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segunda-feira, 21 de maio de 2012

DEZ FILMES PARA VIAJAR


Apertem os cintos, pois a aventura já vai começar! Perseguições frenéticas, buscas por tesouros milenares, viagens interplanetárias, batalhas no espaço sideral. A fantasia e ficção é a fonte precisa da aventura como o combustível que move todos os cinéfilos que procuram um bom entretenimento, criando heróis em sequências inesquecíveis. Receita infalível para deixar a rotina estressante do dia-a-dia um pouco de lado. Somente através dele, mesmo atados a uma poltrona, podemos viajar por cidades, países, planetas, galáxias. E tudo sem perder o fôlego que insiste em deixar nossos heróis um pouco mais humanos a cada desafio espetacular que enfrentam. Aqui listamos dez filmes que marcaram a história do cinema pela ação ininterrupta de qualidade:


O MÁGICO DE OZ (The Wizard of Oz, 1939)

“O filme espanta ainda hoje”
SET ESPECIAL – 1000 VIDEOS
A todos os jovens de coração foi dirigida esta produção musical de grande sucesso da MGM. Baseado no livro de L. Frank Baum, O Mágico de Oz de Victor Fleming, transporta os puros de coração a uma incrível viagem por um mundo de sonhos e magia. Nele, embarcamos com a menina Dorothy (Judy Garland) e seu cãozinho Totó através de um indesviável ciclone que varre a fazenda onde a menina mora com os tios. Assim ela vai parar na Cidade Esmeralda, terra natal do imponente Mágico de Oz. A jornada de Dorothy consiste em encontrar o mágico para ajuda-la a voltar para casa. No caminho, ela conhece três leais e imperfeitos amigos (Espantalho, Homem de Lata e o Leão covarde), que também desejam ter com o Mágico. Juntos, o grupo de amigos enfrenta a Bruxa Malvada do Oeste (Margareth Hamilton), para enfim, conseguirem o seus objetivos. Muitos podem afirmar que se trata apenas de uma simples aventura. Mas, o filme que teve um pomposo orçamento, impressiona pelas qualificações técnicas que mescla dois tipos de fotografia e belíssimas músicas de tom alegre e convidativo, bem como sua história cativante. O verdadeiro valor da amizade e o poder da superação de nossos limites é o carro-chefe que conduz o filme pra lá de divertido. Reza a lenda que para o papel da menina com sapatos de rubi, o estúdio queria a estrela da época, Shirley Temple, que por decisões contratuais com outro estúdio, foi retida pela Fox. Judy Garland, mesmo considerada velha para o papel, ficou com a vaga. Uma opção formidável, uma vez que o carisma da estrela fez da menina Dorothy um personagem tão mítico quanto a canção Over the Rainbow. Uma aventura pelo coração de uma menina doce e sensível num filme inesquecível que merecidamente entrou na galeria de um dos maiores clássicos do cinema. Uma obra imperdível que mostra que não há melhor lugar do que o coração dos jovens de todas as idades para se aventurar.

Foi bom demais: a chegada de Dorothy a terra de Oz. Lá, a menina logo se convence de que não está mais no Kansas e se inebria com uma recepção tão amistosa de seus novos amigos. Entre uma canção e outra, todo o ambiente é infestado de magia.

 

GUERRA NAS ESTRELAS: EPISÓDIO V – O IMPÉRIO CONTRA-ATACA
(Star Wars: Episode V – The Empire strikes back, 1980)

“Fantástica continuação de Guerra nas estrelas com muita ação e belíssimos efeitos especiais.”
VIDEO 1993 

