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terça-feira, 13 de março de 2012

Margareth "Streep" Tatcher x Merilyn "Willians" Monroe

Meryl, Margareth, Michelle e Marilyn poderiam ser apenas quatro aleatórios substantivos próprios de mulheres se não denominassem quatro exemplos femininos extraordinários de força e talento.

Marcada por ótimas interpretações ao longo da carreira e consequentemente a atriz com maior número de indicações na história do Oscar, Meryl Streep é do tipo raro que nunca deixa órfãos os fãs de interpretações mágicas. Todo projeto que tem seu nome em frente aos letreiros na certa é sinal de sucesso. E este sucesso a leva diretamente à lista de candidatas a vários prêmios. Desde que iniciou sua brilhante carreira nas telas em 1977 no telefilme Temporada mortal, a atriz tem demonstrado uma regularidade que impressiona tanto o público quanto a crítica. Através de um refinado e sutil jogo de expressões físicas, o rosto delicado e o domínio das técnicas de representação, Streep reforça a cada ano a ideia de que para ser uma atriz completa é necessário ter um talento nato.


Algo que parece redundante, mas que tem muita relevância nestes tempos de efeitos especiais cada vez mais aprimorados e a maquiagem se sobrepondo ao talento do intérprete. Por falar em maquiagem, esta tem sido o alvo de alguns críticos ao seu último trabalho A dama de ferro (The Iron Lady). Dizem ser carregada demais para a caracterização de sua personagem. O que poderia ser seu ponto fraco acaba que tendo o efeito contrário quando só faz reforçar seu notório poder de interpretação. A atriz atropela a maquiagem carregada e segue firme como a maior favorita ao prêmio. Assim, a atriz Meryl Streep faz história bem como a personagem a qual dá vida, a dama de ferro, Margareth Thatcher.

Mulher forte e meticulosa diante das dificuldades similares que seu cargo exigia Margareth Thatcher nunca se deixou abater pelas críticas a seu Governo marcado por diversas polêmicas. A maneira como se impunha perante seus oponentes a caracterizaram como a dama de ferro, ou seja, aquela que regia o país com um braço forte e atitude sólida. Abstendo-nos das polêmicas que envolveram sua administração, o que fica de exemplo para nós, e para as mulheres em geral, é a incrível capacidade que teve de conduzir uma das maiores potências mundial a um progresso inevitável numa década de ataques de grupos terroristas e Guerras mal resolvidas.


Com todo poder que dispusera nas mãos, nunca teve medo de expor suas opiniões perante os mais delicados assuntos e esta coragem a ajudou a abrir caminho num mundo essencialmente machista, tornando-se a primeira mulher a ter um poder político maior que a Rainha. A posição que ocupava fez dela um baluarte da luta feminina, tendo as dificuldades corriqueiras de toda mulher nesta posição. Além das batalhas de cunho profissional, também houve as batalhas pessoais que sempre envolvia sua conservadora família. Assim, Margareth Thatcher foi e sempre será um exemplo de liderança que marcou os anais históricos. Um fato que a coloca na lista das mulheres mais corajosas da história, independente da maquiagem carregada e do monumento capilar inconfundível.

Mais um exemplo de coragem, somos apresentados à outra mulher, ainda menina que cronologicamente rascunha sua história. Mas a julgar pelo fato de ser uma legítima representante de uma minoria de uma época onde jovens estrelas se deixam seduzir pela fama pleiteada por uma beleza exuberante, Michelle Wilhams pode e deve chegar lá. A atriz é daquele tipo de celebridade discreta e bem resolvida na vida pessoal. Mas nem sempre foi assim. Basta lembrar a turbulência que sua vida sofreu com a morte precoce de seu marido, o ator Heath Leadger em Janeiro de 2009. Com uma força de espírito admirável, ele passou a conduzir sua carreira da forma mais interessante possível.


Priorizando seu trabalho como atriz. Naquele mesmo ano, a atriz fez história ao subir no palco para receber o Oscar póstumo de Leadger de melhor ator coadjuvante por Batman- o cavaleiro das trevas. Talvez como um ensaio para um futuro próximo se continuar a trilhar pelo bom caminho da força de sua interpretação. A cada trabalho que realiza, a jovem demonstra uma maturidade extasiante, e aos poucos vai apagando um dos grandes estigmas que afetam jovens atores que participam das populares séries de TV. A afetada Jeniffer de Dawson’s Creek vai se tornando apenas uma lembrança de um passado quase distante.


Este êxito se deve fundamentalmente ao talento da atriz, que merecidamente concorre, pela terceira vez ao Oscar. Agora, seu maior desafio foi viver nada mais, nada menos, que a estrelíssima Marilyn Monroe, com suas caras e bocas (sim senhor!) com toda sua desenvoltura e sensualidade frente às câmeras em Sete dias com Marilyn (My week with Marilyn). Assim, Michelle Wilhams desponta como uma forte candidata a entrar na lista histórica de vencedoras do prêmio da noite mais badalada do cinema.

Musa de todas as noites badaladas do cinema, a exuberante Marilyn Monroe é o maior símbolo sexual da história. Sua estrela se ascendeu tão rapidamente que acabou por sofrer as consequências irreparáveis da fama regalada. Entre um sucesso e outro, sua vida pessoal era regrada a casamentos e divórcios tão abreviados quanto sua carreira. A despeito de todo erotismo, ela sempre passava um ar de ingenuidade insuperável que podemos observar em quase todos seus trabalhos. A boca molhada e entreaberta convidavam todos a uma viagem extasiante de puro deleite aliadas a um carisma perpétuo. Todos embarcavam nestas viagens cinematográficas. Embora tenha conquistado o rótulo que carrega até hoje no filme Torrentes de paixão (1953), foi em O pecado mora ao lado (1955) que conseguiu mais sintetizá-lo ao chocar a sociedade civil e o ultraconservadorismo da censura que pairava o cinema da época. Para os críticos, tudo nela estava exagerado demais. O vestido, que em vão tentava ocultar o corpo escultural, a voz sussurrante como um chamado a indecência, e por fim, o irresistível olhar malicioso.


No entanto, mesmo diante de todo esforço da censura, o filme foi um tremendo sucesso de bilheteria e imortalizou a atriz na mais famosa cena de sua carreira, e talvez do cinema, quando tenta se refrescar sobre as grades de um bueiro. Mesmo a cena sofrendo um corte (podendo ser vista na íntegra no DVD do filme), o que se viu foi um show de ousadia quando sua saia se levanta à altura de sua cabeça, causando tanto escândalo quanto alvoroço em todos que acompanhavam as filmagens. Em 05 de Agosto de 1962, Norma Jean Baker Mortenson saiu de cena de forma trágica. Assim, nasceu e se eternizou Marilyn Monroe. Mulher que se associou ao divino e não teve pudor ou receio de usar seus atributos físicos e pessoais para derrubar os muros da censura que aleijava a arte daqueles tempos difíceis.

Meryl, Margareth, Michelle e Marilyn. Quatro substantivos próprios que representam um poder inegável de profissionalismo e uma força edificante de mulheres no talento e coragem. Cada qual em sua época, em seu campo de arte. Quatro substantivos próprios que souberam marcar seus nomes na história mundial com uma mesma inicial.


Referências:

A Dama de Ferro (2011) ☻☻

Sete Dias com Merilyn ☻☻☻

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