E lá se vão 50 anos sem o brilho imenso
e intenso de uma estrela jamais vista na história. Seu nome atravessa as
fronteiras do entretenimento e ecoa ainda hoje como um marco histórico, um mito
incomparável.
Os homens
preferem as loiras: foi em Los Angeles, a
capital das estrelas que nasceu Norma
Jean Baker Mortenson em 1 de
Setembro de 1926. Filha de mãe solteira e um pai que nunca viu, sempre sonhou
em ter seu nome gravado na calçada da fama por onde pisava. Aos 16 anos, a
morena Norma já sabia o que queria quando seu primeiro marido foi servir na
Segunda Guerra Mundial. As portas lhe foram abertas pelo agente Jhonny Hyde que
a escalou para pequenos papéis. Quando o marido retornou da Guerra, ela se
divorciou, querendo exclusividade em sua ascendente careira artística que ia de
vento em poupa quando recebeu instruções do chefão da Fox para mudar de nome e
de visual. A morena Norma dava lugar à loira Marilyn Monroe, uma fusão dos
nomes de Marilyn Miller e James Monroe. Para seus agentes, este nome seria mais
atraente nas marquises.
Só a mulher
peca: apontada por 11 em cada
10 pessoas como o maior símbolo sexual da história, nem sempre a fama atribuída
foi tranquila. Sua arte de escandalizar o público parecia tão intacta quando a
moral e os bons costumes que desafiou numa época onde a repressão feminina se
estabelecia com frequência. Foi ela que tornou evidente o poder da mulher no
cinema e fora dele com novas projeções sociais e comportamentais.
Quanto mais
quente melhor: logo a imagem única de
uma mulher sedutora e fatal, mas que ao mesmo tempo conseguia ser ingênua e
quase infantil a tomou um sexy simbol de forte atração física e social. A
sensualidade da loira era diferente de todas as outras estrelas, pois não
provinha apenas de caras e bocas e estilos inconfundíveis de vestuário. Era única,
especial por possuir um atributo até então fora dos padrões. Um brilho sem igual
e um carisma propenso a faturar com os sucessos cinematográficos. O imaginário masculino
dava pinotes de êxtase toda vez que a loira iluminava as telas com sua marca
inconfundível.
Torrentes
de paixão: a consagração como a
loira mais sensual do cinema desencadeou um turbilhão de fãs pra lá de
fanáticos. Tanto que durante as filmagens de O pecado mora ao lado, um
de seus filmes de maior sucesso, uma multidão parou as ruas para ver a gravação
de uma das cenas mais famosas do cinema. O fenômeno estava consolidado.
Como
agarrar um milionário: foi justamente nesta
época que resolveu se casar pela segunda vez com um popular ex-jogador de
Beisebol tornando-se a primeira dama do esporte americano. O casamento durou menos
de 1 ano graças ao ciúme exacerbado do seu príncipe dos home runs que não conseguia digerir o fato da esposa ser maior do
que ele ou a paixão nacional de seu país.
O pecado
mora ao lado: depois desta desilusão,
mais um casamento e um divórcio conturbado com o teatrólogo Arthur Miller. Tudo
por conta de seu mais novo affaire por um colega de trabalho. A atriz se
apaixonou pelo ator Yves Montand e se desapontou ferozmente quando este voltou
para a esposa. Este conflito pessoal teria desencadeado uma fase negra em sua carreira.
Mal conseguia terminar as filmagens. Insegura quanto a sua vocação, viu o
estúdio comprometido com sua falta de profissionalismo, lhe dar o bilhete azul.
Minha
adorável pecadora: insegura e carente, ela viveu sua pior
fase quando se envolveu com paixões proibidas pelos irmãos Kenedy. Figuras
públicas, homens casados e pais de família, os então senadores jamais deixaria
a vida política se esvair diante de um escândalo. Neste momento, a atriz só
pensava em casar e ter filhos. Algo impossível nesta conjuntura. Sem ter uma
noção exata de seu prestígio junto ao público, ela se deixou abater.
A Malvada: vencida pelas mazelas de
uma fama astronômica, que na maioria das vezes privilegia o lado profissional e
deixa uma lacuna na vida pessoal, ela foi vencida pela overdose de remédios que
consumia para dormir. Em 5 de Agosto de 1962 sua estrela que tanto lutou para
ascender, deixou este mundo real para viver eternamente no firmamento do
imaginário dos fãs. Sua morte ainda hoje gera controvérsias em relação a
algumas perguntas sem respostas quando foi encontrada nua em sua cama com a mãe
ao telefone. Uma malvada realidade da vida de quem viveu absolutamente o bônus
do esplendor da fama e o ônus de uma crise pessoal muito íntima. Assim foi
Norma Jean Baker, uma mulher comum que almejava a fama. Assim é Marilyn Monroe,
uma mulher única entre muitas estrelas.
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