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domingo, 4 de setembro de 2011

CRISTHOPHER REEVE

O Homem por detrás do Mito

É um pássaro? Um avião? Não. É apenas um ator que vestia a roupa de um dos maiores Heróis da história dos quadrinhos. Seu nome não era Clark e muito menos era um herói cheio de superpoderes. Seu nome era Christopher Reeve e seus poderes não tinham origens extraterrestres. Pelo contrário, o verdadeiro poder deste encantador ator tem raízes bem humanas.

Ele nasceu em Nova York em 25 de Setembro de 1952 numa família totalmente leiga em assuntos cinematográficos. No entanto, nem por isso, seus pais deixaram de estimular sua paixão pela sétima arte. Ainda na adolescência, frequentava o Williamstown Playhouse e logo já atuava profissionalmente sem deixar de lado os prazeres da própria idade. Ele vivia intensamente cada paixão de uma vida humana normal. Hóquei sobre o gelo, corais e música estavam entre elas, mas foi o teatro que despertou no jovem ator um desejo mais eloquente. Esta paixão o levou a Inglaterra num trabalho de pesquisa sobre as companhias teatrais inglesas numa espécie de dever de casa. Porém nunca deixou de se aperfeiçoar no mundo artístico ao estudar na Juilliard School paralelo ao papel que fez na TV no seriado Love of Life. Uma premissa do que aconteceria em 1978 quando conseguiu seu maior papel no cinema.

Christopher não imaginava que vestir aquele uniforme azul-grená lhe transformaria num dos maiores ícones do cinema. Seus belíssimos olhos azuis, seu físico invejável e expressão honesta foram feitos sob medida para dar vida ao Herói de Krypton. Christopher deixou transparecer com exímia perfeição toda energia positiva que emanava daquele personagem mitológico. E logo, o homem apaixonado se tornaria o herói apaixonante de milhares de fãs pelo mundo inteiro. O sucesso avassalador do filme rendeu um contrato para outras três continuações, ou seja, cada vez que usasse seu uniforme sua estrela certamente brilharia mais intensamente.

A postura de galã o levou a aturar no romântico Em algum lugar do passado (1980) despertando as mais variadas paixões, principalmente das brasileiras, onde o filme alcançou um grande sucesso. Depois vieram Monsenhor e Armadilha mortal, ambos em 1982. Dois anos depois estava em Os Bostonianos (que isso!?), Dinossauro (1985) e Troca de maridos (1988).

No teatro, sua paixão da adolescência, realizou o sonho de onze em cada dez atores. Trabalhar ao lado da diva Katherine Hepburn em A Matter of Gravity. “Eu aprendi com ela a ser simples. Quando ela chegava ao teatro para os ensaios, abria a porta do palco para arejar o ambiente. Não mandava ninguém fazer isso. Ela é o exemplo vivo de que o sucesso não tem que ser sinônimo de afetação ou egocentrismo.”

Esta simplicidade transformou Reeve em um extraordinário humano. Basta pensar na ONG que fundou após um terrível acidente que o deixou tetraplégico. Mesmo diante de suas limitações físicas, o eterno Herói nunca deixou que os enormes obstáculos por sua condição fizesse dele um ser mesquinho e revoltado com as mazelas de sua vida humana. Com a Fundação Christopher Reeve, que auxilia pessoas com as mesmas limitações, o ator nos mostrou o quão extraordinário o ser humano pode ser diante as dificuldades.

Ele se agigantou, foi o Herói que cansou de interpretar no cinema. Antes de sua partida definitiva para os céus, recebeu uma homenagem tão grandiosa quanto ele. O ator participou de dois episódios da série Smallville como Dr. Virgill Swann, o astrônomo responsável por revelar ao jovem Clark sua origem no episódio Respostas da segunda temporada. Por si só, o episódio se tornou o maior de toda a série, onde o Herói do passado se encontrou com o Herói do presente. O personagem ainda apareceria em Legado da terceira temporada. Fazendo o que nunca se cansou de fazer. Sendo exemplo de Herói protetor para Clark representando os jovens de todo mundo. E mesmo diante de sua partida em 2004, exemplificou de forma mais enfática seu próprio adjetivo sintetizado nos créditos finais do episódio Devoção da quarta temporada de Smallville. “Ele nos fez acreditar que o Homem podia voar.”

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