Não se pode falar de aventura sem falar de Star Wars, ou simplesmente, Guerra nas estrelas. Uma das maiores, mais conhecidas e mais amadas franquias do cinema, marcou pela utilização pioneira de efeitos especiais que fascinaram o público em sua primeira sequência, Uma nova esperança (1977). Daí em diante Han Solo (Harrison Ford), a Princesa Lea (Carrie Fisher) e Luke Skywalker (Mark Hill) se tornaram mais que personagens de ficção científica. Eles entraram pelo espaço sideral de nosso entendimento e transpassaram por entre os corações de uma geração tamanha o impacto da obra de George Lucas. Como um meteoro colidiu com o sucesso na segunda sequência. Os já conhecidos efeitos especiais vieram ainda mais aprimorados aliados a uma precisa construção dos personagens. Feito que catapultou a figura mítica do supervilão Darth Vader. Após destruírem a Estrela da Morte, uma espécie de Fortaleza do Mal do Império Galáctico, os rebeldes tiveram que se defrontar com uma inesperada reviravolta. A captura do corajoso Han Solo e da Princesa Lea pelos inimigos, abalaram Luke. Mas nada se comparou ao impacto de uma terrível revelação quando o jovem Jedi descobre que seu pai é nada mais, nada menos, que seu arqui-inimigo. Esta revelação não causou um choque apenas no personagem, mas também em todo público que se viu ainda mais enredado pela trama de Lucas. Passagem que por si só colocou o filme como o melhor de toda a franquia. No entanto, seu poder se fortaleceu pela ação mais eletrizante com os emblemáticos sabres de luz, romance entre os personagens regulares e tiradas cômicas impagáveis dos amados seres robóticos C3PO e R2D2, responsáveis pelos divertidos momentos dentro da saga. Por tudo isso, O Império contra-ataca contra-atacou seu antecessor de forma ainda mais fascinante, tornando-se a chave mestra para todos que querem embarcar nesta espetacular guerra nas estrelas onde o Bem e o Mal andam lado a lado com a força de cada um.

Foi bom demais: o embate entre Luke e Darth Vader. Entre um golpe e outro dos sabres de luz, o vilão tenta persuadir o filho para o Lado Negro da força, e quando vê que o corajoso guerreiro prefere morrer com a mão decepada, Darth usa uma última cartada revelando sua verdadeira identidade. “Luke, eu sou seu pai”, imortalizou um momento memorável em Star Wars. 



INDIANA JONES E OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA
(Indiana Jones and The Raidders Lost Ark, 1981)
“Ele nunca nos deixou.”
SCI-FI NEWS
Quando o pai de Guerra nas estrelas resolve juntar-se a Steven Spielberg, o resultado não poderia ser outro. Sucesso absoluto! George Lucas apostou em seu galã de alma Jedi para dar vida ao mais famoso aventureiro da história do cinema. Como todo super-herói que se preza, Indiana Jones tem uma identidade secreta. Henry Jones é um pacato professor universitário que usa uma espécie de “nome de guerra” para conseguir o que todo arqueólogo almeja. Se aventurar pelos quatro cantos do planeta em busca dos grandes artefatos históricos em prol da própria história. “Isto pertence ao Museu”, se justifica cada vez que um vilão tenta dar um destino diferente aos objetos. Tudo isso sendo apenas um homem isento de superpoderes, o que deixa nosso herói ainda mais atraente. Harrison Ford o imortalizou em outras três sequencias, mas a primeira impressão é sempre a que fica. Em Os caçadores da Arca Perdida, o charmoso arqueólogo parte para encontrar o maior símbolo de aliança de Deus com os homens. A sagrada missão incumbida ao herói foi o grande chamariz do filme. Afinal, no mundo em que vivemos, muitos tentam encontrar uma maneira de nos conectar com Deus. Por isso, nos juntamos ao professor em sua superaventura na busca pela Arca da Aliança. O filme criou ingredientes míticos dos filmes de aventura, servindo de referência para outros do gênero. Embalados por uma inesquecível música-tema, Jones e seus inseparáveis acessórios se deparam com problemas típicos dessas aventuras. Bandidos inescrupulosos, donzelas em perigo, répteis rastejantes e, claro, confronto com o sobrenatural. Elementos que tornam o filme protagonizado por este carismático herói, um dos maiores clássicos de aventura de todos os tempos. 

