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sábado, 29 de novembro de 2014

10 Filmes inesquecíveis da minha infância – Parte 2

Bem, não é de hoje que gosto de assistir a filmes. Desde o final dos anos 80 até os meados dos anos 90, assistia a vários deles nas Sessões da tarde e Supercines da vida. Histórias divertidas, que mesmo bobinhas carregavam a inocência de que estava engatinhando pelas veredas do cinema. Claro que o senso crítico aqui deixou muito a desejar em algumas produções. Mas podemos cobrar algo de quem apenas estava procurando entretenimento? 

Já listei aqui mesmo no Blog a primeira parte desse momento nostalgia, agora vamos finalizar com algumas produções que além de terem tido a graça de divertir, também entraram para a história como grandes produções do cinema:

1 – Krull (1983)

Dirigido por Peter Yates, uma história sobre jovens apaixonados incapazes de realizar seu Amor. O Príncipe Colwyn (Ken Marshall) tem seu casamento interrompido pela maldade de um Ser pavoroso chamado de A Besta, que sequestra sua bela Princesa Lyza ( Lysette Anthony). Depois de ver todo o seu Reino destruído, o jovem parte em busca da amada para dar sentido a sua vida. Une-se a ele nesta jornada personagens carismáticos que nos impulsionam a torcer pelo sucesso da jornada. Um velho sábio, um guerreiro mulherengo vivido por Liam Neeson, um feiticeiro atrapalhado que se transformava em vários animais e um Cíclope do Bem. Embora tenha tido uma morna receptividade nas bilheterias, foi o precursor para outros filmes de fantasia.



2 – Splash – uma sereia em minha vida (1984) 

Dirigido por Ron Howard, esta comédia foi a primeira dos estúdios Touchstone Pictures, criado pela Disney, a desenvolver um tema mais adulto. Daryl Hanna no auge da beleza protagonizou a trama de uma sereia que salva a vida de um jovem solitário vivido por Tom Hanks. Os dois se envolvem em plena Nova Iorque e o jovem tenta impedir que um grupo de pesquisadores inescrupulosos façam experimentos com a bela mulher/sereia. É típico Sessão da tarde reprisado várias vezes durante vários anos, afinal, a clássica história de um Amor proibido sempre mexe com os corações independente do ano.


3 – Karate Kid – A hora da verdade (The Karate Kid, 1984) 

O jovem Ralph Machio e o veterano Pat Morita entrariam de vez na lista de personagens inesquecíveis do cinema nesta história sobre Amor, superação e diferenças culturais. Tudo bem que o enredo hoje pareça muito pobre, mas eu duvido que alguém tenha ficado indiferente à história de um rapaz em um país estrangeiro que para defender seu relacionamento, decide enfrentar uma gangue de valentões. E também duvido que ninguém tenha tentado fazer o mesmo “golpe da águia” de Daniel. Para isso, ele contou com a ajuda do velho Senhor Miyagi, que lhe ensina mais do que alguns golpes. O sucesso foi tão grande que gerou uma franquia além de cinema com venda de bonés, bonecos, faixas como de Daniel Laruso e etc....Simplesmente memorável! 

4 – Os caça-fantasmas (Ghostbusters, 1985) 

Dan Aykroyd, que também estrela o filme, nem esperava que seu roteiro fosse ser tão marcante com uma trilha sonora inesquecível. Quem nunca sonhou em caçar fantasmas quando crianças? Pois é, diante de todo este apelo, não foi muito difícil o filme cair nas graças do público no começo dos anos 80, dourado para as aventuras. Peter (Bill Murray), Raymond (Aykroyd) e Egon (Harold Ramis) são professores de parapsicologia da Universidade Columbia que usam a verba que ganham para investigar fenômenos paranormais que a ciência desconsidera. Demitidos da universidade, abrem seu próprio negócio de “caçar fantasmas”, transformando-se em heróis de boa parte da população e de muitas crianças da época. O filme que ainda contava com Sigourney Weaver e a faísca cintilante da franquia Alien, fez tanto sucesso que ganhou mais uma sequência e uma versão em desenho animado.

5 – Indiana Jones e o Templo da perdição (Indiana Jones and the Temple of Doom, 1985) 

Comecei pela segunda aventura do eterno arqueólogo estrelado por Harrison Ford. Dentre as três sequências esta foi a primeira que assisti e a que realmente me impressionou. Se em os Caçadores da Arca perdida tivemos mais ação e diversão, aqui Indy enfrentou forças mais sombrias, como escravidão infantil e poder das trevas que provinha de sacrifícios com crianças. Macabro não? Pois foi isso que fez o filme receber críticas menos entusiasmantes e mais o fato de terem inserido a cultura Hindu, tão controversa em qualquer obra. Outro problema do filme foram as distinções ideológicas de Steven Spielberg e George Lucas. Embora hoje seja voltado para o gênero aventura, o fato é que o estilo mais adulto soube marcar história em mentes impressionáveis, como a minha, mas nunca deixou de ser uma ótima diversão.


