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quarta-feira, 18 de julho de 2012

O planeta dos macacos (1968)


Planet of the apes, 1968. Dirigido por Franklin J. Schaffner. Com Charlton Heston, Roddy Mcdowall, Kim Hunter, Maurice Evans, James Whitmore, Limda Harrison e Jeff Burton.

Nota: 9.2

Não tem como apontar a melhor ficção-científica que foram levados às telonas até hoje, ainda mais que os efeitos visuais extraordinários dominam a indústria cinematográfica há algum tempo. Entretanto, pode-se afirmar com certeza que um dos mais importantes é O planeta dos macacos, baseado no livro Planéte des singes de Pierre Boule, dirigido por Franklin J. Schaffner, que se tornou um fenômeno de público e crítica e até hoje impressiona pelas maquiagens perfeitas e atuações convincentes. Isso muito antes do CGI sonhar em existir.

O filme se inicia com Taylor (Charlton Heston) viajando pelo espaço na companhia de outros três exploradores. Algo dá errado e a nave cai em um planeta estranho. Então os três (um deles morre durante a viagem) saem em expedição pelo aparentemente inóspito planeta em busca de vida. Algum tempo depois descobrem que o local é habitado por uma espécie racional de macaco e os seres humanos não passam de animais selvagens. E o pior de tudo, não são benquistos.

Muitos consideravam uma tarefa de alto risco da Fox apostar em um filme em que a maioria do elenco se travestiam de macacos, porém John Chambers criou máscaras que, além de caracterizar de forma verossímel, dava a cada um dos símios uma expressão singular, um feito inesquecível. Acima disso, há o roteiro amarrado de Michael Wilson e Rod Serling, que dialoga, principalmente no fim, com as atitudes do homem em relação ao convívio em sociedade, e mais do que isso, a temor de uma possível hecatombe nuclear no período da Guerra Fria.

Schaffner não sossega sua câmera, e um pouco mais de um terço do longa nos apresenta ao cenário desconhecido, e angustia o público a cada plano aberto, câmera trêmula e longas sequências sem diálogos. Outro fator primordial neste gerador de tensão é a trilha sonora de Jerry Goldsmith, que a primeira “ouvida” parece poluída e exagerada, mas quanto mais os personagens avançam no território e entram em contato com os nativos, mais seu teor pesado se justifica.

Um filme extraordinário, que ganhou três continuações e um remake em 2001, que Tim Burton preferiria excluir do currículo, que imortalizou as atuações de Roddy Mcdowell e Kim Hunter  como os símios Cornelius e Zira. E, claro, também colocou Heston e sua memorável frase “Tire suas patas de cima de mim, seu maldito macaco fedorento”, na lista de fita obrigatória.

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