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sexta-feira, 18 de maio de 2012

A PRIMEIRA VEZ É INESQUECÍVEL



“Tudo na vida tem sua primeira vez”. Certamente muitas pessoas já ouviram esta expressão. E seguindo a onda do sucesso da comédia American Pie, que retorna em grande estilo, lembrei-me de minhas primeiras vezes no campo do entretenimento:

CAVERNA DO DRAGÃO

Esta turminha de heróis e suas armas mágicas enfrentavam os mais perigosos desafios com o objetivo de retornar a sua terra natal foi e ainda continua sendo um dos maiores sucessos da TV em termos de desenho animado. As aventuras de Hench, Bob, Sheilla, Diana, Eric, Presto e a unicórnio Uni, tomavam por completo minhas manhãs. E a tarde também quando fantasiava que era a Diana e repetia a aventura em meu quintal. Não conseguia me concentrar em outra coisa pra fazer além de acompanhar cada aventura destes carismáticos heróis. Sem dúvida, Caverna do Dragão foi um dos programas mais amados pelas crianças de todo mundo devido sua essência pura e a facilidade de ensinar bons valores às crianças como lealdade e amizade. Uma coisa rara para se festejar em dia, em contraponto com a tristeza pelo fato da série não ter tido um final por atritos contratuais. No entanto, nada que possa ter apagado as emoções inesquecíveis que aquela turma boa me proporcionou na primeira vez em minha e na infância de muita gente. 

A GATA E O RATO

Pode-se dizer que este estilo de série nasceu com o casal de detetives que tinha por si tanto ódio quanto amor na mesma intensidade. De lá pra cá, várias seguiram esta linha estratégica alcançando um relativo sucesso, mas nada que se me fizesse esquecer as aventuras da gata Maddie e do rato David. Cybill Shepard no auge de sua formosura e Bruce Willis, já dando sinais de sua protuberante calvície, mas com o charme imponente de sempre, exalavam uma química tão perfeita que criava nos fãs uma espécie de hipnose diante da tela. Não perdia um só episódio! Hoje, infelizmente, ainda não tive acesso a seus DVDs, como o de outras séries, mas o status de primeira série de TV que acompanhei com gosto nas sessões aventura da tarde é incomparável. 

O ENIGMA DA PIRÂMIDE (Young Sherlock Holmes, 1985)

Era a década dos grandes blockbusters e Spielberg não poderia ficar de fora desta onda. Depois de nos levar para o espaço e nos emocionar com o extraterrestre mais amado do cinema, o mais famoso diretor dos últimos tempos criou sua versão mais jovem do detetive mais famoso da literatura mundial. O Enigma da Pirâmide foi o primeiro filme que me fez sentar e mais do que apenas ver, assistir a uma aventura enigmaticamente fascinante. Aqui vemos uma versão narrada por Watson da origem de sua amizade com Sherlock Holmes ainda na Faculdade em Londres. Nunca poderei esquecer o misto das primeiras emoções que este singelo filme me provocou. Era uma noite de Sábado em 1989 quando parei atentamente em frente à TV e torci para que o herói desvendasse o mistério e salvasse seus amigos das garras de um poderoso vilão. Por diversas vezes mais voltei a revê-lo em outras sessões. Já nem conseguia mais contar até que parou de ser reapresentado. Hoje, o tenho em DVD e posso assisti-lo quantas vezes quiser, mas certamente as emoções geradas por um olhar virgem e ingênuo daquela noite de Sábado nunca mais serão as mesmas. As mesmas emoções que hoje compartilho por outros bons filmes. 

JEAN CLAUDE VAN-DAMME

Um homem bonito, um ator carismático e um herói implacável. O belga Jean Claude Van-Damme incorporou o estilo Bruce Lee de agir se tornou ídolo de uma geração de fãs dos filmes de ação. O herói em busca de justiça com a força de caráter e a determinação de todo homem de Bem. Todo filme que estrelava tinha o mesmo tema, a mesma estratégia, quase o mesmo roteiro, mas nunca deixou de ser sucesso de bilheteria. Todos, incondicionalmente só queriam ver o grande dragão branco perito em artes marciais dar uma tremenda surra em seus vilões. Não importava se não conseguia conectar frase com frase em seus textos na maioria pobres e vazios, não ligava para isso. Tudo sumia quando gritava no intuito de reprimir o adversário no momento de cada desafio. A beleza escultural e seu carisma selvagem o tornaram meu primeiro ídolo cinematográfico e até hoje me lembro com carinho de suas proezas. 

MOLLY JENSEN (Demi Moore em Ghost)

As mocinhas românticas estão sempre na vanguarda da história do cinema. Elas se apaixonam, riem, choram, emocionam, nos fazem sonhar. Demi Moore fez tudo isso em Ghost – do outro lado da vida em 1992 ao encarnar de forma perfeita Molly Jensen, uma artista plástica que perde seu amado durante um assalto. Para manter contato com ele, ela recebe ajuda de uma médium nada convencional. O filme virou um fenômeno e a personagem de Demi criou estilo de moda encantando uma geração. Quem nunca sonhou em viver uma história de amor que ultrapassa os limites da própria morte? Todas queriam ser Molly, todas queriam ter seu corte de cabelo, e especialmente, encontrar um amor tão poderoso quanto o de Sam Wheat. O engraçado era que relutei bastante em assistir ao filme por conta da super promoção de minhas colegas que queriam ser algo que não eram. E quando finalmente baixei a guarda, também queria ser Molly Jensen, a primeira heroína do cinema que me fez acreditar na força do amor verdadeiro. 

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