Planet of the apes,
1968. Dirigido por Franklin J. Schaffner. Com
Charlton Heston, Roddy Mcdowall, Kim Hunter, Maurice Evans, James
Whitmore, Limda Harrison e Jeff Burton.
Nota: 9.2
Não tem como apontar a
melhor ficção-científica que foram levados às telonas até hoje,
ainda mais que os efeitos visuais extraordinários dominam a
indústria cinematográfica há algum tempo. Entretanto, pode-se
afirmar com certeza que um dos mais importantes é O planeta dos
macacos, baseado no livro Planéte des singes de Pierre
Boule, dirigido por Franklin J. Schaffner, que se tornou um fenômeno
de público e crítica e até hoje impressiona pelas maquiagens
perfeitas e atuações convincentes. Isso muito antes de Hollywood sonhar com o CGI.
O filme se inicia com
Taylor (Charlton Heston) viajando pelo espaço na companhia de outros
três exploradores. Algo dá errado e a nave cai em um planeta
estranho. Então os três (um deles morre durante a viagem) saem em
expedição pelo aparentemente inóspito planeta em busca de vida.
Algum tempo depois descobrem que o local é habitado por uma espécie
racional de macaco e os seres humanos não passam de animais
selvagens. E o pior de tudo, não são benquistos.
Muitos consideravam uma
tarefa de alto risco da Fox apostar em um filme em que a maioria do
elenco se travestiam de macacos, porém, o mitológico John Chambers criou máscaras
que, além de caracterizar de forma verossímil, dava a cada um dos
símios uma expressão singular, um feito inesquecível. Acima disso,
há o roteiro amarrado de Michael Wilson e Rod Serling, que dialoga,
principalmente no fim, com as atitudes do homem em relação ao
convívio em sociedade, e mais do que isso, a temor de uma possível
hecatombe nuclear no período da Guerra Fria.
Schaffner não sossega
sua câmera, e um pouco mais de um terço do longa nos apresenta ao
cenário desconhecido, e angustia o público a cada plano aberto,
câmera trêmula e longas sequências sem diálogos. Outro fator
primordial neste gerador de tensão é a trilha sonora de Jerry
Goldsmith, que a primeira “ouvida” parece poluída e exagerada,
mas quanto mais os personagens avançam no território e entram em
contato com os nativos, mais seu teor pesado se justifica.
Um filme extraordinário,
que ganhou três continuações e um remake em 2001, que Tim Burton
preferiria excluir do currículo, que imortalizou as atuações de
Roddy Mcdowell e Kim Hunter como os símios Cornelius e Zira. E,
claro, também colocou Heston e sua memorável frase “Tire suas
patas de cima de mim, seu maldito macaco fedorento”, na lista de
fita obrigatória.
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