Foi bom demais: já de primeira somos apresentados ao herói em mais uma de suas aventuras pelo mundo, mais precisamente na América do Sul, quando ele usa sua astúcia para retirar um ídolo dourado sem deixar que este gesto dispare uma terrível armadilha. Mas, como no mundo Indiana nada sai como planejado, as consequências vem em forma de rajada de flechas, um abismo que avista uma porta se fechando e para terminar, uma perseguição implacável de uma bola de pedra. Ufa! Haja fôlego!


ALIENS 2 – O RESGATE (Aliens, 1986)
“Maternal, a tenente Ripley de Sigourney Weaver fica mais furiosa e se torna a maior heroína de ação de ficção científica”.
1001 Filmes para você ver antes de morrer
O que você faria se seu filho estivesse correndo perigo mortal em volta de dezenas de Monstros assustadores e quase indestrutíveis? É justamente esta questão que, mulheres e especialmente mães, deixam aflorar uma força inimaginável quando se trata de suas crias, mesmo que não seja sangue de seu sangue. Aí o desafio se torna tão admirável quanto à personagem mais marcante da carreira de Sigourney Weaver. Nesta continuação do megassucesso Alien (1979), a única sobrevivente da nave Nostromo agora se encontra 57 anos posteriores a uma das mais chocantes tragédias do espaço. Logo de cara, a corajosa Tenente Ellen Ripley descobre que um grupo de pessoas colonizou o desconhecido planeta LV 426, a terra natal da besta galáctica que acabara de enfrentar. Mesmo traumatizada, Ripley é convencida por um dos inescrupulosos cientistas a liderar um grupo de resgate ao LV 426. Como era de se esperar, o local foi totalmente arrasado, restando apenas uma sobrevivente. Uma menina cuja sorte se liga ao destino de Ripley. Coube a James Cameron reestruturar a estrutura tecnológica de Alien que deu suporte a esta brilhante continuação. No entanto, Alien 2 – o resgate fez desta estrutura algo mais aprimorado dando vida a um roteiro bem mais elaborado e cheio de nuances psicológicas. Ripley ganha um contorno mais dramático entre traumas, dor e frustações. Contudo, a reviravolta da personagem ocorre justamente quando ela tende a se defrontar com seu pior pesadelo, descobrindo em si mesma um dom que pensava ter morrido juntamente com sua filha. Ao proteger a pequena Newt (Carrie Henn) de um ataque de Aliens, ela se torna a figura mais maternal dos filmes de ficção. Além disso, a inserção da versão maternal do Monstro ajudou a consolidar a figura de Ripley como uma guerreira perseverante, e garantiu a Sigourney Weaver uma merecida indicação ao Oscar de melhor atriz. Uma façanha se tratando de filmes do gênero. Alien 2 consolida a mitologia criada em torno do primeiro filme sendo constantemente apontado como uma das melhores sequências de todos os tempos.

Foi bom demais: depois de ver Newt ser capturada, Ripley não se conforma com o destino da menina que aprendeu a amar e volta para resgatá-la. O resultado de sua ousadia nos brinda com uma sequência espetacular onde encontra e destrói o ninho dos monstros, deixando para trás uma mamãe bestial pra lá de furiosa. 
 

 
O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 – O JULGAMENTO FINAL
(Terminator 2 – Judgment Day, 1991)

