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sábado, 6 de abril de 2013

Oscar: Estive lá e venci


Vivien Leigh (Uma rua chamada pecado, 1952)

"Um Bonde Chamado Desejo é um filme maravilhoso, maravilhoso. " Poderíamos afirmar o mesmo da interpretação de sua protagonista. Uma diva do teatro inglês e posteriormente do cinema americano adentrou a pacata vizinhança de uma das ruas mais escandalizadas do cinema. Com as mãos apuradas da direção de Elia Kazan e o texto afinadíssimo e magistral de Tennessee Williams, a estrela de olhos vibrantes pôde desfilar todo o seu talento por esta rua de pecados. Considerada uma das maiores e mais perfeitas atuações da história, a atriz entrega uma personagem desequilibrada sem ultrapassar os limites, o que poderia deixá-la caricata e cheia de exageros. O potencial da inglesa, nascida em território indiano, foi ao limite extremo de toda a perturbação moralista alinhada a um anseio feminino de uma dama com princípios ainda enraizados no charme e delicadeza de seus atributos físicos e no sofrimento agoniante de seus devaneios nostálgicos de seus bons tempos. Um pedido de socorro, de firmação num universo em que o moralismo ainda se fazia latente. Vulgaridade ou apenas uma dama incompreendida como tantas outras a frente de seu tempo? Esta questão é que torna a personagem tão inesquecível quanto sua intérprete e que permeia até hoje o imaginário de quem admira grandes histórias, filmes memoráveis e atuações acima da média como esta, que desbancou indiscutivelmente nada mais nada menos que o grande mito do Oscar Katherine Hepburn, que concorria por The African Queen.



"Havia muito melhores interpretações nas festas de Hollywood do que jamais houve nas telas de cinema." Bette Davis


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