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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ratatouille (2007)

Ratatouille, 2007. Dirigido por Brad Bird.
Nota: 9.1

As produções animadas são a melhor forma de contar histórias de superação, moral, e de enriquecimento pessoal, de uma forma fantasiosa e lúdica sem ficar piegas, e com cara de filmes B de sessão da tarde. São divertidas para as crianças e instrutivas para os adultos, obras completas. Claro, nem todas são uma maravilha, porém, o casamento Disney/Pixar proporcionou na última década verdadeiros libelos deste novo tempo das artes cinematográficas como Procurando Nemo, Wall-E e Up – Altas Aventuras. Mas, não tem como negar que o roteiro brilhante, que mais se aproxima da realidade nossa de cada dia é Ratatoulle.
 
Escrito e dirigido por Brad Bird, o filme traz a história do ratinho Rémy, que não se conformava com sua condição de revirar latas de lixo e decidiu seguir seu sonho de ser um chef de cozinha. Entretanto, como era apenas um roedor, ele teve se alia ao desastrado Linguine, lixeiro de um famoso restaurante para poder dar segmento ao seu grande sonho. Contudo, descobrirá que mesmo sendo o melhor, terá de lutar muito para que deixem de lhe enxergar apenas como um rato.
 
Bird desenvolveu um texto primoroso que esmiúça a condição de algumas castas da sociedade atual. A forma como construiu toda a atmosfera, com um rato e um jovem fracassado unidos , explicitando a lutas destes desfavorecidos para conseguir um lugar ao sol, seja qual for a aspiração que o move, concede uma autoidentificação instantânea de quem realmente luta contra as regras do mundo de aparências. Rémy vive os dilemas que qualquer pessoa em desvantagem social sofre, e tem o diferencial de não ser um herói perfeito, propenso à falhas como qualquer um.
 
Um relato divertido e emocionante da luta de um rato para se tornar um chef, que bem poderia ser a luta r de um negro, uma mulher ou um deficiente para se reconhecido em ambientes onde ainda sofre com a indiferença. Um filme esplendido, que se não supera seus “irmãos” na técnica, não deixa nada a desejar em termos de ideologia e retórica.

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