“Ele resume tudo isso num grande, empolgante, épico, tecnologicamente assombroso, politicamente correto e humanisticamente inteligente filme de ação.”
SET
Pode-se afirmar com certeza que esta continuação do sucesso O Exterminador do futuro (1984) é uma obra-prima da ficção científica. Mais uma vez, James Cameron, o mestre do ilusionismo cinematográfico arranca aplausos do público e crítica com um filme de qualidade indiscutível. Mais uma vez, o fortão mais carismático do cinema volta à cena no papel que o consagrou. Só que desta vez, a cara sisuda de Arnold Schwarzenegger trabalha em prol do Bem. Ele repete o papel da máquina enviada do futuro para o presente pelo líder da resistência humana a fim de protegê-lo de outro exterminador muito mais avançado. Quando se encontra com Sarah Connor (Linda Hamilton) numa clínica psiquiátrica, o exterminador da Paz a convence de seu propósito.  Juntos, eles tentam destruir os últimos vestígios da Skynet e assim proteger John Connor (Edward Furlong) das garras metálicas do implacável T – 1000 (Robert Patrick). O vilão futurista é o protagonista das imagens mais impressionantes do filme graças a um trabalho primoroso de efeitos visuais, vencedor de todos os Oscar desta categoria. Tudo é perfeito elevando o filme a um estágio atemporal, ou seja, a impressão que se tem é que foi produzido há pouco tempo. Contudo, num mundo dominado pela tecnologia, é essencial apontar os trabalhos de Hamilton e Furlong, que quebram o ritmo cibernético com a relação humana entre a mãe instável e o filho rebelde. Mas é na figura de Schwarzenegger que se apoia o sucesso da franquia. O Apollo musculoso injeta um charme carismático e uma boa dose de ironia cômica a seu Cyborg obsoleto. Isto ajudou e muito ao trabalho de Cameron, que pôde aprimorar sua continuação de maneira segura e arrebatadora, tirando de todos seus elementos a base para transformar O Exterminador do futuro 2 em algo espetacularmente inesquecível.

Foi bom demais: Perseguidos implacavelmente pelo incansável T – 1000, nosso trio de heróis seguem pelas ruas a bordo de uma limitada caminhonete enquanto o vilão surge em um enorme caminhão. Mas a sequência impressionante se deu quando o personagem de Schwarze consegue tombar o caminhão infestando o corpo do vilão com nitrogênio líquido. E antes de fazê-lo em pedacinhos, ele precede o momento com a famosa frase: “Hasta La vista, baby!”


PARQUE DOS DINOSSAUROS (Jurassic Park, 1993)

“É uma sacada dessas que fica claro o gênio de um cineasta.”
MONET
Bem-vindo ao Parque dos dinossauros! O letreiro do enorme portão de entrada é um convite certeiro para uma grande aventura. Tão grande que se expressa pelas palavras sarcásticas do professor Malcolm (Jeff Goldblum) quando brinca: “O que eles têm aqui? O King Kong?” Não, não se tratava da presença lendária fera gigante das selvas africanas. O cineasta Steven Spielberg guardava algo mais assombroso e surpreendente. Ao entrarmos pelos portões do Parque dos dinossauros corremos todos os riscos possíveis em uma aventura. Do deslumbramento inicial da visão de nossos “bichinhos” extintos, passamos pela relevante discussão sobre a influência humana nos propósitos da natureza e chegando enfim, a espetaculares momentos de pura adrenalina e terror. O fascínio causado por essas criaturas ultrapassa bilhões de anos e seu retorno às telas do cinema ultrapassou os mesmos bilhões, de dólares, onde por muitos anos foi a maior bilheteria da história. Outras duas sequências foram produzidas, mas nenhuma que se comparasse a sua produção genial. Spielberg não poupou despesas e um trabalho minucioso para a realização deste grande e ousado projeto. A idealização ingênua de um bilionário excêntrico (Richard Attenborough) o leva a criar numa Ilha particular um parque totalmente diferente de tudo que já se construiu pelo mundo. De imediato, ele contrata os paleontólogos Dr. Grant (Sam Neill) e Dra. Ellen (Laura Dern). Junto deles um cético professor universitário (Goldblum). Quando chegam ao Parque, logo são tragados pela inexplicável emoção de ver um gigantesco brontossauro. Dá-se início então a uma das mais emocionantes, engenhosas e catastróficas aventuras de todos os tempos. Como a natureza sempre encontra um meio de se desatar das amarras humanas, um incidente deixa a Ilha no mais perfeito caos com dinossauros a solta e nossos heróis em apuros. O que se vê daí em diante é uma corrida eletrizante pela sobrevivência. Momentos de ação ininterruptos que deixam os espectadores atônitos em suas poltronas. Não só os efeitos especiais de ponta que elevam o filme de Spielberg. As emoções variadas que ele proporciona oriundas de um roteiro brilhante, a idealização ousada e os diálogos ferinos e inteligentes. Tudo isso faz de o Parque dos Dinossauros algo tão colossal quanto o próprio King Kong.

