Visitantes

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Os dez melhores faroestes de todos os tempos


Depois de uma análise dos melhores filmes de western, conhecido em terras tupiniquins como faroestes, o Cineposforrest chegou à sua lista de dez melhores de todos os tempos. Só para constar, trata-se de uma opinião, qualquer discordância pode ser expressada no espaço dos comentários. Eis a lista.

1º - Rastros de ódio (1956)
The searchers, 1956. Dirigido por John Ford. Com John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Ward Bond, Dorothy Jordan, Henry Brandon e Natalie Wood.
Nota: 10

Uma busca incessante em meio a paisagens áridas por vingança. Resumindo assim nem parece que John Ford criou o mais poderoso e hipnótico filme do gênero, porém o longa vai mais além e discute de forma soberba os limites do racismo e a relação de um homem com seus instintos. Com um inspirado Wayne, seu personagem é tão forte quanto seu desejo de assassinar os índios que raptaram sua sobrinha. Um primor absoluto e imperdível.



2º - Era uma vez no oeste (1968)
C’erauna volta il West, 1968. Dirigido por Sergio Leoni. Com Henry Fonda, Claudia Cardinale, Jason Robards, Charles Bronson, Paolo Stoppa e Jack Elam.
Nota: 9.7

Quando o gênero começou a declinar em Hollywood no fim da década de 50, uma sobre –vida lhe foi dada em um lugar pouco provável, a Europa. Lá ganhou a alcunha de western spaghethi e teve Sergio Leoni seu principal mestre. Conduzindo a brutalidade em meio ao lirismo de suas tomadas, criou homens maus de verdade em meio a pessoas defendem seus interesses. Uma obra de arte atemporal, de contexto político e intimista como de costume em sua cinematografia. Genial.


3º - No tempo das diligências (1938)
Stagecoach, 1938. Dirigido por John Ford. Com John Wayne, Claire Trevor, Andy Devine, John Carradine, Thomas Mitchell, Louise Platt e Tom Tyler.
Nota: 9.5

A década de 30 não havia rendido boas (ou rentáveis) obras do gênero, que acabou sendo relegado a produtoras de baixo orçamento e capacidade. Sua a benção do lendário David O. Selznick, o não menos inesquecível John Ford regeu o grande cowboy John Wayne no mais clássico dos westerns .  As ações se passam em uma diligência que atravessam um território indígena, e Ford abre espaço para que muitos atores brilhem em papéis fortes. Nem precisa dizer mais nada.

4º - Os imperdoáveis (1992)
Unforgiven, 1992. Dirigido por Clint Eastwood. Com Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris, Saul Rubinek, Anna Levine e Rob Campbell.
Nota: 9.4

O último western de Clint Eastwood é uma obra completa. Tem ação, drama, um estética cinematográfica impecável e atuações extraordinária. Venceu quatro dos nove Oscar de disputou, incluindo melhor filme, e traz a história de ex-pistoleiro que terá de voltar à ativa para vingar a morte de seu amigo. Eastwood faz uma sátira a ele mesmo, voltando aos cinemas para dar um último, e brilhante, suspiro.


5º - Onde Começa o inferno (1959)
Rio Bravo, 1959. Dirigido por Howard Hawks. Com John Wayne, Dean Martin, Ricky Nelson, Angie Dickinson, Walter Brennan e Ward Bond.
Nota: 9.3

Trabalhando com clichês básicos do gênero, Howard Hawks fez uma obra excelente. John T. Clance (o bonachão supremo John Wayne) terá que resistir às investidas de pistoleiros que pretendem libertar um encrenqueiro irmão do chefão do bando. Para isso terá que ajudar seu amigo bebum (Dean Martin) a se recuperar para poder ter sua ajuda, ainda contar com o auxílio de um jovem e impetuoso forasteiro (Ricky Nelson) e  manter o romance com a viajante misteriosa (a voluptuosa Andie Dickinson). Tudo permeado pelo humor rabugento do Stumpy (Walter Brennan). Um dueto entre Martin e Nelson engrandecem ainda mais a obra.


