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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os dez melhores filmes brasileiros

Depois de dez anos do lançamento do maior primor de nossa cinematografia, Cidade de Deus (2002), parei para pensar quais eram os dez melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Depois de uma análise dentro de meus conhecimentos, relacionei a importância histórica com o sucesso de público e crítica, e claro, a qualidade cinematográfic da obra. Eis os meus escolhidos, e por favor, sintam-se à vontade para escolher os seus e votar na enquete ao lado, em seu preferido. Aí sim poderemos, em conjunto, descobrir se o filme de Meirelles foi mesmo o melhor.


10- Lavoura Arcaica (2001)
Dirigido por Luiz Fernando Carvalho. Com Selton Mello, Raul Cortez, Leonardo de Medeiros, Juliana Carneiro, Simone Spoladore e Caio Blat.
Nota: 8.6
Muito bom filme de Carvalho que soube captar os profundos sentimentos que pertubam os personagens e o público. A crise familiar que se contitui da autoridade brutal do patriarca, a melancolia da mãe, e agravada pela paixão de um irmão pela bela irmã, constroem um cenário psicologicamente assustador. Para completar, atuações soberbar de Raul Cortez e Selton Mello.


9- Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)
Dirido por Bruno Barreto. Com Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça e Nelson Xavier.
Nota: 8.8
Por muito tempo foi o recordista absoluto de público do cinema nacional, conta a história de um triângulo amoroso incomum, formado por Flor (Braga), Vadinho (Wilker) e Teodoro (Mendonça). O mote principal é no melhor estilo Jorge Amado, com o tom satírico de contranstre da sociedade puritano (e cínica) e a devassa, comum e de conhecimento geral. Dentro todos os triunfos de Barreto, o maior e talvez responsável pelo excelente público, foi a aura erótica e cômica. Muito bom.


 8- O Pagador de Promessas (1962)
Dirigido por Anselmo Duarte. Com Leonardo Villar, Gloria Meneses, Norma Bengell, Dionísio Azevedo e Geraldo Del Rey.
Nota: 8.9
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, é uma das mais belas, e tristes, história de nosso cinema. A saga de Zé do Burro para cumprir uma promessa feita em um terreiro de candomblé para que seu melhor amigo, um burro, melhorasse. Porém, quando tentou entrar na igraja com a pesada cruz que se propôs a carregar, foi impedido pelo padre. Uma parábola sobre o poder intrangisente da igreja, além de um grito de socorro dos desfavorecidos. O choque de poderes que ilustra com perfeição quem realmente dita as regras no mundo ocidental. Ótimo.

7- Abril Despedaçado (2001)
Dirigido por Walter Salles. Com Rodrigo Santoro, José Dumont, Rita Assemany e Wagner Moura.
Nota: 9.0
A arrebatadora adaptação da obra de Ismail Kadare por Karim Ainousz, traz a história da busca de vingança do jovem Tonho (Rodrigo Santor, ótimo), contra uma família rival, que seu pai (José Dumont) afirma ter sido a responsável pelo assassinato de seu irmão. Cinematografia primorosa de Salles, que soube transportar o clima claustrofóbico que pertuba o jovem. Walter Carvalho impõe uma fotografia que exala dramaticidade do início ao fim.

6-  Terra em Transe (1967)
Dirigido por Glauber Rocha. Com Jardel Filho, Glauuce Rocha, José Lewgoy e Paulo Autran.
Nota: 9.1
Obra de cunho político exarcebado e conduzido com excelência por Rocha, que traz a história da fictícia cidade de Eldorado e sua spendengas políticas. Uma metáfora corajosa que constituiu o cenário político brasileiro daquele período (década de 60). Um libelo deo Cinema Novo, o movimento mais famoso do cinema brasileiro, que coroou a carreira brilhante, e curta, de Glauber Rocha. Alguns criticam sua complexida, o que não tira seu mérito.