Foi bom demais: ainda se refazendo de um ataque do tiranossauro Rex, o professor Malcolm olha fixamente para uma poça de água e percebe o perigo eminente. De repente, a enorme criatura sai de dentro dos arbustos e inicia uma desenfreada perseguição. O medo toma conta das pessoas até que o Tiranossauro se resigna com seu fracasso. Estamos salvos.


A MÚMIA (The Mummy, 1999)
Uma aventura romântica com alma futurista. O passado e o futuro se unem na produção de Stephen Sommers. A misteriosa e fascinante civilização egípcia serviu como base a uma das melhores aventuras dos últimos tempos. A figura mitológica de um dos monstros mais famosos de nosso imaginário antagonizou esta excelente trama de mistérios instigantes, tumbas amaldiçoadas, lendas assustadoras. Um verdadeiro chamariz para o público. Quando um grupo de soldados americanos desembarca em Humnaptra, a cidade dos mortos, eles buscam pelos maiores tesouros guardados a sete chaves pelos poderosos faraós do Egito. No entanto, despertar uma terrível maldição milenar era algo que nossos heróis não imaginaram. A criatura seria responsável por trazer consigo as pragas do Egito como anúncio para o fim do mundo. Agora a missão do apaixonante casal de aventureiros Rick O’Connell (Brendan Fraser) e Eve (Rachel Weisz) é colocar este monstro milenar para dormir antes que seja tarde. A Múmia foi uma das grandes surpresas das bilheterias daquele ano. Um filme notável que inseriu de forma coesa todos os elementos indispensáveis para uma grande aventura. Do romantismo de uma trama com o clássico herói escolhido para deter o Mal, a donzela charmosa em perigo e uma alta dose de adrenalina viciante. Obra que nos hipnotiza do início ao fim ao mergulharmos dentro da história. Além disso, a química perfeita do casal de protagonistas eleva a qualidade do filme a algo charmoso e irresistível. Fraser e Weisz acertam na medida quando seus personagens vivenciam situações interessantes que passam pelo romantismo, sacadas cômicas inseridas em diálogos inteligentes e divertidos. Os efeitos visuais ajudam a caracterizar os sustos onipresentes do gênero. Entretenimento de legado milenar que nem as poderosas pragas poderiam deter.

Foi bom demais: a sequência final do filme em que nossos heróis depois de derrotarem o poderoso inimigo, quase são tragados pelas areias do deserto de Humnaptra. Uma fuga alucinante se desenrola a partir dali com muitos sustos e armadilhas. E tudo termina com um beijo apaixonado do casal ao pôr-do-Sol.

 
PIRATAS DO CARIBE: A MALDIÇÃO DO PÉROLA NEGRA
(Pirates of Caribean: the curse of the Black Pearl, 2003)
“Piratas do Caribe tem todos os ingredientes de uma boa aventura.”
Flávia Cristina, amante de uma aventura com qualidade
A presença do Pirata sempre foi bem quista em uma boa aventura que se preze. Um homem de alma livre, que despreza as regras da civilização, deixando se levar pelas ondas dos Oceanos à procura de tesouros, e claro, grandiosas aventuras. E quando o produtor Jerry Bruckheimer expandiu o universo dos Piratas da Disney, a ideia foi um arraso de bilheteria. Os famosos Piratas do caribe atravessaram os Oceanos e foram parar nas telas do cinema. Piratas do caribe: a maldição do Pérola Negra inaugurou com uma perfeição inquestionável algo do gênero. Foi a primeira aventura do escrachado capitão Jack Sparrow, o pirata pouco convencional divinamente interpretado por Jhonny Deep. A síntese de um sucesso orquestrado por uma trama interessante e situações impagáveis. Aqui, ele é convocado pelo ferreiro Will Turner (Orlando Bloom) para ajuda-lo a resgatar a donzela de alma aventureira Elizabeth Swann (Keira Knightley) que por acidente, vai parar a bordo do temido Pérola Negra. O navio amaldiçoado é comandado pelo cruel, mas também engraçado, Capitão Barbossa (Geoffrey Rush). O vilão dos sete mares do além deseja ressuscitar junto com sua população. No filme estão contidos ingredientes fundamentais de uma grande aventura. O Pirata e sua dualidade nada altruísta, os visualmente extasiantes confrontos de espadas, o herói politicamente correto tentando resgatar seu amor perdido, lendas e maldições que se alimentam em excelentes sequências. Mas é na força do personagem e na interpretação de Jhonny Deep que se encontra o segredo do sucesso da franquia milionária. O ator se transmuta física e interiormente com perfeição o Pirata que não deseja, mas que por circunstâncias, acaba se tornando herói na trama. Uma aventura com bom gosto de originalidade, que deixa de lado um dos sinônimos da palavra pirata.

