direção firme e corajosa de Stephem Daldvy, que mostra a arte de se conduzir um épico, sem se importar com críticas mesquinhas de quem acha que entende de cinema.

The Reader, 2008 , Stephen Daldry. com Kate Winslet, Ralph Fiennes, David kross

Vencedor do Oscar de Melhor Atriz
Closer – Perto Demais (2004)

Ouve-se muito dizer que Mike Nichols tem um talento absurdo para conduzir tramas nada “clicheístas”, dosando drama e humor, diálogos afiados e ácidos, e faz tudo sem muito estardalhaço. Em Closer - Perto Demais, o diretor conduz uma historia de amor de um quarteto (sim quarteto) de estranhos que se conhecem em situações um tanto inusitadas. Sem sutilezas ou enrrolações, o texto de Marber, adaptado pelo próprio de sua peça teatral, é direto e mostra o amor de uma forma madura, fazendo que o público venha a pensar de uma forma um pouco mais lúcida sobre as relações humanas. Com Natalie Portman impecável e um surpreendente e esforçado Clive Owem, o que proporcionariam uma das melhores seqüências do cinema, (a cena do strep tease), pena os seus pares estarem abaixo da crítica, o que enfraquece o excelente diálogo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

OSCAR 2010 - PREVISOES

MELHOR FILME

• AVATAR
• INVICTUS
• PRECIOSA
• NINE
• GUERRA AO TERROR
• AMOR SEM ESCALAS
• UP – ALTAS AVENTURAS
• EDUCAÇÃO
• A SINGLE MAN
• BASTARDOS INGLÓRIOS

TEM CHANCES

• ACONTECEU EM WOODSTOCK
• THE MESSENGER
• A SERIOUS MAN
• UM OLHAR DO PARAÍSO
• DISTRITO 9

Esse formato com dez indicados não é novidade, pelo menos para os conhecedores da história do prêmio, que de 1928 à 1943, adotava esse formato. O argumento para ter voltado nos dias atuais foi a democratização do prêmio, o que é bobagem já que as outras categorias continuam com cinco indicados. Indo ao que interessa, a lista parece estar quase fechada, com grande vantagem para AVATAR, GUERRA AO TERROR, INVICTUS, e o surpreendente AMOR SEM ESCALAS que é fortíssimo candidato. NINE parece ter perdido a força, mas se manterá na lista, PRECIOSA, apesar do excelente trabalho de Lee Daniels, é um azarão, assim como BASTARDOS INGLÓRIOS de Quentin Tarantino. UP – ALTAS AVENTURAS e A SINGLE MAN só irão fazer número junto com EDUCAÇÃO. Pena UM OLHAR DO PARAÍSO ter perdido força, tem tudo para ser um grande filme. DISTRITO 9 é uma zebra que ronda a lista, apesar das excelente crítica.


MELHOR DIRETOR

• JAMES CAMERON – AVATAR
• JASON REITMAN – AMOR SEM ESCALAS
• CLINT EASTWOOD – INVICTUS
• KATHRYN BIGELOW – GUERRA AO TERROR
• QUENTIN TARANTINO – BASTARDOS INGLÓRIOS

TEM CHANCES

• LEE DANIEL - PRECIOSA
• NEILL BLOMKAMP – DISTRITO 9
• PETER JACKSON – UM OLHAR DO PARAÍSO
• ROB MARSHALL – NINE
• JOEL E ETHAN COHEN – A SERIOUS MAN

Entre os diretores, quatro vagas são certas com Eastwood (ainda mais depois de terem o preterido de forma ridícula ano passado). Reitman surpreendentemente favorito com sua direção inteligente. Bigelow, que fez o melhor gênero guerra desde O regate do soldado Ryan e disputará com seu ex-marido e diretor de Avatar, James Cameron, que pode destronar o seu Titanic nas bilheterias. A última vaga vai ser disputada até o dia 2 de fevereiro, Lee Daniel e Tarantino farão uma briga boa. Rob Marshall pode morrer na praia assim como Nine, e Blomkamp e Jackson seriam zebras.


