Monster University, 2013. Dirigido por Dan Scanlon. Vozes de Billy
Cristal, John Goodman, Helen Mirren e Steve Buscemi.
Nota: 8,2
A aposta em uma sequência de um
filme de sucesso é deveras arriscada no mundo cinematográfico. É claro, sempre
tem aqueles que aturam 6 ou 7 franquias de histórias parecidas que só prestam
mesmo para consumir alguns sacos de pipoca. Mas no universo exigente de
cinéfilos e críticos atentos a qualquer deslize, isto pode ser mesmo um tiro no
pé. No entanto, quando o negócio envolve uma especialista, aí a missão pode ser
muito menos arriscada. Depois de arrecadar quase 600 milhões em 2001, os
simpáticos monstros Mike Wazowski e J. P. Sullivan voltam aos cinemas para nos
apresentar seus primeiros passos para se tornarem assustadores profissionais em
Universidade Monstros.
Desde pequenino, Mike Wazowski
(Billy Cristal) tem o sonho de ser um assustador profissional e por isso mesmo
sofre com a gozação de seus colegas por não ser assustador o suficiente. Mas
nada fez com que desistisse e depois de muito estudar se ingressa na
Universidade Monstros. Lá conhece o folgado James P. Sullivan (John Goodman)
que acredita que por ser filho de um famoso assustador, não tem nada a
aprender. A rivalidade entre os dois os fazem se meter em uma confusão que os
fazem serem expulsos pela terrível Dean Hardscrabble (Helen Mirren). Contudo,
teriam mais uma chance se conseguisse vencer um difícil torneio de assustadores,
mas para isso, teriam de trabalhar juntos.
Diferentemente de Peter Docter,
que escreveu e dirigiu o primeiro longa, Dan Scanlon tem uma proposta
totalmente oposta. Pega um tema que por inúmeras vezes foi explorado pelo
cinema americano e o usa para fazer uma espécie de “o início” na história dos
simpáticos monstrinhos. Apesar de não ter nenhuma ligação com o filme de 2001,
todos os elemento que fariam dele um sucesso estão presentes, e,
principalmente, a formação da personalidade do responsável em excesso Wazowski
e do grandalhão folgado, todavia adorável, Sulley. Até a rixa do lagarto Randy
(Steve Buscemi) com o “azulão” tem seus motivos.
No decorrer da história
assistimos a vários clichês, disputas juvenis, intrigas, no entanto, as
conhecidas irmandades, deram origem ao mote que é o eixo central do filme. O grupo
composto por seres estranhos, porém, nada amedrontadores, faz com que a dupla
aprenda o quanto é importante o trabalho em equipe, além de enfatizar que todos
são capazes de realizar seus sonhos. Claro que, como não poderia faltar, esta
interação rende muitas gargalhadas.
O diretor arma uma espécie de
arapuca para o público e, assim como a fofíssima Boo no primeiro longa, a
figura do pequenino Mike e seu olhar apaixonado já ganha o público. Sua
solidão, empenho e, por fim, solidariedade é o ponto que faz com que essa
continuação, se não for melhor, ao menos é mais completa que o longa de quando
a Pixar ainda alçava vôos solo.
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