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domingo, 30 de junho de 2013

Universidade Monstros (2013)

Monster University, 2013. Dirigido por Dan Scanlon. Vozes de Billy Cristal, John Goodman, Helen Mirren e Steve Buscemi.

Nota: 8,2

A aposta em uma sequência de um filme de sucesso é deveras arriscada no mundo cinematográfico. É claro, sempre tem aqueles que aturam 6 ou 7 franquias de histórias parecidas que só prestam mesmo para consumir alguns sacos de pipoca. Mas no universo exigente de cinéfilos e críticos atentos a qualquer deslize, isto pode ser mesmo um tiro no pé. No entanto, quando o negócio envolve uma especialista, aí a missão pode ser muito menos arriscada. Depois de arrecadar quase 600 milhões em 2001, os simpáticos monstros Mike Wazowski e J. P. Sullivan voltam aos cinemas para nos apresentar seus primeiros passos para se tornarem assustadores profissionais em Universidade Monstros.

Desde pequenino, Mike Wazowski (Billy Cristal) tem o sonho de ser um assustador profissional e por isso mesmo sofre com a gozação de seus colegas por não ser assustador o suficiente. Mas nada fez com que desistisse e depois de muito estudar se ingressa na Universidade Monstros. Lá conhece o folgado James P. Sullivan (John Goodman) que acredita que por ser filho de um famoso assustador, não tem nada a aprender. A rivalidade entre os dois os fazem se meter em uma confusão que os fazem serem expulsos pela terrível Dean Hardscrabble (Helen Mirren). Contudo, teriam mais uma chance se conseguisse vencer um difícil torneio de assustadores, mas para isso, teriam de trabalhar juntos.

Diferentemente de Peter Docter, que escreveu e dirigiu o primeiro longa, Dan Scanlon tem uma proposta totalmente oposta. Pega um tema que por inúmeras vezes foi explorado pelo cinema americano e o usa para fazer uma espécie de “o início” na história dos simpáticos monstrinhos. Apesar de não ter nenhuma ligação com o filme de 2001, todos os elemento que fariam dele um sucesso estão presentes, e, principalmente, a formação da personalidade do responsável em excesso Wazowski e do grandalhão folgado, todavia adorável, Sulley. Até a rixa do lagarto Randy (Steve Buscemi) com o “azulão” tem seus motivos.

No decorrer da história assistimos a vários clichês, disputas juvenis, intrigas, no entanto, as conhecidas irmandades, deram origem ao mote que é o eixo central do filme. O grupo composto por seres estranhos, porém, nada amedrontadores, faz com que a dupla aprenda o quanto é importante o trabalho em equipe, além de enfatizar que todos são capazes de realizar seus sonhos. Claro que, como não poderia faltar, esta interação rende muitas gargalhadas.


O diretor arma uma espécie de arapuca para o público e, assim como a fofíssima Boo no primeiro longa, a figura do pequenino Mike e seu olhar apaixonado já ganha o público. Sua solidão, empenho e, por fim, solidariedade é o ponto que faz com que essa continuação, se não for melhor, ao menos é mais completa que o longa de quando a Pixar ainda alçava vôos solo.

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