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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Da realidade para a ficção: Maria Antonieta


Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena nasceu em Viena, 2 de novembro de 1755 e morreu em Paris, 16 de outubro de 1793 durante a chamada Revolução Francesa. Viveu como uma arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra. Décima quinta e penúltima filha de Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico, e da imperatriz Maria Teresa da Áustria. toda a preponderância e pomposidade do nome, a levou a ser escolhida para subir ao altar em abril de 1770, aos quatorze anos de idade, com o então delfim de França que depois receberia a majestosa condecoração em maio de 1774 com o título de Luís XVI. A união fora uma tentativa de estreitar os laços entre os dois inimigos históricos. Detestada pela corte francesa, onde era chamada de uma "mulher austríaca" e autre-chienne, que significa "outra cadela", também ganhou gradualmente a antipatia do povo, que a acusava de influenciar o marido a favor dos interesses austríacos.Quando o marido Luís XVI foi deposto e a monarquia abolida em 21 de setembro de 1792; a família real foi posteriormente presa na Torre do Templo. Nove meses após a morte do Rei pelos rebeldes da revolução, Maria Antonieta foi condenada ao mesmo destino por traição, e recebeu na cabeça a lâmina da guilhotina em 16 de outubro de 1793.

No entanto, nem a morte evitou que a excêntrica majestade fizesse parte da cultura popular e se tornasse uma figura histórica de tamanhas proporções que acabou sendo o assunto de vários livros e filmes. As contradições apontadas por alguns estudiosos em relação a sua personalidade é bem retratada no filme homônimo de 2008 dirigido por Sofia Coppola que procurou retratar com mais sensibilidade a visão desta enigmática figura. Fútil ou incompreendida? Tanto que alguns dos mais importantes fatos da transição política do páis foram deixados de lado, terminando o filme com a família real sendo escoltada para fora do Palácio. Nada de guilhotina! Tudo para mostrar uma Maria Antonieta confusa na adolescência, frágil como esposa e emotiva demais em seus últimos dias. Nada que lembre a figura insensata apontada como o estopim de uma das maiores rebeliões da história. Kirsten Dunst brilha magnificamente no papel da monarca numa das melhores interpretações do cinema moldada pela fabulosa direção de Coppola. A obra em si é um deleite encantador pra quem gosta de intrigantes fatos históricos e ótima produção.

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