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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Da realidade para a ficção: William Wallace

Sir William Wallace nasceu em Elderlie, na paróquia de Paisley em 1272.  Foi educado por monges na na abadia de Paisley e tinha domínio do Francês e do Latim. Venceu o exército de Eduardo I de Inglaterra na batalha conhecida como "Batalha da ponte de Stirling" ou "Stirling Bridge"numa das muitas pela libertação de seu país contra o exército britânico. O comandante Wallace nesta época se uniu com muita coragem os de seu clã, na maioria trabalhadores rurais que usavam como armas os implementos agrícolas. Este imenso ato de rebelião, atraiu a atenção da poderosa nobreza que decidiu se unir aos camponeses na batalha. No entanto, questões políticas suprimiram a vontade do povo, na representação de seu exército. Quando o líder da rebelião falece, Wallace assume seu posto com muito mais afinco em busca da sonhada liberdade e incomoda de forma pertinente o Rei Eduardo I, que mesmo diante de uma esmagadora vitória em campo de batalha em Falkirk, quis sua cabeça a prêmio de qualquer modo. Feito cavaleiro, possivelmente pelo próprio Robert the Bruce, em Tor Wood, e foi designado como "Guardião da Escócia". Wallace quis desfrutar deste título em favor de sua questão, mas foi traído mais uma vez por seus próprios aliados de sangue nobre. Capturado, escarniado e condenado como um dos maiores fora-da-lei da história inglesa, foi decapitado com requintes de crueldade. Seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. A cabeça colocada em um pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".

A história se tornou lenda e a lenda se tornou mito e mesmo depois de sete séculos, ainda vive na história e na imaginação da Escócia. Em 1995 Mel Gibson retratou nos cinemas esta incrível (talvez a melhor) história da luta por liberdade de uma classe oprimida contra a tirania de poucos, mas poderosos algozes. No filme, o guerreiro de coração valente gera controvérsias tão famosas quanto seu próprio nome que ecoa pelos campos de seu país. Há relatos de que o herói não seria um simples camponês devido a sua vasta instrução acadêmica para a época. E que juntamente com sua esposa, Marian, seriam um casal da nobreza. Aliás, Marian é outro ponto de controvérsia. Segundo consta, antes mesmo de seu impiedoso assassinato pelas mãos de seus adversários, Wallace já teria se revoltado, e portanto, a morte de sua esposa não seria o estopim para tal feito como aponta uma das mais inesquecíveis sequências do filme. Entretanto, versões à parte, o que se sabe é que o galã de olhos azuis mais charmoso do cinema conseguiu construir um personagem primoroso que no mínimo serve para homenagear uma figura heroica num filme que emana emoção a cada minuto e faz refletir com uma mensagem corajosa e atemporal. A valentia de Gibson lhe rendeu vários prêmios, mas talvez o maior deles tenha sido o reconhecimento da Academia, sendo Coração Valente contemplado com 5 merecidos Oscars. 

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