5- Pixote - A Lei do Mais Fraco (1981)
Dirigido por Hector Babenco. Com Marília Pêra, Fernando Ramos da Silva, Jorge Julião, Gilberto Moura, Rubens de Falco e Beatriz Segall.
Nota: 9.1
O melhor representante do cinema marginal paulista. Mostrou de forma nua e crua as provações dos garotos de rua da maior metrópole do Brasil. Babenco buscou na interação e utilização dos sem-teto uma aproximação ainda maior com a realidade. Marília Pera faz a prostituta que se torna uma "mãe postiça" do personagem-título, e em muitas cenas chega ao limite (como na cena em que segura o menino nos braços enquanto lhe suga o seio). Sucesso formidável na crítica internacional, foi indicado ao Globo de Ouro de filme estrangeiro.


4- Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro (2010)
Dirigido por José Padilha. Com Wagner Moura, Irandhir Santos, Maria Ribeiro, Milhem Cortaz, André Mattos e André Ramiro.
Nota: 9.3
O maior público da história de nosso cinema é uma amarga visão do cenário político brasileiro. Atráves do mitológico Coronel Nascimento, acompanhamos como  a máquina administrativa é uma das responsáveis pelo crime organizado no Rio de Janeiro e no resto do país. Padilha conduz a câmero inquieta de forma que o expectador sinta toda a agitação e extase do personagens principal. A figura de Nascimento representa a vontade de fazer justiça que todos brasileiros sentem ao assistir os noticiários. Faca na Caveira.

3- Central do Brasil (1998)
Dirigido por Walter Salles. Com Fernando Montenegro, Vinicius de Oliveira, Marília Pera e Mateus Nastchergaele.
Nota: 9.5
Uma bela e comovente história genuinamente brasileira, se tornou o mais o nosso mais filme mais premiado devido ao trabalho meticuloso de reconstituição de tempo e lugar de Salles. A fotografia torna cada vez mais intimista a relação de Dora (Montenegro) e Josué (Oliveira) no retorno do menino para o sertão nordestino. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, recebeu duas nomeações para o Oscar para filme estrangeiro e para a extraordinária atuação de Fernanda (à qual o filme deve no mínimo metade de seu triunfo).

2- Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
Dirigido por Glauber Rocha. Com Othon Bastos, Yoná Magalhães, Geraldo Del Rey e Maurício do Valle.
Nota: 9.7
O maior ícone do movimento do Cinema Novo, o filme do ainda jovem Glauber Rocha é controverso e pertubado e acompanha a saga de uma família em fuga pelo sertão nordestino. Este libelo de nosso cinema mudou o curso da cinematografia nacional e influência outros tantos pelo mundo afora. A estética vanguardista de Rocha exprime todo seu espírito em cada quadro em que o longa se passa e, como na maioria de seus filmes, sua complexidade confunde o público. Obra de arte e cinema de mestre.

1- Cidade de Deus (2002)
Dirigido por Fernando Meirelles. Com Mateus Nastchergaele, Leandro Firmino da Hora, Seu Jorge, Douglas Silva e Alice Braga.
Nota: 9.8
A suprema obra-prima de nossa cinematografia, que recebeu diversos prêmios e indicações por onde passou, além, óbvio de suas 4 indicações ao Oscar para diretor (Meirelles), fotografia (Charlone), montagem (Rezende) e roteiro adaptado (Mantovani). É considerado o melhor filme latino-americano da história e sétimo melhor entre todos pela revista americana Empire. Brilahnte do início ao fim.
http://cineposforrest.blogspot.com.br/2012/05/cidade-de-deus-2002-10-anos.html





2 comentários:

  1. É foi bem escolhido acho, a Globo Video deveria rever esta lista para fazer filmes sérios.Eu sou fã de o Pagador de Promessas,ele foi indicado ao oscar,ganhou Palma de Ouro, e numa época onde não havia lobby,internet enfim,conseguiu um feito gigantesco,por ser agraciada pela qualidade de de um filme onde tudo, está perfeito,o elenco,o roteiro a direção perfeita para uma época onde não havia muitos recursos,além de dinheiro também, eu vejo esse filme como o maior feito da história do cinema do Brasil.

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    1. Concordo, com o poderio inegável que a Globo filmes tem, poderia fazer obras bem mais relevantes quantos estas. Obrigado e volte sempre.

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