Visitantes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Da realidade para a ficção: Howard Hughes

Howard Robard Hughes, Jr. nasceu em 24 de Dezembro de 1905. Teve uma vida longilínea entre o genial e a excentricidade. Estas características peculiares de sua personalidade o levou a realizar grande projetos estratosféricos ao longo de sua vida e carreira. Foi aviador, engenheiro aeronáutico, industrial, produtor de cinema, diretor cinematográfico. Não é de estranhar que tenha sido um dos homens mais ricos do mundo. Alcançou a fama ao quebrar o recorde mundial de velocidade em um avião 566 Km/h, perto de Santa Ana (CA). Construiu aviões, uma paixão de infância, sendo o mais famoso deles o Hércules. No auge de sua popularidade depois de roubar o recorde de velocidade de Charles Lindberg, foi o dono de uma das maiores companhias áreas do mundo, a TWA. Como produtor de cinema Howard financiou três filmes de qualidade variável, vindo posteriormente a produzir e a realizar um épico “Hell's Angels”. O filme custou 3,8 milhões de dólares, um recorde na época. Apesar de ter sido um estrondoso sucesso, estabelecendo novos recordes de bilheteira, nunca chegou a recuperar o seu orçamento. A sua vida sentimental foi bastante agitada, tendo relações amorosas com estrelas de Hollywood como Ava Gardner, Katherine Hepburn, dentre outras. Como todo herói que se preza, Hughes escapou da morte por muitas vezes, mesmo tendo sérios problemas de saúde e com dependências químicas, causadas pela grande quantidade de remédios. Além disso, sua obsessão com germes marcava sua personalidade excêntrica. Tinha começado na sua infância, devido em grande parte a uma educação super protetora de sua mãe, e foi-se agravando ao longo da sua idade adulta. Em 5 de Abril de 1976, aos 70 anos de idade, o aviador fez seu último voo, vítima de parada cardíaca, ocorrida, ironicamente, num avião que o transportava para Houston a fazer tratamento médico. 
Uma vida cheia de idas e vindas sociais, emocionais e românticas. Esta miscelânea chamada Howard Hughes foi devidamente destrinchada pelo talento de um dos maiores atores de todos os tempos. Leonardo Di Caprio foi o aviador de corpo e alma (e põe alma nisso), no cultuado filme de Martin Scorsese em 2004. A complexidade da personalidade do multimilionário é bem traçada por uma parceria segura entre o mestre e pupilo. Scorsese consegue extrair do ator de traços joviais a melhor interpretação de sua carreira, deixando em evidência e de forma exuberante todo o paradoxo que envolve os limites entre o auge e a decadência de uma das figuras mais famosas de todos os seguimentos em que esteve presente. Divino, Di Caprio é o próprio Hughes, nos brindando com o apuro especial de um filme bem apurado que segue a linha cronológica da vida do aviador apaixonado e empresário visionário. Esta soberba atuação poderia ter lhe rendido sua tão esperada estatueta. 

Um comentário:

  1. Di Caprio era pra ter vencido o oscar por esse filme.A academia o esnobou e acho que ele é tipo o Tom Cruise, perseguirá o prêmio mas nunca ganhará.

    ResponderExcluir