Foi bom demais: “Senhores, sempre se lembrarão deste dia em que quase capturaram o Capitão Jack Sparrow”. Com a ajuda de Will e Elizabeth, Jack escapa da forca arrasando os oficiais britânicos.  Enquanto se despede de todos de forma cínica habitual, ele tropeça e cai nas águas do mar, resgatado pela tripulação de seu Pérola Negra.

AVATAR (Avatar, 2009)

“Avatar não permite espaço para dúvidas justamente por beirar à perfeição”
SCI-FI NEWS

Avatar não foi o pioneiro do CGI (imagens geradas por computador), mas certamente foi o filho mais próspero deste exaltado recurso. Outras produções de sucesso já haviam utilizados este método para a construção perfeita de suas obras, mas foi no filme do visionário James Cameron que ele se consolidou. As imagens perfeitas captadas dos atores Sam Worthington e Zoe Saldana impressionaram ao dar vida ao casal de nativos Jack e Neytiri. O primeiro é um soldado com limitações físicas que se vê dentro do ambicioso projeto de uma supercorporação industrial. A outra é uma princesa guerreira do Planeta Pandora. O lugar é uma espécie de paraíso botânico que esconde no subsolo uma fonte mineral de valor incalculável. Depois de vários insucessos em suas tentativas de invadir o lugar à força, o exército humano elabora um plano de invasão mais “diplomático.” O soldado Jack é inserido na tribo dos Na ‘Vi por meio do Programa Avatar. O revolucionário programa consiste em comandar telepaticamente um ser construído como semelhante aos habitantes de Pandora. Uma vez infiltrado, o soldado seria peça fundamental na realização do plano quase perfeito. Quase, porque o que eles não contavam era que seu agente duplo fosse se afeiçoar tanto à sua vida virtual, que se tornaria o principal empecilho de seu elaborado plano. O roteiro não é uma novidade, mas mergulhar dentro de uma emocionante aventura é algo muito mais que convidativo. A bordo de impecáveis efeitos especiais, viajamos por um Planeta desconhecido e aprendemos a admirar suas belezas naturais, as fantásticas paisagens bem como a riqueza de valores de sua fauna e flora. Avatar nos ensina mais do que sermos ecologicamente corretos. É uma lição de respeito às inúmeras raças e a nossa relação com a Mãe natureza apoiados em sequências visuais impressionantes. Uma junção perfeita de elementos que o fizeram a maior bilheteria da história e um excelente entretenimento para quem quer se aventurar por outro planeta ou mais profundamente, pelo coração do próprio homem.

Foi bom demais: depois de conseguir se conectar com seu guerreiro alado, Jack sobrevoa os céus ao lado de Neytiri como o que ele chama de “o caçador alado sombrio”. O problema é que sua iniciativa deixou descontente o mitológico Toruk Macto, que inicia uma fantástica perseguição alada a nossos heróis rompendo a floresta. As descidas e subidas as montanhas flutuantes encenam um êxtase onipresente a nossos olhos. 

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