MELHOR ATOR

• MORGAN FREEMAN – INVICTUS
• GEORGE CLOONEY – AMOR SEM ESCALAS
• JEFF BRIDGES – CRAZY HEARTH
• COLIN FIRTH – A SINGLE MAN
• DANIEL DAY-LEWIS – NINE

TEM CHANCES

• JEREMY RENNER – GUERRA AO TERROR
• TOBEY MAGUIRE – BROTHERS
• MICHAEL STUHLBARG – A SERIOUS MAN
• MATT DAMON – O DESINFORMANTE
• PHILIP SEYMOUR HOFFMAN – O NAVIO DO ROCK

Os nomes certos são os que dividirão o favoritismo para receber o prêmio. Morgan Freeman está impecável de Mandela no drama Invictus, e Clooney vem em alta na sensasão da temporada Amor sem escalas. Jeff Bridges, depois de quatro indicações, tem uma pitada de esperança com o seu decadente cantor country de Crazy Hearth. Colin Firth é uma incógnita, por se tratar de figurão de comédias romanticas que decidiu dar o ar da graça com um personagem “sério”. A vaga pendente ficará entre o jovem Jeremy Renner de Guerra ao terror e o eterno homen-aranha Tobey Maguire em seu melhor papel desde Garotos incríveis. Já Daniel Day-Lewis pode ser prejudicado pelo baixo rendimento de Nine, entretanto pode se favorecer pelo seu crédito com os votantes da Academia.


MELHOR ATRIZ

• CAREY MULLIGAN – EDUCAÇÃO
• MERYL STREEP – JULIE E JULIA
• GABOURNEY SIDIBE – PRECIOSA
• HELEN MIRREN – THE LAST STATION
• SANDRA BULLOCK – THE BLIND SIDE

TEM CHANCES

• EMILE BLUNT – THE YOUNG VICTORIA
• MARION COTILLARD – NINE
• HILARY SWANK – AMELIA
• PENELOPE CRUZ – ABRAÇOS PARTIDOS
• SAIORSE RONAN – UM OLHAR DO PARAÍSO

Carey Mulligan, Educação, chega credenciada pelo seu sucesso em Cannes, será o nome certo da lista junto com a debutante Gabourney Sidibe por Preciosa, e também Meryl Streep, que receberá sua 16ª indicação (recorde absoluto) pelo simpático Julie e Julia. Helen Mirren tem tudo para confirmar a indicação pelo drama The Last Station, onde faz excelente atuação. O impasse fica por conta de Sandra Bullock, The Blind Side, e Emile Blunt em The Young Victoria. A veterana atriz nunca esteve tão bem, de acordo com as críticas, sendo então a melhor oportunidade da Academia lhe conceder uma indicação, e o que pesa para o lado de Blunt, é o fato de que quase todos os anos uma jovem atriz tem um lugar entre as indicadas. Dentre as outras que tem chances, Marion Cotillard em Nine, viu suas chances diminuirem junto com a popularidade do filme. Swank e Ronan correm por fora, sendo que a jovem atriz pode ser transferida para categoria de coadjuvante. Penelope Cruz, provavelmente será preterida devido à sua certa indicação de coadjuvante por Nine.



MELHOR ATOR COADJUVANTE

• MATT DAMON – INVICTUS
• CHRISTOPH WALTZ – BASTARDOS INGLÓRIOS
• CHRISTOPHER PLUMMER – THE LAST STATION
• WOODY HARRELSON – THE MESSENGER
• STANLEY TUCCI – UM OLHAR DO PARAÍSO

TEM CHANCES

• ROBERT DONWEY JR – O SOLISTA
• JUDD LAW – SHERLOCK HOLMES
• BILL NIGHY – NAVIO DO ROCK

É difícil que os indicados saim da linha do Globo de Ouro, Matt Damon voltará, depois de ser totalmente esquicido em Os Infiltrados(2007), como o capitão da seleção de Rugby Sulafricana em Invictus. Wood Harrelson, The Messenger, mostra que sabe ser versátil formando um excelente par com Samantha Morton. Os outros três carregam uma ponta de favoritismo por alguns motivos: Waltz caiu como uma luva no filme de Tarantino, por ter um bom sotaque, apesar de austríaco, soube incorporar de corpo e alma o personagem em Bastardos Inglórios. Plummer , pode economizar um Oscar honrário da Academia em The Last Station, e Tucci pode dar segmento aos sociopatas “ganhadores de Oscar”. Qualquer outro nome será uma mera zebra, apesar de bons atores estarem nesta corrida por fora.


