Depois de uma análise dos
melhores filmes de western, conhecido em terras tupiniquins como faroestes, o
Cineposforrest chegou à sua lista de dez melhores de todos os tempos. Só para
constar, trata-se de uma opinião, qualquer discordância pode ser expressada no
espaço dos comentários. Eis a lista.
The searchers, 1956. Dirigido por John Ford. Com John Wayne,
Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond, Dorothy Jordan, Henry Brandon e Natalie
Wood.
Nota: 10
Uma busca incessante em meio a
paisagens áridas por vingança. Resumindo assim nem parece que John Ford criou o
mais poderoso e hipnótico filme do gênero, porém o longa vai mais além e
discute de forma soberba os limites do racismo e a relação de um homem com seus
instintos. Com um inspirado Wayne, seu personagem é tão forte quanto seu desejo
de assassinar os índios que raptaram sua sobrinha. Um primor absoluto e
imperdível.
C’erauna volta il West, 1968. Dirigido por Sergio Leoni. Com Henry
Fonda, Claudia Cardinale, Jason Robards, Charles Bronson, Paolo Stoppa e Jack
Elam.
Nota: 9.7
Quando o gênero começou a declinar em Hollywood no fim da década de 50, uma sobre –vida lhe foi dada em um lugar pouco provável, a Europa. Lá ganhou a alcunha de western spaghethi e teve Sergio Leoni seu principal mestre. Conduzindo a brutalidade em meio ao lirismo de suas tomadas, criou homens maus de verdade em meio a pessoas defendem seus interesses. Uma obra de arte atemporal, de contexto político e intimista como de costume em sua cinematografia. Genial.
Stagecoach, 1938. Dirigido por John Ford. Com John Wayne, Claire
Trevor, Andy Devine, John Carradine, Thomas Mitchell, Louise Platt e Tom Tyler.
Nota: 9.5
A década de 30 não havia rendido
boas (ou rentáveis) obras do gênero, que acabou sendo relegado a produtoras de
baixo orçamento e capacidade. Sua a benção do lendário David O. Selznick, o não
menos inesquecível John Ford regeu o grande cowboy John Wayne no mais clássico
dos westerns . As ações se passam em uma
diligência que atravessam um território indígena, e Ford abre espaço para que
muitos atores brilhem em papéis fortes. Nem precisa dizer mais nada.
Unforgiven, 1992. Dirigido por Clint Eastwood. Com Clint Eastwood,
Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris, Saul Rubinek, Anna Levine e Rob
Campbell.
Nota: 9.4
O último western de Clint
Eastwood é uma obra completa. Tem ação, drama, um estética cinematográfica impecável
e atuações extraordinária. Venceu quatro dos nove Oscar de disputou, incluindo
melhor filme, e traz a história de ex-pistoleiro que terá de voltar à ativa
para vingar a morte de seu amigo. Eastwood faz uma sátira a ele mesmo, voltando
aos cinemas para dar um último, e brilhante, suspiro.
Rio Bravo, 1959. Dirigido por Howard Hawks. Com John Wayne, Dean
Martin, Ricky Nelson, Angie Dickinson, Walter Brennan e Ward Bond.
Nota: 9.3
Trabalhando com clichês básicos
do gênero, Howard Hawks fez uma obra excelente. John T. Clance (o bonachão
supremo John Wayne) terá que resistir às investidas de pistoleiros que
pretendem libertar um encrenqueiro irmão do chefão do bando. Para isso terá que
ajudar seu amigo bebum (Dean Martin) a se recuperar para poder ter sua ajuda,
ainda contar com o auxílio de um jovem e impetuoso forasteiro (Ricky Nelson)
e manter o romance com a viajante
misteriosa (a voluptuosa Andie Dickinson). Tudo permeado pelo humor rabugento
do Stumpy (Walter Brennan). Um dueto entre Martin e Nelson engrandecem ainda
mais a obra.
The wild bunch, 1969.
Dirigido por Sam Peckinpah. Com Willian Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan,
Edmond O’Brien, Warren Oates, Jaime Sanchéz, Bem Johnson e Emilio Fernandéz.
Nota: 9.2
Quando muitos achavam que o
western estava morto no território americano, principalmente quando o italiano
Sergio Leone sacramentou o “spaghetti” em território europeu, eis que surge Sam
Peckinpah e mostrou que a nação que fundou o gênero possuía condições de
retomá-lo e ainda criar uma de suas obras mais emblemáticas. Um agitada
perseguição de um grupo de mercenários liderados por Deke Thorton (Robert Ryan)
pelo cruel bando de Pike Bishop (Willian Holden). Um filme violento, mas de um
lirismo raríssimo.
Shane, 1953. Dirigido por George Stevens. Com Alan Ladd, Jean
Arthur, Van Heflin, Brandon De Wilde, Jack Palance e Ben Johnson.
Nota: 9.2
Primeira parte da “trilogia” de
George Stevens sobre a formação dos Estados Unidos, mostra o pistoleiro Shane
(Alan Ladd), recém-chegado a uma cidade, ajudando os pequenos fazendeiros a
lutar contra um latifundiário. No meio de tudo isso, conquista a ternura de uma
mulher e a admiração de um garoto. Um filme cheio de alegorias e um exemplar
tocante sobre o bem e o mal. Shane é o padrão dos solitários heroicos comuns ao
gênero. Imperdível.
The man who shot liberty valence, 1962. Dirigido por John
Ford. Com John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Lee Marvin, Edmond O’Brien,
Andy Devine, John Carradine e John Qualen Willis.
Nota: 9.0
Último western feito pelo mestre
do gênero John Ford, merece o lugar na lista. O advogado Ramson (James Stewart)
chega a uma pequena cidade para transformá-la em um lugar digno. Mas os
poderosos do local contratam um pistoleiro para mata-lo, e ele enfretará o
perigo com a ajuda de um outro pistoleiro (John Wayne). Elenco formidável,
porém quem rouba a cena é Lee Marvin, que se consolidou como o homem mau do
cinema. Obra de arte.
Il buono, il bruto, il cativo, 1966. Dirigido por Sergio Leoni. Com
Clin Eastwood, Lee Van Cleef, Eli Wallach, Aldo Giuffré e Luigi Pistilli.
Nota: 9.0
Última parte de uma trilogia de
Leoni com Eastwood, traz três bandoleiros em um jogo de parceria e trairagem
para se apossar de milhares de dólares. Ritmo e narrativa se complementam e as
ações englobam o que tem de melhor no chamado western spaghetti. Um filme
inesquecível que termina com uma sequência antológica da ponte e do cemitério.
Eastwood e Van Cleef ficam na média, porém Wallach (o feio), dá um show à
parte. Imperdível.
True grit, 2010. Dirigido por Joel coen e Ethan Coen. Com Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steifield e Josh Brolin.
Nota: 8.9
Sem um exemplar digno de nota
desde Os Imperdoáveis, os Irmãos Coen
revitalizaram o gênero com o remake do filme que deu o Oscar a John Wayne. O
bebum caolhoRooster Cogburn (Bridges) é contratado por uma menina (hailee
Steifield) para seguir a trilha de um bandido (Josh Brolin) e vingar a morte de
seu pai. Elenco impecável, destraque para Bridges e Steifield, ambos indicados
ao Oscar. Com um humor negro presente em toda a obra dos Coen, o filme é um
feliz libelo nesta época onde o cinema esqueceu que o gênero ainda pode render
bons frutos.
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