6º - Meu ódio será tua herança (1969)
The wild bunch, 1969. Dirigido por Sam Peckinpah. Com Willian Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O’Brien, Warren Oates, Jaime Sanchéz, Bem Johnson e Emilio Fernandéz.
Nota: 9.2

Quando muitos achavam que o western estava morto no território americano, principalmente quando o italiano Sergio Leone sacramentou o “spaghetti” em território europeu, eis que surge Sam Peckinpah e mostrou que a nação que fundou o gênero possuía condições de retomá-lo e ainda criar uma de suas obras mais emblemáticas. Um agitada perseguição de um grupo de mercenários liderados por Deke Thorton (Robert Ryan) pelo cruel bando de Pike Bishop (Willian Holden). Um filme violento, mas de um lirismo raríssimo.


7º - Os brutos também amam (1953)
Shane, 1953. Dirigido por George Stevens. Com Alan Ladd, Jean Arthur, Van Heflin, Brandon De Wilde, Jack Palance e Ben Johnson.
Nota: 9.2

Primeira parte da “trilogia” de George Stevens sobre a formação dos Estados Unidos, mostra o pistoleiro Shane (Alan Ladd), recém-chegado a uma cidade, ajudando os pequenos fazendeiros a lutar contra um latifundiário. No meio de tudo isso, conquista a ternura de uma mulher e a admiração de um garoto. Um filme cheio de alegorias e um exemplar tocante sobre o bem e o mal. Shane é o padrão dos solitários heroicos comuns ao gênero. Imperdível.


8º - O homem que matou o facínora (1962)
The man who shot liberty valence, 1962. Dirigido por John Ford. Com John Wayne, James Stewart, Vera Miles, Lee Marvin, Edmond O’Brien, Andy Devine, John Carradine e John Qualen Willis.
Nota: 9.0

Último western feito pelo mestre do gênero John Ford, merece o lugar na lista. O advogado Ramson (James Stewart) chega a uma pequena cidade para transformá-la em um lugar digno. Mas os poderosos do local contratam um pistoleiro para mata-lo, e ele enfretará o perigo com a ajuda de um outro pistoleiro (John Wayne). Elenco formidável, porém quem rouba a cena é Lee Marvin, que se consolidou como o homem mau do cinema. Obra de arte.


9º - Três homens em conflito (1966)
Il buono, il bruto, il cativo, 1966. Dirigido por Sergio Leoni. Com Clin Eastwood, Lee Van Cleef, Eli Wallach, Aldo Giuffré e Luigi Pistilli.
Nota: 9.0

Última parte de uma trilogia de Leoni com Eastwood, traz três bandoleiros em um jogo de parceria e trairagem para se apossar de milhares de dólares. Ritmo e narrativa se complementam e as ações englobam o que tem de melhor no chamado western spaghetti. Um filme inesquecível que termina com uma sequência antológica da ponte e do cemitério. Eastwood e Van Cleef ficam na média, porém Wallach (o feio), dá um show à parte. Imperdível.


10º - Bravura indômita (2010)
True grit, 2010. Dirigido por Joel coen e Ethan Coen. Com Jeff Bridges, Matt Damon, Hailee Steifield e Josh Brolin.
Nota: 8.9

Sem um exemplar digno de nota desde Os Imperdoáveis, os Irmãos Coen revitalizaram o gênero com o remake do filme que deu o Oscar a John Wayne. O bebum caolhoRooster Cogburn (Bridges) é contratado por uma menina (hailee Steifield) para seguir a trilha de um bandido (Josh Brolin) e vingar a morte de seu pai. Elenco impecável, destraque para Bridges e Steifield, ambos indicados ao Oscar. Com um humor negro presente em toda a obra dos Coen, o filme é um feliz libelo nesta época onde o cinema esqueceu que o gênero ainda pode render bons frutos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário