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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A reinvenção de Jeff Bridges

Há quase um ano, Jeff Bridges subia ao palco da festa de premiação mais glamurosa do cinema emocionado (e emocionando) ao relembrar sua carreira de altos e baixos. O veterano ator de 62 anos dizia nunca ter imaginado aquele momento e achava que nunca estaria ali. E não só ele, muitos críticos achavam que seu tempo tinha passado, ignorando seu trabalho nos últimos anos.
Depois de despontar no metalingüístico A última sessão de cinema (1971), de Peter Bogdanovich, teve uma grande ascensão na carreira e passou a ser procurado por diretores importantes principalmente depois de O último golpe (1974), no qual arrancou a segunda indicação ao Oscar de sua, até então, curta carreira. Foi escalado como protgonista de vários sucessos dos anos 80, entre eles, Tron (1981), Starman (1984), no qual obteve mais uma indicação, agora como ator principal, e ao lado de Michelle Pfeifer em Os Fabulosos Baker Boys, em 1989. No início da década de 90 não perdeu o embalo e fez um de seus mais notórios personagens, Jack Lucas em O Pescador de ilusões (1991). Com O Grande Lebawski (1994), teve seu primeiro trabalho com os Irmãos Coen, e em 2000, apesar de ter recebido mais uma indicação como coadjuvante ao Oscar por A Conspiração, já dava sinais de que seus dias de protagonista estavam acabando.
Na década passada, foi pouco notado por público e crítica pelos seus papéis em K-Pax: O caminho da luz (2001), Seabiscuit – Alma de herói (2002) e Tideland (2005). Parecia que a tendência de sua carreira fosse de coadjuvante a pequenas aparições. Porém Jeff Bridges não estava morto. Com Scott Cooper conseguiu a chance de provar que seu talento não se apagara com o tempo. Mas a tarefa não seria fácil, e para provar que ainda podia ser o astro principal de um grande filme, teria de cantar, tocar e dar o melhor de si. Era um desafio imenso, que ele não decepcionou. Na pele de um cantor country em fase decrescente da carreira (qualquer semelhança foi mera coincidência), ele assim como seu personagem deu a volta por cima, arrancou aplausos do público e suspiros da crítica em Coração Louco (2009) . Provou que nunca é tarde para recomeçar, e também que quem é rei, nunca perde a majestade. Em 2010, confirmando sua fase excepcional, voltou a trabalhar com os irmãos Coen (Bravura Indômita), e mesmo com outro desafio, interpretar o mesmo personagem que deu o único Oscar da carreira do mítico John Wayne, não deixou por menos e arrancou mais uma indicação ao prêmio, e sendo o único a tirar o sono do favorito Colin Firth.

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