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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Da realidade para a ficção: Idi Amim

Idi Amin Dada entrou para a história da humanidade justamente por sua falta de humanidade. Na seleta lista de ditadores tiranos que tentam manter a ordem através de violações de leis, repressões políticas e extinção da liberdade de expressão. Como tantos outros, Amim foi amado por seu povo em Uganda, pois a seu modo semeava a PAZ numa Terra acometida de violência e caos. Por conta de todo este status, foi um dos líderes do golpe de Estado em 1971 quando depôs o então presidente Milton Obote. Como chefe de Estado usou e abusou de seu carisma, liderança e autoridade de poder para se autoproclamar Marechal de Campo. Caracterizado por barbarização dos direitos humanos, péssima gestão econômica, perseguição étnica e o mais grave, assassinatos em massa. Deixou de ser anticomunista criando parcerias consideráveis, que deram a Uganda uma cadeira Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos e nos meados dos anos 70 foi o presidente da Organização da Unidade Africana, um grupo criado para promover a solidariedade entre as nações no continente. Sua ascensão ao poder absoluto se deu graças ao rompimento das relações britânicas em 1977. O fato deu a Amim, por ele mesmo, o título sugestivo de "Conquistador do Império Britânico" - Sua Excelência Presidente Vitalício, Marechal de Campo Alhaji Dr. Idi Amin Dada, VC, DSO, MC, CBE. Diante disso, não foi muito difícil fazer uma avaliação do terror que este poder absoluto trouxe a Uganda em seu governo. Sua sede de poder, também foi sua derrocadora quando tentou anexar sem sucesso mais territórios numa Guerra com a Tanzânia. Deposto, foi forçado ao exílio, passando por vários países até sucumbir a uma falência múltipla de orgãos em território saudita no dia 16 de Agosto de 2003. Seu povo reagiu a notícia fatídica com uma mistura de alívio e nostalgia por um líder que muitos aplaudiram. 
O estranho fascínio que muito ditadores têm pelas grandes massas é um ponto a ser estudado dentre muitos que emergem da cabeça e do coração humano. Idi Amim era um ditador cruel, porém conquistava a todos especialmente com um sorriso gigantesco e coragem movida pela megalomania de todos que querem conquistar a PAZ através da força. A mesma força que deu merecidamente o Oscar de melhor ator a seu intérprete no cinema. Forrest Whitacker foi perfeito em todos os ângulos ao caracterizar o complexo tirano. Tudo se concentrou ali. No corpanzil de homem imponente, carisma de líder confiável e crueldade ilimitada do ditador. Uma captura soberba em O último Rei da Escócia (2006). O longa que fez jus, especialmente as cenas de violência explícita a tudo que foi o regime de horror instaurado em Uganda. A atuação de Whitacker é um deleite, o fôlego que se toma perante ao mar revolto de cenas tão fortes que rompe a alma e o coração.


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