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sábado, 29 de janeiro de 2011

A dualidade da geração Y

No auge da Cibercultura, David Fincher explora a incoerência da geração Y, e reflete sobre até onde a tecnologia afastam as pessoas, tendo como personagem central o maior símbolo da sociedade informatizada.


Não é dificil de entender A Rede Social, é um filme sobre o universo jovem, repleto de festas, consumo de drogas e sexo casual. Só que diferentemente da maioria dos longas com esta premissa, o roteirista Alan Sorkin insere um contexto moderno explorando a mais célebre ferramenta da era globalizada, a rede social. A partir da conturbada concepção da mais famosa delas, o Facebook, o roteiro coloca lado à lado a "amizade" virtual e a real, mostrando sem pudores como Mark Zuckerberg, um dos criadores e dono do site de relacionamentos, conseguiu 500 milhões de amigos virtuais e perdeu os poucos amigos de verdade em julgamentos milionários.
A direção segura de Fincher o permite condensar o filme de forma que não se torne cansativo e muito menos preso ao universo do site. A intenção, muito bem explícita, é mostrar a dualidade da nova geração, sedenta por interagir com o mundo inteiro, porém cada vez mais individualista e excentrico. Mark ignorou tudo e a todos apenas para fazer o que acha que é certo, evidenciando a leviandade de seu caráter, que muitos podem desaprovar, mas que o mais corriqueiro comportamento do mundo atual.
Seus diálogos ágeis e as interpretações formidáveis dos jovens atores Jesse Eisenberg (indicado ao Oscar) e Andrew Garfield dão uma incrível veracidade ao longa. O diretor finalmente poderá ser reconhecido pela sua sensibilidade em explorar o comportamento humano,e mesmo que A Rede Social não seja melhor que O Curioso caso de Benjamin Button, com certeza é o grande símbolo da modernidade que chegou ao cinema.

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