6 – Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's Day Off, 1986) 

Quem nunca sonhou em enganar os pais e matar um dia de aula para curtir a vida adoidado? Para os adolescentes dos meados dos anos 80 era um sonho de consumo, bem diferente de hoje, não é mesmo? Assim, o filme estrelado por Matthew Broderick se tornou eterno, um verdadeiro clássico. A identificação com o público vem da naturalidade com o que foi produzido. O autor Jhon Hughes escreveu em apenas dois dias o roteiro e contou com o improviso dos atores em certas passagens. Sucesso instantâneo!



7 – Os aventureiros do Bairro proibido (Big Trouble in Little China, 1986) 

O que seria um faroeste transformou-se numa aventureira multicultural pelas mãos do roteirista WD Richter e dirigido por Jhon Carpenter. Como outro filme de Eddie Murphy com a mesma temática tinha sido lançado na época, as aventuras de dois amigos inter-raciais atrás de uma garota especial não foram muito bem recebidas pela crítica, afinal, Kurt Russel não era Eddie Murphy. Ainda assim o filme diverte pelas lendas chinesas sempre intrigantes. Belas e ao mesmo tempo assustadoras, e pelo elenco que seria anos mais tarde conhecido na TV. A bela Kim Katrall já desfilava toda sua acidez da fogosa Samantha de Sex and the City e a jovem Kate Burton, nem imaginava que mais tarde, seria Ellis Grey, a mãe da médica mais famosa da TV.



8 – O rapto do menino dourado (The Golden Child,1986) 

Eddie Muprhy foi o escolhido para estrelar esta aventura com alto teor de comédia que traz o rapto de um menino tibetano que seria a encarnação de Buda para trazer ao mundo a Paz e compaixão. E claro, que os seres das trevas, representado pelo Diabo não poderia deixar isso acontecer. Através de seu emissário Sardo Numspa (Charles Dance) ele sequestra o menino e o mesmo teria que se alimentar de sangue para poder ser morto. Eddie vive o mesmo policial cínico e escrachado de Um tira da pesada só que dessa vez a missão é sobrenatural. Além disso, o filme, que não deixa de ter bons momentos, sobrevive graças ao carisma exagerado do ator, que parece estar fazendo uma daquelas comédias stand up. É muito Eddie Murphy na tela, porém muita diversão também.


9 – Viva! A babá morreu! (Don't Tell Mom the Babysitter's Dead, 1991) 

Mais uma história de emancipação adolescente. Quando a babá contratada morre de um enfarto fulminante, as crianças não sabem o que fazer com o corpo da Senhora. Só há certeza em uma coisa: o ocorrido deve ser escondido dos pais, que se soubessem voltariam para casa. A princípio, só alegria pelo gosto da liberdade, mas quando percebem que o dinheiro estava com a velha, a filha mais velha Sue (Christina Applegate) arruma um emprego com um falso currículo. Ela se faz passar por uma mulher mais velha, mas como não tem experiência, cria as maiores confusões no ramo. A trama pode até ser fraca, mas na época era mais um “meio” dos filhos sonharem em estar na pele daquelas crianças por um tempo. 



10 – De volta à Lagoa Azul (Return to the Blue Lagoon, 1991) 

Depois do estrondoso sucesso de A Lagoa Azul estrelada por Brooke Shields, Milla Jovovich (outra beldade) retorna à canga e as praias afrodisíacas de Lagoa azulina. Tudo acontece depois que os pais do pequeno Paddy são encontrados por um veleiro mortos em uma canoa. Sarah (Lisa Pelikan) uma viúva que estava no veleiro com sua filha, resolve adotar o fruto do Amor do casal de jovens do primeiro filme. Tudo ia bem, até que um surto de cólera no navio recoloca a viúva, sua filha Lilli e o pequeno Paddy na mesma Ilha. Quando Sarah morre, cabe a Paddy tomar conta de Lilli e tudo se repete na Ilha em que viveu seus pais. Ambos se apaixonam, mas os desafios são maiores pois um grupo de uma outra embarcação chega a Ilha causando confusão. O clima romântico da primeira sequência é mantido, e durante algum tempo, acreditei que este filme se tratava do clássico, pois são muito parecidos. 


Abre parêntese: não dá pra mencionar infância sem se lembrar de um personagem que embora não faça parte da história do cinema, faz parte da história da infância de muitos. O mexicano Roberto Goméz Bolaños foi o gênio que se inspirou em dois outros gênios Shakespeare e Charles Chaplin. Com essas inspirações, foi fácil para Chaves mostrar que na vida ainda havia espaço para sentimentos tão puros quanto de uma criança e tão nobres quanto de adultos. Alguns podem até não ser fã do programa ou do personagem que criou, mas certamente jamais esqueceram o que viram por pelo menos uma vez. Bolaños com muita competência, fez com que toda criança tivesse no coração todas os sentimentos que crianças deveriam ter. Neste momento, o mundo de muitos está de luto, mas no coração desses mesmos muitos não há espaço para tristeza, e sim agradecimento. Obrigado eterno Chaves!

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