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domingo, 5 de maio de 2013

500 Dias com Ela (09)


500 days of summer. Dirigido por Marc Webb. Com Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Chloe Grace Moretz, Geoffrey Arend e Clark Gregg.

Nota: 8.7 

A modernidade do amor e a nova comédia romântica

As comédias românticas tiveram muita relevância nos cinemas desde que Hugh Grant ganhou notoriedade e se tornou um ícone do gênero com o excelente Quatro Casamentos e Um Funeral (94). Sim, era a transposição de algo ingênuo e juvenil que se via na década de 80 para algo mais sexual e adulto. Mas essa onda, que atingiu o ápice com O Diário de Bridget Jones (01) aos poucos foi perdendo o impacto e os roteiros foram se tornando cada vez mais previsíveis e adocicados. Porém, em meados anos 2000 os relacionamentos amorosos ganharam inclinações diferentes e com eles o cinema passou a bordar o tema e seus desdobramentos de forma mais crua, realista e, em várias situações, dramáticas.

Em 500 Dias com Ela (09) podemos acompanhar a abordagem moderna do tema. Tom (Joseph Gordon Levitt) é um funcionário de uma empresa que confecciona cartões de variados tipos, de amor à falecimento. Ele conhece Summer (Zooey Deschanel) a assistente de seu chefe, e daí para frente uma relação um tanto complicada se desenrola. A moça não quer nenhum tipo de relcionamento mais sério, ele tenta entrar na onda, mas ainda é daquele tipo que acredita no amor acima de todas as coisas.

De forma episódica o diretor Marc Webb consegue prender a atenção nos principais momentos do casal, porém sob o ponto de vista do apaixonado Tom. Consegue embarcar o espectador nas alegrias e no sofrimento depreciativo do jovem que durante estes fatídicos 500 dias não compreende a personalidade, a seu ponto de vista, estranha de Summer. Sua forma de nos fazer, ou tentar fazer, compreender que às vezes as coisas não dão certo são contrabalanceadas pelas viagens sentimentais coloridas e musicais de Tom e os conselhos cruéis, todavia realistas, de sua púbere irmã Rachel (a sempre boa Chloe Grace-Moretz).

Um filme imperdível para quem sofre por amor não correspondido e também para quem goza de um amor verdadeiro, um discuro pop, aberto e moderno das casualidades de um relacionamento que não deu certo. Não é apocalíptico e nem afirma uma efemeridade do amor, é simplesmente a nova comédia romântica que foi seguida por Amizade Colorida Sexo sem Compromisso, apesar de ambos não terem conseguido ser tão cinematograficamente bem sucedidos quanto o filme de Webb. Mas fica o registro de novos tempos, no amor e no cinema.

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