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sábado, 6 de dezembro de 2014

O melhor e o pior de Jennifer Lawrence


Considerada por muitos a melhor atriz de sua geração e odiada por outros tantos pela onipresente imagem na mídia, fato é que esta jovem atriz já está entre as melhores e mais famosas de Hollywood. Deveras premiada por seus trabalhos, aos poucos vai adquirindo a experiência necessária para lidar com os percalços que aparecem como consequência da superexposição.

Se a parte pessoal ainda precisa dessa maturidade, a profissional está bem melhor encaminhada neste sentido com a escolha de seus projetos. Jennifer já provou que é uma atriz capaz de fazer todo e qualquer tipo de trabalho. Mesclando blockbusters, dramas e comédias românticas, não foi à toa que conseguiu o status que tem. Isso é inegável, até mesmo para aqueles que insistem em dizer que ela é superestimada e que apenas escolhe bem os seus trabalhos. Não discordo da segunda avaliação, afinal, foi bem complicado avaliar os trabalhos mais famosos e encontrar algum em que ela tenha ido mal. No entanto algumas obras divide opiniões, são até questionáveis, mas Lawrence nunca deixou que sua presença em cena passasse desapercebida. 

Ree Dolly (Winter’s bone, 2010) – foi o grande boom da carreira da Jennifer, antes havia feito filmes que passaram em branco e pequenas participações em shows de TV como Cold Case e Medium. Neste filme independente dirigido por Debra Granik, ela segurou uma personagem forte. Ainda muito jovem, Ree foi obrigada a cuidar da mãe e dos irmãos com o desaparecimento do pai. No filme, ela busca por ele para não perder sua casa e enfrenta as pessoas mais perigosas do lugar. Até agora a melhor atuação da atriz, a grande surpresa na festa do Oscar em 2011.


Mistica/Raven Darkholme (Franquia X-men) – com a nova proposta de produção para os filmes dos famosos mutantes, um elenco talentoso deu o start para a nova Era dos homens de Xavier no cinema. Chega de canastrice! Assim um grande acerto foi inserir nomes como o de Jennifer no casting das sequências, que já superaram em qualidade a fraca primeira franquia. A popular Mística não poderia ter caído em mãos melhores para delinear com muito mais humanidade o que se esconde por detrás da mórfica, mas como todo filme voltado para o gênero, há quem considere um grande sucesso e outros um enorme desperdício de tempo e principalmente dinheiro.


Tiffany Maxwell (Silver Linings Playbook, 2012) – no filme que lhe rendeu o Oscar perdido em 2011, e tantas outras premiações, Jennifer protagoniza uma comédia romântica diferente. A arredia Tiffany perde o marido de forma trágica e acaba num processo quase irreversível de rebeldia, se fechando para o lado bom da vida, até encontrar a possibilidade de um novo Amor no personagem de Bradley Cooper. Parece clichê de tantas outras comédias românticas, mas o perfeito entrosamento entre a atriz e o companheiro de cena, o roteiro mais sólido e adulto, ditam todo o bom ritmo da trama de David O.Russel.  


Elissa (House at the of the street, 2012) – neste thriller ao lado de Elisabeth Sue, ela abre mão de jovens heroínas e mocinhas de família para viver a líder de uma banda que se muda para uma cidade provinciana inundada por uma terrível história de assassinato familiar. Ela e a mãe acabam se tornando vizinhas de um misterioso rapaz pertencente a tal família. Como a maioria das jovens, vive conflitos familiares, mas não é nisso que o filme se condensa e sim num equívoco querendo se passar por suspense/terror teen. Se não fosse pela curiosidade de ver Lawrence em cena, que infelizmente em nada acrescenta a esta bobagem, certamente ele passaria batido. 


Rosalyn Rosenfeld (American hustle, 2013) – a esposa tempestuosa e ao mesmo tempo melancólica de Christian Bale no longa de David O.Russel, rendeu a atriz um Globo de Ouro e mais uma indicação ao Oscar. Com tantas nuances de personalidade, Jennifer brilhou intensamente segurando bem os altos e baixos da pobre mulher, mesmo que o papel a meu ver pedisse uma atriz pelo menos 10 anos mais velha. Por esse detalhe, talvez ela tenha perdido o Oscar, minando um pouco o crédito de sua interpretação junto aos críticos mais exigentes. Há quem afirme que ela e Amy Adams tenham sido escaladas para papéis trocados, embora ambas tenham se saído bem. 


Katniss Everdeen (Franquia Hunger Games)“ela é uma espécie de Joana Dar’c”, assim Jennifer define esta jovem corajosa que nasceu e viveu num Distrito pobre da tirânica Panem, que para manter a ordem estabelecida desde a última revolução, criou um evento chamado Jogos Vorazes. Cada distrito deve entregar duas crianças, adolescentes ou jovens para participar dos jogos em que apenas uma delas sobrevive. Quando a irmã de Katniss é sorteada, ele se oferece como tributo, ganhando já de cara a empatia do público. Uma nova revolução começa quando ela vence os jogos e se torna o símbolo de esperança para toda uma nação. Bem parecido com o papel da atriz hoje. Um símbolo entre os jovens. 



Carismática, autêntica e por consequência, sem papas na língua, ela vai abrindo caminho com segurança para entrar na história do cinema pela porta da frente. E nós, fãs do cinema de todos os gêneros, agradecemos pela grata surpresa em meio a uma enxurrada de jovens promissores que se deixam levar por tudo, menos pelo trabalho e dedicação à profissão e acabam se perdendo em meio aos ingratos holofotes. Lawrence sabe que a carreira pune quem não se compromete a administrar a imagem e os trabalhos que faz tanto para jovens quanto para adultos, e tudo que envolve sua imagem hoje. A responsabilidade bem como as consequências que carrega depois que adentrou esta porta. No entanto nunca tentou e não ao menos tenta ser melhor e nem pior do que ninguém. Este tipo de avaliação cabe a quem está de fora torcendo ou não para que este caminho seja permeado de bons frutos no sentido pessoal e profissional. Ela é e apenas quer ser JLaw para os fãs, e Jennifer Lawrence para críticos, vista como alguém com enorme e instintivo talento” (Preview). 

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