Visitantes

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Discurso de Firth

Se receber o Oscar de melhor ator no domingo, Colin Firth provavelmente começará seu emocionado, ou não, discurso dizendo que jamais imaginara ganhar tal prêmio, e que trabalhou muito para chegar ao feito e blá, blá, blá. Mas a verdade é que as palavras já decoradas podem ser autênticas em alguns casos, como no de Firth.


Depois de se destacar no telefilme Orgulho e Preconceito, 1995, o ator trabalhou bastante até chegar à fama ao lado de Renee Zellweger em O diário de Bridgit Jones, onde apesar de seu esforço, esteve apenas no mesmo nível do apático Hugh Grant. Desfilou por diversos filmes de pouca expressão até conseguir um bom papel. No razoável Moça com brinco de pérola, 2003, o ator teve um bom desempenho ao lado da beldade Scarlet Johansson, o que lhe rendeu algumas boas críticas.

Mas seu destino mudou quando foi convidado a interpretar um "viúvo" no drama O Direito de amar, onde teve atuação formidável, arrancando aplausos do público e fazendo a crítica deixar o preconceito de lado e enxergar sua belíssima interpretação. Aproveitando sua excelente forma, mergulhou fundo no longa de Tom Hopper, O Discurso do Rei, revivendo o drama do Rei George VI, que por um problema com a fala, temia ter de discursar em público. Firth não imita um gago, ele simplesmente se torna gago aos olhos do público e tendo ao seu lado o experientíssimo Geoffrey Rush, mostra ao cinema todo seu potencial em uma das melhores atuações dos últimos anos.

Se ganhar o Oscar, Firth poderá começar seu discurso dizendo jamais ter imaginado estar ali, com certeza será de verdade. E verdade também que sempre foi um bom ator esperando o papel certo de clamar a todos seu discurso. Que venha então "O discurso de Firth".

Nenhum comentário:

Postar um comentário