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

• JULIANNE MOORE – A SINGLE MAN
• VERA FARMIGA – AMOR SEM ESCALAS
• MO'NIQUE – PRECIOSA
• PENELOPE CRUZ – NINE
• SAMANTHA MORTON – THE MESSENGER

TEM CHANCES

• KATHY BATES – ACONTECEU EM WOODSTOCK
• DIANE KRUGGER – BASTARDOS INGLÓRIOS
• ANNA KENDRICK – AMOR SEM ESCALAS
· SUSAN SARANDON – UM OLHAR DO PARAÍSO

A indicação de Mo’nique é certa, já que sua presença em todas as premiações é constante, devido ao seu belo trabalho em Preciosa. Julianne Moore voltará ao circuito de indicações depois de seguidos filmes sem destaque, agora ao lado de Colin Firth em A Single Man, marcará presença. Vera Farmiga vencerá a queda de braço com Kendrick, que atua ao seu lado na sensação da temporada Amor Sem Escalas. Penélope Cruz deixará de lado a indicação na categoria de atriz principal e ficará com na de coadjuvante salvando Nine. Morton disputará com Diane Krugger a última vaga, sendo bem provável que consiga. Susan Sarandon ficará na expectativa, enquanto Bathes e Stauton dependerão de um milagre.


ROTEIRO ORIGINAL

• BASTARDOS INGLÓRIOS – QUENTIN TARANTINO
• UP- ALTAS AVENTURAS -
• A SERIOUS MAN – JOEL E ETHAN COHEN
• 500 DIAS COM ELA -
• AVATAR – JAMES CAMERON E

TEM CHANCES

• A BRIGTH STAR -
• A SINGLE MAN -
• ABRAÇOS PARTIDOS – PEDRO ALMODÓVAR
• DISTRITO 9 – NEIL BLOMKAMP E TERI TATCHELL

O roteiro de Cameron é bem mais interessante e inteligente do que parece, e como todos os anos a comédia terá um representante com o simpático 500 Dias com Ela. O humor negro de A Serious Man trará a única indicação do longa dos Irmãos Cohen. Tarantino e o seu brilhante e violento Bastardos Inglórios, entrará e como um dos favoritos. Up – Altas Aventuras fechará a lista sendo talvez o mais emocionante deles.


ROTEIRO ADAPTADO

• EDUCAÇÃO -
• UM OLHAR DO PARAÍSO – PETER JACKSON, PHILIPA BOYENS E FRAN WALSH
• THE ROAD -
• PRECIOSA -
• AMOR SEM ESCALAS – JASON REITMAN E SHELDON TURNER

TEM CHANCES

• INVICTUS -
• O FANTÁSTICO SR. RAPOSO -
• ACONTECEU EM WOODSTOCK -
• THE LAST STATION -
• NINE – ROB MARSHALL

O trio de ouro, vencedor do Oscar por O Senhor dos Anéis – O retorno do rei faz um excelente trabalho em Um olhar do paraíso onde a polêmica em relação à impunidade é a tônica. Amor Sem Escalas é certo de conseguir uma vaga devido à maliciosa sutileza de Reitman. Preciosa trabalha com uma realidade surreal, portanto um dos roteiros mais fortes da disputa. O cenário pós-apocalíptico de The Road, levará novamente uma obra de Comarck McCarthy, Onde Os Fracos Não Têm Vez, à lista da premiação.


FILME DE ANIMAÇÃO

• UP- ALTAS AVENTURAS
• O FANTÁSTICO SR. RAPOSO
• 9 – A SALVAÇÃO
• A PRINCESA E O SAPO
• CORALINE

TEM CHANCES

• TÁ CHOVENDO HAMBÚRGUER
• MONSTROS VS. ALIENÍGENAS
• A ERA DO GELO 3
· ASTRO BOY

Uma das categorias que mais cresceu nos últimos anos, estará mais disputada do nunca, com o favoritismo de Up – Altas Aventuras, mas os seus maiores adversários serão o divertido Coraline e O Fantástico Sr. Raposo. Entretanto a nova fórmula de contos de fadas proposto pela Disney em A Princesa e o Sapo, que traz uma princesa negra como protagonista, além de ter chances, representará os desenhos animados. 9 – A salvação é uma incógnita, mas aparecerá na lista.