Visitantes

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Perfil: Anne Hathaway - O diário de uma Princesa nova-iorquina


Sendo seu nome uma homenagem dos pais à esposa de Shakespeare, já não era de se estranhar que Anne Jacqueline Hathaway pudesse trilhar um caminho vocacional seguro para o espetáculo. Do Brooklyn (Nova Iorque) sua estrela, que brilhou pela primeira vez em 12 de Novembro de 1982, começava a reluzir em pura matéria de beleza e talento. O pai sendo um advogado, coube a mãe, uma atriz de teatro, puxar a fila da calçada da fama que ela iria trilhar como a primeira (e única) adolescente aceita no The Barrow Group. Foi  membro do Coro de Honra da All-Eastern U.S. High School, estudou no Paper Mill Playhouse de Nova Jérsei e atuou no programa inaugural pré-curricular de verão do Collaborative Arts Project, em que atuou em diversas peças memoráveis como Gigi e Jane Eyre. Não demorou muito para a menina esguia de sorriso similar, ser indicada a um prêmio por lá. 

Sua carreira profissional teve um início avassalador. Na TV Fox em 1999 atuou no seriado chamado Get Real, que já de quebra lhe rende uma indicação como melhor atriz no Teen Choice Awards, tornando-se possivelmente a queridinha dos adolescentes, que seguiram sua trajetória também no cinema quando em 2001 ela explodiu em Hollywood no filme da Disney  O diário de uma Princesa. Ao lado da consagrada Julie Andrews e sob a direção de Garry Marshall, Anne deu um banho de charme e simpatia muito além de qualquer perspectiva lançada no gênero. O sucesso rendeu uma sequência em 2004 e a bela Princesa nova-iorquina a oportunidade de amadurecer como atriz em Brokeback Mountain. No premiado filme de Ang Lee, Anne viveu a esposa de Jake Gyllenhaal, o qual viria a trabalhar novamente em Amor e outras drogas. Assim como sua colega Michelle Willams na mesma obra, seu papel foi discreto, mas não deixou de ser  marcante, lhe rendendo elogios da crítica. Sua ascensão definitiva estaria para vir no cultuado O diabo veste Prada (2006). Aqui Anne contracena com um monstro literalmente. Sua química com a atriz Meryl Streep é redundante para o êxito de uma obra interessante. Seguiu-se filmes bem sucedidos em sua carreira como Alice no país das maravilhas (2010) de Tim Burton. 

O ensaio para o Oscar veio em 2008 quando estrelou O casamento de Rachel de Jonathan Demme. No filme bem recebido pela crítica especializada, Anne foi ao extremo de suas emoções ao interpretar uma jovem viciada responsável pela desestruturação de sua família. Indicada como melhor atriz, perdeu a estatueta para Winslet por O Leitor, mas deixou sua marca como uma das melhores atuações que o cinema que viu. A recompensa por ótimos trabalhos como de dublagens em Family Guy e Os Simpsons chegaria até 2013 onde levou para casa o Prêmio de melhor atriz coadjuvante pelo musical Os Miseráveis. Este trabalho possibilitou Anne de se metamorfosear não só interiormente quanto exteriormente. Seus cabelos não foram a única "vítima" de tanto empenho. Seu corpo também padeceu quando teve de perder 10 Kg à base de muito alface e saladas. O resultado foi uma atuação impecável, super valorizada especialmente pela interpretação surpreendente da canção I Dreamed a Dream na obra. Ouso dizer que deve-se a ela grande parte do êxito de público do filme, afinal, quem não gosta de presenciar belas e arrepiantes atuações? 

De vida pessoal discreta, a atriz não deixa que os holofotes caiam tão intensamente sobre sua brilhante trajetória. Esta preocupação a impulsionou abrir mão de um relacionamento participativo com um promotor imobiliário italiano. Durante este tempo, Anne usou sua imagem e ajuda financeira construída a favor de uma instituição de caridade regida pelo seu companheiro até 2008 quando a Receita Federal prendeu seu ex-companheiro no mesmo ano depois de uma minuciosa investigação. Por tal atitude precavida, e por tudo que a mesma gerou em sua carreira vitoriosa, pode-se afirmar que Anne optou acertadamente por dar ênfase a sua maior paixão naquele momento de difícil decisão. 

São estes momentos que levam os seres humanos nascidos com a alma nobre e cintilante a se eternizar na galeria de personagens indispensáveis no Reino do cinema como esta princesa nova iorquina de sorriso inesquecível que sabe como poucas usar a nobreza de sua personalidade e a beleza como seu adorno particular. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário