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sábado, 19 de novembro de 2016

Carrie: uma estranha quarentona com tudo em cima



“Vocês pararam para pensar que Carrie White tem sentimentos?” A questão colocada em voga durante um sermão da Srta. Collins é o que move o roteiro de Carrie, a estranha, um dos maiores clássicos do cinema. 

Ao tentar proteger uma de suas alunas de um tipo nocivo de discriminação, o chamado bullying dos dias atuais, sua atitude perpetuou as razões de um grupo de garotas más que não suportavam a “estranheza” de Carrie Whitte, uma garota de feições apagadas, tímida, isolada em seu mundo particular e com a forte atenuante de possuir poderes tele cinéticos.

O colegial sempre foi um avatar de inspiração para autores que escrevem especialmente para o público adolescente. E para o multitalentoso Stephen King não foi diferente. Para escrever o livro que deu origem ao sucesso cinematográfico de 1976, o autor se inspirou na figura real de duas garotas que conheceu na cidade onde morava. Tímidas, recatadas, vivendo em seu modo particular, sendo que uma delas tinha uma conturbada relação com a mãe, fanática religiosa. King observou atentamente a relação destes elementos, que culminou com o suicídio de uma destas garotas. 

A forma trágica do desfecho de uma de suas fontes, não o impediu de criar uma personagem que se encaixasse perfeitamente no âmbito dramático deste mundo tão fascinante, mas às vezes tão cruel de nossa realidade. Como figura central deste turbilhão, está Carrie, uma garota que severamente oprimida pelos atos fanáticos de sua mãe, deixando minar sua personalidade e o modo como age ao tentar se encaixar no mundo a qual inevitavelmente deve pertencer. 


Carrie simboliza todos os adolescentes que tem dificuldade em se adaptar a este mundo bem como demonstrar sua verdadeira essência para escapar das inúmeras armadilhas que ele proporciona. A garota que se assusta durante um banho após a primeira menstruação, e que por isso é vítima de uma crueldade psicológica jamais vista no cinema, aos poucos rompe o cordão umbilical com a mãe, Margareth White, se transformando numa moça audaz capaz de desafiá-la. A fim de realizar seu desejo de ter uma vida como qualquer uma, a moça vai ao intrépido baile com um acompanhante “encomendado” por uma de suas colegas. E o que se vê depois é a realização de uma das profecias da mãe. 

”Todos vão rir de você”, a frase dá ênfase a uma das cenas mais clássicas da história, o horror do baile. Depois de subir no palco para receber a coroa de Rainha de Baile, Carrie é molestada por um balde que jorra sangue de porco sob sua cabeça. A partir daí se dá a inserção dos elementos sobrenaturais para expressar a dor e a frustração sofridas pela personagem num momento tão vulnerável de sua condição como mulher. E é neste momento que as sequencias complementam um dos momentos mais memoráveis do cinema. 

A metáfora utilizada pelo autor para tratar de exclusão social, os aspectos religiosos, o melodrama, o horror, são tópicos que colocam a adaptação do diretor como algo inclassificável como gênero cinematográfico, e como um dos filmes mais bem adaptados para o cinema protagonizado pela talentosa Sissy Spacek. A segunda versão em 2002 protagonizada por Ângela Betis trouxe algumas passagens interessantes contidas no livro que não foram utilizadas pelo diretor nesta versão. Uma forma de aproximar os jovens dos anos 2000 dessa história não datada. Mas se a intenção foi digna de aplausos, a realização terminou como uma obra muito caricata e infantilizada para o público alvo. 

Em uma nova tentativa, onze anos depois, deram a Carrie o rosto de Chloe Grace Moretz, e por essa escalação, o filme já perde boa parte de sua credibilidade. Chloe é linda demais pra ser vítima de qualquer bullying de garotas menos atraentes fisicamente. O filme mal conduzido com atuações mecânicas, mesmo contando com a excelente protagonista e a super talentosa Julianne Moore, só funcionou na parte técnica da noite do baile, o que foi favorecida pela evolução do tempo. Mas em vista do impacto, ainda prefiro o de 1976, pois ali pelo menos Carrie era humana, e não uma mutante potencialmente recrutável por Charles Xavier como mostrada neste desastre último. 

Contudo, pecados são reparáveis quando se trata de homenagear um dos maiores ícones do cinema mundial. Quando se trata de algo bem maior e mais contundente em seu objetivo final. Uma obra inesquecível que o sucesso instantâneo tornou Cult, aquela que nunca morre. Continua estranha e bem atraente no auge de seus 40 aninhos. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As melhores atrizes de todos os tempos do Cinema




Muitas marcaram seus nomes em Hollywood por diversos motivos. Algumas eram sexys, outras eram famosas por outros meios, e tantas outras carismáticas junto ao público. A regra se aplica desde que o cinema adentrou a vida de todos. 

Das musas do cinema mudo, passando pelo Cinema moderno e contemporâneo, muitas marcaram seus nomes, mas existe uma seleta lista daquelas que se destacaram pelo simples e puro talento. 

Nós do Cinepós, separamos alguns desses nomes nesta Lista de atrizes que ultrapassaram estigmas e brilharam na arte de interpretar, construindo uma sólida carreira por este meio.



Já famosa no seu país, a Suécia, Ingrid foi levada para Hollywood em 1939 para estrelar a versão de um dos seus mais bem sucedidos filmes suecos, "Intermezzo". A partir daí, o mundo inteiro rendeu-se a uma grande atriz que tinha um estilo próprio que em Hollywood alguns diretores e produtores definiam com um glamour ao ar livre, que fazia com que ela interpretasse da mesma maneira vibrante tanto uma camponesa como uma princesa.


Bergman foi três vezes premiada com o Oscar, sendo duas como Melhor Atriz (À Meia-Luz e Anastácia, a Princesa Esquecida) e uma como Melhor Atriz Coadjuvante (Assassinato no Expresso Oriente). Participou em numerosos filmes, incluindo clássicos do cinema americano, como Casablanca, ou do italiano, como Stromboli.



Começou sua carreira como atriz em 1983 em papéis menores, antes de se juntar ao elenco da soap opera As the World Turns, trabalho que lhe rendeu um Emmy de melhor jovem atriz em série dramática do daytime, em 1988. Começou a fazer papéis coadjuvantes em filmes durante o início da década de 1990, conseguindo o reconhecimento em diversos filmes independentes, antes de sua performance em Boogie Nights, de 1997, lhe render uma indicação ao melhor atriz coadjuvante.


Seu sucesso continuou em filmes como The End of the Affair - que lhe rendeu uma segunda indicação ao Oscar, sendo a primeira na categoria de Melhor Atriz- e Magnolia, ambos de 1999. Por sua interpretação como uma mulher traída em Longe do Paraíso, de 2002, ela voltou a ser aclamada, recebendo diversos prêmios da crítica como melhor atriz, além de uma nova indicação ao Oscar de melhor atriz e a outras premiações do cinema, como o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático e o SAG de melhor atriz de cinema. No mesmo ano ela recebeu uma outra indicação ao Oscar e ao SAG, porém na categoria de melhor atriz coadjuvante, por sua atuação em As Horas.

Em 2014 recebeu aclamação por parte da crítica, desta vez por sua atuação em Para sempre Alice, obtendo a vitória sobre os mais importantes prêmios destinados aos profissionais do cinema, incluindo o Oscar de melhor atriz, o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama, o SAG de melhor atriz em cinema e o BAFTA de melhor atriz em cinema, dentre outras conquistas.



Olivia ficou conhecida pela parceria com o astro Errol Flynn, co-estrelando com ele oito filmes, sendo o mais notório As aventuras de Robin Hood em 1938, tido como um dos maiores clássicos dentre os filmes de aventura. Mas foi sua performance indicada ao Oscar como Melanie Hamilton Wilkes no épico ...E o vento levou em 1939 que instantaneamente a colocou nos anais da história do cinema, fazendo com que a atriz ficasse marcada como o símbolo da doçura nos filmes americanos, atribuindo-lhe uma imagem da qual ela própria tentou se desvincular na esperança de obter papéis mais desafiadores e assim provar que a sua capacidade artística lhe permitia ir mais além. 


Fato que foi confirmado na década de 40 em seus desempenhos subsequentes, que, por sua vez, acabaram rendendo-lhe dois Oscars de Melhor Atriz (Só resta uma lágrima e Tarde demais), além de ter sido indicada ao prêmio também por A porta de ouro em 1941 e A cova da serpente em 1948. Dentre as honrarias a ela concedidas também incluem-se a estrela na Calçada da Fama de Hollywood, que recebeu em 1960 graças a sua contribuição à indústria cinematográfica, a Medalha Nacional das Artes, concedida pelo presidente americano George W. Bush em 2008 e também a Legião de Honra, com a qual foi condecorada pelo presidente francês Nicolas Sarkozy em 2010, aos 94 anos de idade



Jodie começou a sua vida artística com anúncios de televisão para a Coppertone aos três anos de idade e, durante a infância, fez diversos papéis em séries de televisão e filmes infantis da Disney. Aos treze anos fez o papel da prostituta adolescente no filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, contracenando com Robert De Niro, ela alcançou fama mundial e com uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Ao contrário de atrizes mirins que tiveram grande popularidade e sucesso na infância, sem conseguir o mesmo após a transição para a vida adulta, Jodie estabeleceu-se no mundo do cinema de Hollywood alcançando o primeiro grande momento como atriz adulta em 1988, ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz pelo filme Acusados, no qual representava uma garota liberal que, estuprada em um bar, lutava pela condenação dos acusados.

O grande momento da carreira, entretanto, viria em 1991, ao conquistar o segundo Oscar como a agente do FBI Clarice Starling no sucesso O Silencio dos Inocentes, no qual contracenou com Anthony Hopkins.



Liv não gostava da escola e inventava pretextos para não assistir as aulas, o que a levou a passar por psicanálise. Sua paixão era o Teatro, mas fazendo parte de uma família austera e puritana, esperou até os 17 anos para anunciar que desejava ser atriz, o que provocou um grande escândalo familiar. Liv Ullmann deixou a Noruega e foi para Londres, onde estudou arte dramática.


Debutou no cinema em 1957 e 5 anos depois conheceu Bibi Andersson, que pertencia a Companhia Ingmar Bergman. O produtor e diretor se surpreendeu com a semelhança física das duas mulheres e escreveu "Persona" para elas. Depois disso, participou de dez dos seus filmes, entre eles "Gritos e Sussurros" (1972) e Sonata de Outono (1978). De expressões fortes e talento raro para demarcar seus sentimentos, conquistou notoriedade na complexidade das personagens bergnianas.



A carreira de Hepburn é vista como uma das mais famosas de Hollywood e durou por mais de 60 anos. Ela trabalhou com diversos tipos de gêneros da comédia ao drama e recebeu quatro prêmios do Oscar de Melhor Atriz, um recorde até os dias atuais. Seus primeiros anos na indústria cinematográfica foram marcados por sucessos, incluindo um Oscar por sua atuação em Manhã gloriosa em 1938. Na década de 1940 ela foi contratada pela a Metro-Goldwyn-Mayer, onde sua carreira foi focada em uma aliança com Spencer Tracy.


Hepburn alcançou grande sucesso na segunda metade de sua vida, onde ela apareceu em varias produções de Shakespeare. Ela conseguiu aprovação atuando como mulheres de meia-idade, como em The African Queen em 1951. Três Oscares vieram mais tarde por seu trabalho em Adivinhe Quem Vem Para Jantar em 1967, O Leão no Inverno em 1968, e On Golden Pond em 1981. Na década de 1970 ela começou a aparecer em filmes de televisão, que se tornaram o foco de sua carreira mais tarde.



Ganhadora de um Oscar, um Emmy, quatro Globos de Ouro, quatro Bafta e um prêmio Grammy. Ela é a atriz mais jovem a receber seis indicações ao Oscar antes dos 31 anos de idade, com sete indicações no total, e é uma das poucas atrizes a ganhar três dos quatro principais prêmios do entretenimento Americano (EGOT). Além disso, Winslet já venceu os prêmios do Sindicato dos Atores, e um prêmio honorário César em 2012.


A inglesa debutou em Hollywood no filme Almas Gêmeas de Peter Jackson em 1993. Depois veio o filme Razão e sensibilidade (1994) ao lado de Emma Thompson, que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar, e quando Titanic estourou no mundo em 1997, alavancou a talentosa atriz que até hoje mostra uma regularidade impressionante na carreira. A "perseguição" a Estatueta dourada terminou em 2009 quando levou pela sua atuação no filme O Leitor. No mesmo ano, Kate voltou a contracenar com Leonardo Di Caprio no excelente Foi apenas um Sonho, em uma outra grande atuação. 

Kate é uma daquelas atrizes que provam que algumas nascem com o dom de atuar. Formada no teatro, a maturidade que sempre demonstra em seus papéis é um deleite para o espectador. Independente de prêmios ou não, é nome certo na lista das melhores pela frieza e capacidade de se transmutar a cada personagem. Sem dúvidas, uma atriz dedicada no que faz.



Suas aparições no cinema foram relativamente poucas, mas marcantes o suficiente a ponto de ter vencido o Oscar de melhor atriz duas vezes: a primeira por interpretar Scarlett O'Hara no drama...E o vento levou, de 1939, e a segunda pela atuação em outro filme dramático, Uma rua chamada pecado, de 1951, onde interpretou o papel de Blanche DuBois, a mesma personagem a qual deu vida nos palcos do West End, em Londres.

Frequentemente fazia colaborações com seu marido, o também ator, e diretor Laurence Olivier. Durante mais de trinta anos como atriz de teatro, ela se mostrou bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.


Aclamada por ser belíssima e talentosa, tornou-se uma atriz exaltada e celebrada. Leigh, no entanto, esteve afetada por um distúrbio bipolar durante a maior parte de sua vida adulta, e seu humor era quase sempre não entendido pelos diretores. Diagnosticada com tuberculose crônica na metade da década de 1940, sua saúde torno-se enfraquecida a partir de então. 



Conhecida como uma das atrizes mais premiadas de todos os tempos, Meryl Streep já recebeu 19 indicações ao Oscar (recorde entre as categorias ligadas a atuação), vencendo três vezes (Kramer vs. Kramer, A escolha de Sofia e A Dama de Ferro). Também recebeu 29 indicações ao Globo de Ouro, vencendo oito, também um recorde para o prêmio.

A atriz também recebeu dois Emmys, dois Screen Actors Guild Awards, o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes e no Festival de Berlim, cinco New York Film Critics Circle Awards, dois BAFTA, dois Australian Film Institute Award, quatro indicações ao Grammy Award e uma indicação Tony Award, entre outros prêmios.


Recebeu o prêmio honorário do American Film Institute em 2004 e o Kennedy Center Honor em 2011, ambos por sua contribuição para a cultura dos Estados Unidos através das artes performáticas, sendo a mais jovem artista da história a receber tal distinção. Foi condecorada por duas vezes pelo presidente Barack Obama, em 2010 e 2014, com a Medalha Nacional das Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade, mais alta condecoração civil dos Estados Unidos.



Após trabalhar em peças na Broadway, Davis mudou-se para Hollywood em 1930, onde obteve pouco êxito com papéis em produções da Universal Studios. Foi contratada pela Warner Bros. em 1932, estabelecendo uma bem-sucedida carreira através de várias atuações aclamadas pela crítica. Até o final dos anos 1940, Davis foi uma das mais célebres protagonistas do cinema americano, reconhecida por seu estilo forte e intenso.


Ganhou uma reputação de perfeccionista muito combativa, sendo que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas eram frequentemente noticiados pela mídia. Seu estilo franco, sua voz distinta e o cigarro sempre a mão contribuíram para a construção de uma imagem pública muito imitada e satirizada.

Foi a primeira mulher presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ganhou o Oscar de Melhor Atriz duas vezes (Perigosa e Jezebel), foi a primeira pessoa a receber dez indicações da Academia nas categorias de atuação, além de ter sido a primeira mulher a receber um prêmio pelo conjunto da obra do American Film Institute.

E então, gostaram da Lista? Lembrando que trata-se de uma avaliação pessoal, portanto, sujeita a discordâncias, que no mínimo devem ser feitas de forma construtiva e respeitosa. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Quando um não é pouco e dois é demais



O sucesso de um filme muitas das vezes é medido pela aceitação popular. De algumas obras onde tantos depositam as fichas, muitos esperam o Sucesso, mas de outras, o Sucesso pode vir de forma inesperada. Uma boa e cativante história pode ou não ser a queridinha da crítica, mas quando ganha o grande público, é impossível renegar, especialmente os grandes estúdios, que apostam em sequências para explorar mais todo um retorno. 

Contudo, o que antes era a galinha dos ovos de Ouro, pode se tornar um problemão sem a sensibilidade o suficiente para se manter engavetado projetos vergonhosos. 

Pensando nisso, resolvi listar 10 das muitas sequências equivocadas de Sucessos do Cinema:

Alice através do Espelho (2016)


Seis anos depois de estar no País das Maravilhas acompanhada por seus incríveis amigos, a bela Alice (Mia Wasikowska) retorna ao mundo do Chapeleiro Maluco (Johnny Deep) agora para interferir no Tempo e ajudá-lo a reencontrar com sua família que estaria viva. No "mundo real", a moça estaria um com um novo dilema. Perder tudo que tinha conquistado para seu ex noivo. 

Seis anos é muito tempo para se esperar por uma sequência desnecessária de um filme que foi sucesso de bilheteria mesmo sem o aval da crítica. Sendo assim, com atores mais envelhecidos e sem a mesma energia de antes para os personagens, o resultado foi desastroso numa história confusa e sem nenhuma importância. Dessa vez nem mesmo os pitis da Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter - "Cortem-lhes a cabeças!) conseguiu salvar esta péssima ideia. Anne Hathaway só fez figuração e Sacha Baron Cohen foi péssimo como de costume. 

Doze homens e Outro Segredo (2004)


A trama acontece três anos após o primeiro filme. Só lembrando que eles seguem sempre três regras: "não ferir ninguém", "não roubar quem não mereça" e "seguir o plano aconteça o que acontecer". Alguém quebra a regra número um e os denuncia a Benedict (Andy García), o empresário roubado pela quadrilha de Danny (George Clooney). Ele quer seu dinheiro de volta, e com juros. Então Danny e sua trupe resolvem assaltar ao redor do mundo para tentar arrecadar o dinheiro necessário. Mas não esperavam envolver-se com um grande criminoso, o Raposa Noturna (Vincent Cassel).

O estrondoso sucesso do primeiro filme se deve muito em parte a química e interação hábil de um elenco formidável. Com a inserção de uma nova estrela (Julia Roberts), as coisas desandaram de tal forma, que o elo que unia uma interessante trama se partiu. Com a confusão de sua personagem mal construída dentro da história, tudo virou uma sequência sonolenta que só teve bons frutos em coisas repetitivas do primeiro filme. 

Legalmente Loira 2 (2003)


Depois de se formar em Harvard, Elle Woods (Reese Witherspoon) é agora uma jovem advogada que conseguiu seu primeiro emprego em um grande escritório e divide seu tempo entre a carreira e os preparativos para seu casamento. Ao descobrir que a mãe do seu adorado chihuahua, Bruiser, está sendo usada como cobaia em testes com cosméticos por um dos clientes do escritório, Elle resolve defender os direitos dos animais e é imediatamente despedida. Arrasada, mas sem deixar de ser otimista, ela vai para Washington DC trabalhar com a congressista Victoria Rudd (Sally Field) e resolver as coisas do seu jeito, criando uma lei que proíba os testes com cães e outros animais, libertando assim a mãe do cachorrinho.

O filme se aproveita sem nenhum pudor da fórmula de sucesso do primeiro. Até a própria Reese Witherspoon não consegue mudar, repetindo o mesmo trabalho, sem acrescentar praticamente nada à sua personagem que poderia ter amadurecido um pouco mais. No entanto, diante da proposta infantil do filme, é impossível exigir tanto. 

Hannibal (2001)


Os clássicos personagens Hannibal Lecter e Clarice Starling voltam a se encontrar nesta sequência tão desprezível quanto asquerosa. 

O Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) foge da prisão, e dez anos depois, vive tranquilamente pelas ruas. Porém, a agente do FBI, Clarice Starling (Julianne Moore), que nunca se esqueceu da conversa que teve com ele, passa o tempo todo apreensiva buscando soluções para capturá-lo com a ajuda de Mason Verger (Gary Oldman), uma vítima e sobrevivente do ataque de Lecter. 

Para causar impacto no filme, os autores abusaram da boa vontade dos espectadores, jogando tudo num roteiro previsível, interpretações preguiçosas e cenas dantescas como a de um dos inimigos de Lecter, interpretado por Ray Liotta, comendo o próprio cérebro cozido e servido pelo vilão. 

Efeito Borboleta 2 (2006)


Julie (Erica Durance) estava comemorando seu 24º aniversário com o namorado, Nick (Eric Lively), e seus amigos. Nick teve que ir a uma reunião de trabalho. Ele dirige em rumo à cidade e, todos dentro do carro, sofrem um acidente com um caminhão. Dos quatro amigos, Nick é o único sobrevivente. Um ano depois, Nick descobre que tem o Dom de retornar ao passado e tentar modificar as coisas. E claro, usará isso para tentar evitar que sua amada parta dessa pra melhor. 

A originalidade do primeiro filme estrelado por Ashton Kutcher já foi pro espaço só por esta sinopse e quando as tentativas de burlar esta previsibilidade decaem para sequências de cenas com erros de continuidade pavimentadas com sexo em abundância, a obra torna-se facilmente esquecível. 

Miss Simpatia 2: Armada e Poderosa (2005)


Após ter combatido uma ameaça terrorista no concurso de Miss Estados Unidos, Gracie Hart (Sandra Bullock) acaba por tornar-se uma celebridade, o que a deixa frustrada uma vez que a prejudica no trabalho. Com isso, Hart é convidada a ser o rosto oficial da organização e ganha uma nova amiga de trabalho, a agente Sam Fuller (Regina King). Entretanto, Hart decide por voltar à ativa quando sua amiga e Miss Estados Unidos e o apresentador do concurso são sequestrados em Las Vegas. 

Uma nova aventura armada para a simpática protagonista de um inesperado sucesso não foi tão poderosa quanto muitos pensavam. Nem mesmo todo o brilho da incontestável estrela conseguiu dar um vigor a esta sequência bocejante, de piadas sem graça e cenas de ação mal conduzidas. Nada que lembrasse a força da natureza cinematográfica que foi o original. 

Instinto Selvagem 2 (2006)


Catherine Tramell (Sharon Stone) é uma escritora de suspenses que se mudou há pouco de São Francisco para Londres. A misteriosa morte de um astro do esporte, em que Tramell esteve envolvida, faz com que o respeitado psicanalista Michael Glass (David Morrissey) seja designado para fazer uma avaliação psiquiátrica da escritora. Glass logo se sente fisicamente atraído por Tramell e ao mesmo tempo intrigado com ela. Contrariando os conselhos de sua mentora, Glass se envolve com Tramell, dando início a um jogo de mentiras e sedução.

Quando protagonizou o filme original, quase 15 anos atrás, Sharon Stone foi catapultada para o estrelato. A história de 1992 era erótica, cheia de reviravoltas, que mexia com a cabeça do espectador até o fim do filme. Um sucesso que foi descaradamente copiado nesta sequência, só que sem o mesmo charme. Pra quem viu o primeiro e a lendária cruzada de pernas de Stone, pode desistir desse. 


O Caçador e a Rainha de Gelo (2016)


Sequência de "Branca de Neve e o Caçador", trouxe Chris Hemsworth e Jessica Chastain como o casal de Caçadores travando uma nova batalha com a Rainha Ravenna (Charlize Therón) e sua irmã Freya (Emily Blunt), a Rainha do Gelo, que depois de perder o Amor e uma filha, viveu por décadas sozinha em um remoto palácio, criando seu próprio grupo de caçadores mortais. 

Ninguém entendeu e muito menos engoliu uma sequência de um filme que não foi tão bem aceito pela crítica. O resultado não poderia ser outro, além de um total desperdício de um ótimo elenco. Tudo é fraco no filme. A motivação da Rainha de Gelo em ser Má, o retorno de Ravenna sem razão alguma e um Amor tão convincente capaz de sucumbir a uma mentira mal elaborada.


Mudança de Hábito 2: Mais loucuras no Convento (1993)


Quando uma escola pública dirigida por freiras é ameaçada de ser fechada devido ao péssimo comportamento de seus alunos, a Madre Superiora (Maggie Smith) decide convocar a cantora Deloris (Whoopi Goldberg) para dar aulas de música, formar um coro e tentar mudar a vida dos jovens. Ela, então, abandona seus shows em Las Vegas e volta a se disfarçar de freira para assumir a nova missão. 

O título em português (Mais loucuras no Convento) deveria servir para a ideia dos roteiristas, que um ano depois do megasucesso da primeira sequência, decidiram destruir sem nenhuma razão aparente, o que construíram. A motivação de falência da Escola é um dos elementos repetitivos, que cria uma história chata com uma garota rebelde e insuportável, que teria talento para a música, mas se nega a juntar-se ao grupo. Os números musicais não são tão vibrantes, e nem mesmo Woopi Goldberg com talento e carisma consegue salvar este equívoco. O pior é ver as freiras como simples ornamento dentro do filme. Dispensável. 

Velocidade Máxima 2 (1997)

Annie Porter (Sandra Bullock) está num luxuoso navio com o seu namorado Alex Shaw (Jason Patric) para passar férias no Caribe, mas alguém chamado John Geiger (Willem Dafoe) um gênio em informática toma o controle do navio. Alex, que secretamente é membro da SWAT,  precisa rapidamente anular os planos de Giger e fazer com que todos cheguem em segurança à costa, mas há um grave problema: como Alex vai enganar Geiger, se ele controla todo o navio através de um teclado?

Dentre todos os problemas dessa péssima sequência, está a ausência de Keanu Reeves, com quem Bullock teve uma química que se sentia a léguas de distância. Unir a protagonista com um mocinho fraco e sem carisma, foi um tremendo tiro no pé. No entanto, este é o menor dos problemas. Cheguemos ao vilão, interpretado de forma penosa e caricata pelo ótimo William Da Foe e sua motivação ridícula de buscar vingança. Os diálogos são insossos e desconectados, em alguns momentos, irritantes. Nem com a música vibrante de Carlinhos Brown (A namorada), parte da trilha sonora do filme, dá pra engolir esta bomba cinematográfica. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Quadrilogia Shrek: o que começou ótimo, terminou bem



É tempo de férias escolares e neste período as crianças estão mais suscetíveis a coisas que lhes agradam mais como filmes de animação, aos montes nas Tvs tanto aberta quanto fechada. Uma das grandes pedidas para este período de recesso escolar, é a Quadrilogia do Ogro mais famoso do cinema. 

Quando Shrek, o filme estreou em 2001 veio carregado de grandes elementos cinematográficos em que se condensam grandes filmes. Criativo, inteligente e extremamente original, conquistou uma legião de fãs pelo mundo ao satirizar os Contos de Fadas ao lado de seu fiel amigo Burro. Não, nada de programas de humor chatos e apelativos. Para fazer isso com sucesso, foi preciso uma boa dose de liberdade criativa e poética. 

Quem imaginaria em seus maiores devaneios que o Príncipe Encantado de uma bela Donzela em apuros seria um Ogro feio e verde? E que o verdadeiro Príncipe Encantado seria um vilão nessa história? Pois é, esses são apenas alguns exemplos de personagens que cativaram o público de forma inexplicavelmente louvável se formos levar em consideração o receio dos autores quanto a aceitação da história. 

Quando os créditos de Shrek começaram a subir, o que se viu foi a resposta a um elemento primordial do cinema: a volta da magia nas animações juntamente com a já eloquente "lição de moral" no fim. O Ogro saiu do Pântano e sobreviveu a mais 3 filmes, que vamos relembrar agora.



Shrek (2001)
Nesta primeira aventura, o Ogro Shrek temido por todos, se vê numa aventura perigosa quando os personagens de Contos de Fada acampam em seu Pântano. Para tirá-los de lá, ele aceita a proposta do Lord Farquad de resgatar a Princesa Fiona de uma Torre. Só que ambos não esperavam que o Cavaleiro nada convencional e a Princesa fossem se apaixonar em meio a segredos e revelações. A originalidade em que a trama é conduzida, o carisma dos personagens tanto principais quanto coadjuvantes ajudaram a arrecadar uma grande bilheteria, tornando-se um verdadeiro e merecido sucesso. A trilha sonora também merece menção, com músicas tanto românticas quanto dançantes. 



Shrek 2 (2004)
Pra quem acha que sequências nunca são melhores que as originais, deve assistir a nova aventura de Shrek. Agora casado com Fiona, eles têm de enfrentar a Ira do Príncipe Encantado e de sua mãe, a Fada Madrinha, para poder viver seu final feliz. Tudo isso, tendo de se apresentar para a Corte e conhecer os de Fiona, o casal Real de Tão Tão Distante. A sinopse da trama já deixa claro o que estaria por vir. Um ótimo texto ostentando cenas pra lá de engraçadas e inesquecíveis. Tudo é muito adulto e "humano". Além disso, a inserção de o Gato de Botas, conferiu um charme a mais à obra. O sucesso foi tanto que o amigo felino de Shrek, ganhou um filme próprio, mesmo que não obtivesse o mesmo sucesso. 


Shrek Terceiro (2007)
Embora seja o mais fraco da Quadrilogia ao mostrar sinais de desgaste, vale a pena por algumas boas piadas. O Rei de Tão Tão Distante está morto e agora cabe a Shrek assumir o Trono ou encontrar alguém que possa. Assim ele parte atrás de Arthur, que se apresenta como um típico perdedor no Colégio em que estuda. Neste tempo, Fiona descobre que está grávida e a novidade não deixa o Ogro muito entusiasmado. O que encantou nos 2 primeiros filmes, perdeu a essência neste. Shrek agora não é um Ogro repulsivo, pelo contrário, faz piadinhas incômodas sobre paternidade e o que é pior e um tanto quanto inexplicável, a despeito do Colegial e suas agruras. Pra mim, não pegou bem sua faceta mais descolada no filme.


Shrek pra sempre - O capítulo final (2010)
O que esta Quadrilogia sempre teve foi a capacidade de surpreender e aqui não foi diferente. Quando muitos pensavam que nada mais de legal poderia surgir, eis que os autores criam um grand finale para se retratarem do terceiro filme. Seguindo a linha de roteiros alternativos, aqui vimos como seria se Shrek não tivesse nascido quando ele pressionado pela vida rotineira que está levando, sede a um Acordo com o inescrupuloso Rumpelstiltskin. A sequências inciais são bárbaras! Com isso, os personagens puderam brilhar melhor e mais seguramente. Fiona por exemplo, viveu uma especie de Princesa Lea ao se declarar a Líder da Resistência Ogra contra a Tirania de Rumple, que tornou Tão Tão Distante um lugar sombrio. Burro e Gato também se mostram diferentes, mas com o humor ainda inabalável. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Grandes atuações vencedoras do Oscar: Melhor Atriz

Assim como fizemos na categoria masculina, agora vamos listar 10 grandes atuações femininas que fizeram por merecer o prêmios. Algumas delas são mesmo inquestionáveis e estão no top 10 de todos os tempos. Mas, é só o ponto de vista do cineposforrest. Nos diga se esta é a sua lista também ou gostaria de incluir outras. Eis as escolhas:

10 - Bette Davis (Jezebel, 1939)

Davis é com certeza uma das melhores atrizes de todos os tempos e, além de tudo, era uma mulher à frente do seu tempo. Talvez por isso conseguiu encarnar com tanta gana uma mulher que desafia os costumes da conservadora Nova Orleans de 1850. Mas não é só isso, que é exigida, ela ainda consegue ter uma carga dramática excepcional na parte final do longa de Willian Wyler. Inesquecível.

Disputou com:
Fay Bainter por Novos Horizontes
Wendy Hiller por Pigmaleão
Norma Shearer por Maria Antonieta
Margareth Sullavan por Três Camaradas



9 - Hilary Swank (Meninos não Choram, 2000)

Swank é uma curiosa figura do meio cinematográfico, pois, é de uma irregularidade sem igual. Em meio a papéis insossos, conseguiu duas grandes atuações da carreira e levaram o Oscar (a outra foi por Menina de Ouro). Aqui, consegue ficar perfeita tanto na expressão corporal e trejeitos quanto na forma em que captura as provações psicológicas de Brandon Teena. Uma atuação para a história.

Disputou com:
Annette Benning por Beleza Americana
Janet McTeer por Livre para Amar
Julianne Moore por Fim de Caso
Meryl Streep por Musica do Coração



8- Sissy Spacek (O Destino mudou sua vida, 1981)

Os olhos marcantes de Spacek não foi a única coisa que lhe deram destaque neste papel. Como a cantora country Loretta Lynn ela consegue uma atuação impressionante ao mostrar o caminho difícil que a estrela teve de enfrentar, no meio familiar e no profisional, até chegar ao estrelato. Além disso, ela mesmo entoa algumas canções com uma qualidade musical invejável até para cantoras profissionais. Estupenda!

Disputou com:
Ellen Burstyn por Ressurreição
Goldie Hawn por A Recruta Benjamin
Mary Tyler-Moore por Gente como a Gente
Gena Rowlands por Gloria



7 - Meryl Streep (A Escolha de Sofia, 1983)

Em um dos filmes mais dolorosos que se tem notícia, Meryl Streep entrega mais uma de suas memoráveis atuações como uma imigrante polonesa que ainda sofre as consequência de uma terrível escolha que teve de fazer nos campos de concentração nazista. Além disso, mantém uma relação conturbada com um maníaco-depressivo e um escritor sem inspiração. Detalhe para a cena da tal escolha, Streep simplesmente assombrosa.

Disputou com:
Julie Andrews por Victor ou Victória?
Jessica Lange por Frances
Sissy Spacek por Missing - Desaparecido, um grande mistério
Debra Winger por A Força do Destino


6 -  Jodie Foster (O Silêncio dos Inocentes, 1992)

Não é para qualquer conseguir dividir as atenções do público em um filme quem tem como o outro personagem principal o Hannibal Lecter de Anthony Hopkins. Sua Clarice é introspectiva, porém consegue transmitir uma veracidade incrível na forma como mantém um relacionamento dualizado de medo e fascinação por Lecter. Uma das melhores de todos os tempos, com certeza.

Disputou com:
Geena Davis por Thelma & Louise
Susan Sarandon por Thelma & Louise
Bette Midler por Para eles, com muito amor
Laura Dern por As Noites de Rose


5 - Olivia de Havilland (Só resta uma lágrima, 1948)

Apesar de o filme se um dramalhão sem fim, não há como negar que a sobriedade da atuação de Havilland é maior que o filme. Interpretando uma mãe que é obrigada a amar à distancia um filho que teve de dar outra família por ser solteira, ela consegue nos transmitir com uma amargura da escolha que foi obrigada a fazer. Voltaria a vencer três anos depois, mas este foi seu grande papel.

Disputou com:
Celia Johnson por Desencanto
Jennifer Jones por Duelo ao Sol
Rosalind Russell por Sacrifício de uma vida
Jane Wylman por Virtude Selvagem


4 - Louise Fletcher (Um Estranho no Ninho, 1976)

Como não estar nesta lista uma das maiores vilãs que tivemos os prazer de ver no cinema? Fletcher protagoniza um embate excepcional com Jack Nicholson, só que suas artimanhas por trás dos olhos gelados são de cunho psicológicos, que trastorna e dá medo não só nos internos do hospital psiquiátrico, como também no espectador. Isso tudo sem exageros caricatos. Uma bruxa de primeira linha.

Disputou com:
Isabelle Adjani por A História de Adele H.
Ann-Margaret por Tommy
Glenda Jackson por Hedda
Carol Kane por A Rua da Esperança


3 - Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor, 2008)

A maior incorporação que uma atriz fez de um personagem real, a Edith Piaf de Marion Cotillard é de uma semelhança assombrosa com a famosa e controversa cantora francesa. Mesmo que não entoe a canções (coisa que nenhum ser seria capaz de fazer, pois a voz de Piaf era única), a forma como se entrega de corpo e alma nos dramas da vida de Edith é coisa fora do comum. Destaque para a cena em que descobre a morte de Marcel. Brilhante!

Disputou com:
Cate Blanchett por Elizabeth: A Era de Ouro
Julie Christie por Longe Dela
Laura Linney por A Família Savage
Ellen Page por Juno


2 - Elizabeth Taylor (Quem tem medo de Virgínia Wolf?, 1967)

A figura controversa de Elizabeth Taylor foi levado ao ápice quando estrelou ao lado de seu marido, o não menos polêmico Richard Burton, esse ótimo e cruel filme de Mike Nichols. Os jogos de amor e ódio em que o casal está inserido parece ter caído do céu para Taylor entregar sua mais extraordinária performance e estar no top 10 de todos tempos. Sua instabilidade emocional carrega o filme de preceitos sociais que mudaram o cinema. Incrível!

Disputou com:
Anouk Aimeé por Uma Homem, Uma Mulher
Ida Kaminska por A Pequena Loja da Rua Principal
Lynn Redgrave por Georgy, a Feiticeira
Vanessa Redgrave por Deliciosas loucuras de amor


1 - Vivien Leigh (Uma Rua Chamada Pecado, 1952)

Essa incrível atuação de Leigh costuma dividir com Gena Rowlands (Uma mulher sob influência) o posto de melhor atuação feminina de todos os tempos. O que torna a afirmação plausível é que a Blanche Dubois de Leigh é uma aula perfeita de atuação, com variações incríveis de comportamento e uma imersão gradual na insanidade, sem caricaturas ou exageros. O que impressiona é que em nenhum momento conseguimos identificar outros personagens memoráveis de Leigh como a Scarlet O'Hara de ...E O Vento Levou. Monstruosa!!!!!

Disputou com:
Katherine Hepburn por Uma Aventura na África
Eleanor Parker por Chaga de Fogo
Shelley Winters por Um Lugar ao Sol
Jane Wyman por Ainda Há Sol em Minha Vida







sábado, 16 de janeiro de 2016

As 10 melhores atuações vencedoras do Oscar de Melhor Ator

Muitos sempre saem à guerra em época de entrega do Oscar para discordar de um ou outro vencedor, principalmente nas categorias de atuação. Logicamente, assim como nós, os votantes da Academia também são seres humanos, com um entendimento maior ou menor do assunto, e com gostos dos mais variados. Empatia e o lobby em busca do prêmio também conta. Sendo assim, nem sempre o vencedor é aquele da melhor atuação, daquela que ficará marcada nos anais do cinema, entretanto, sempre tem aqueles ano em que o vencedor realmente entregou uma atuação acima de qualquer debate, unanimidades mesmo. O Cineposforrest listou 10 grandes atuações que venceram o prêmio: Façam as suas!


10 - Charlton Heston (Ben-Hur, 1960)

Não tem como negar que o marreto Heston entrou para a história com seu viril e obstinado Judah Ben-Hur. As várias fases do filme, as muitas passagens exigiu do ator uma atuação física e mental para compor um dos melhores personagens que o cinema já viu. Alguém tem dúvidas que o prêmio foi merecido?

Disputou com:
Laurence Harvey  por Room at the top
Jack Lemmon por Quanto mais quente melhor
Paul Muni por Rebeldia de um bravo
James Stewart por Anatomia de um crime




9- Jamie Foxx (Ray, 2005)

Existem atuações em que o ator parece simplesmente feito com a mesma forma em que o personagem real foi feito, e dessas situações é ade Jamie Foxx. Ao dar vida ao mitológico Ray Charles ele simplesmente nos convence que não se trata de um ator representando, e sim o próprio músico. Só mesmo sendo muito cético para não aplaudir de pé.

Disputou com:
Leonardo DiCaprio por O Aviador
Don Cheadle por Hotel Ruanda
Johnny Depp por Em Busca da Terra do Nunca
Clint Eastwood por Menina de Ouro



8- Jack Nicholson (Um Estranho no Ninho, 1976)

Randle McMurphy coroou a grande fase em que passava Nicholson na década de 70, e também pudera. Seu personagem, um canastrão, consegue ser nos transportar para dentro da insanidade divertida do manicômio em que foi parar para evitar de ir para prisão. Há também os momentos em que traz um pouco de humanidade aos internos. Brilhante!

Disputou com:

Walter Matthau por Uma Dupla Desajustada
Al Pacino por Um Dia de Cão
Maximillian Schell por Um Homem na Caixa de Vidro
James Whitmore por Give 'em Hell, Harry!



7- George C. Scott (Patton, Rebelde ou Herói?, 1971)

O retrato brilhante do controverso e respeitado general Geroge S. Patton veio com o também controverso e respeitado ator George C. Scott, que conseguiu transportar para as telonas toda as características psicológicas do general. Mesmo que tenha rejeitado o prêmio, sua atuação é uma das mais marcantes que o cinema já viu.

Disputou com:
Melvyn Douglas por Meu Pai, Um Estranho
Jack Nicholson por Cada um vive como quer
James Earl Jones por A Grande Esperança Branca
Ryan O'Neal por Love Story - Uma História de Amor



6- Al Pacino (Perfume de Mulher, 1993)

Com certeza um dos melhores atores de todos os tempos, Al PAcino demorou para que conseguisse receber seu tão esperado Oscar, e ele vei com grande estilo. Sua atuação como o ex-militar cego que está desgostoso com a vida é simplesmente estupenda. Como esquecer da cena em que, mesmo cego, dança tango com uma jovem? Uma das mais belas cenas do cinema. Atuação perfeita.

Disputou com:
Robert Downey Jr. por Chaplin
Denzel Washington por Malcom X
Stephen Rea por Traídos pelo desejo
Clint Eastwood por Os Imperdoáveis




5- Daniel Day-Lewis (Sangue Negro, 2008)

Em uma das mais perfeitas combinação de linguagem física e mental, Day-Lewis enche os olhos como o ganancioso Daniel Plainview no filme de P. T. Anderson. Somente os brilhantes vinte minutos iniciais onde não fala nenhuma frase, mas consegue nos passar todo o contexto de seu personagem, seriam o suficientes para vencer o prêmio. Digno de um mestre!

Disputou com:
George Clooney por Conduta de Risco
Johnny Depp por Sweeney Todd: O Barbeiro demoníaco da Rua Fleet
Tommy Lee-Jones por No Vale das Sombras
Viggo Mortensen por Senhores do Crime



4- Ray Milland (Farrapo Humano, 1946)

Em um filme obscuro, que desafio o gosto do público na década de 40, Milland faz um alcoólatra que tem o auge de sua doença em um fim de semana em passa bebendo e tentando a todo custo beber mais. O desempenho é formidável, principalmente na melancólica sequência da busca de seu personagem por uma casa de penhores em pleno feriado judeu. Sensacional!

Disputou com:
Bing Crosby por Os Sinos de Santa Maria
Gene Kelly por Marujos do Amor
Gregory Peck por As Chaves do Reino
Cornel Wilde por À Noite Sonhamos



3- Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes, 1992)

Só de citar o nome Hannibal Lecter qualquer um, mesmo que nem seja tão fã de cinema assim, conseguirá lembrar do olhar assustador e hipnótico de Hopkins no filme de Jonathan Demme. Em uma composição exuberante, ele consegue passar toda a volúpia do sociopata sem cair em uma caricatura simplória e banal. Todas suas passagens são inesquecível!

Disputou com:
Warren Beaty por Bugsy
Robert DeNiro por Cabo do Medo
Nick Nolte por O Príncipe das Mares
Robin Willians por O Pescador de Ilusões



2- Ben Kingsley (Gandhi, 1983)

Quando incorporou Mohandas Gandhi pela primeira vez na década de 60, Ben Kingsley talvez não imaginasse que o hiato de vinte anos até a retomada e lançamento do longa fizesse bem à sua atuação. É quase impossível não se curvar à sua brilhante performance, tanto na caracterização física, na qual ficou idêntico, quanto na forma com que transmite o ideias como o próprio Mohandas. Show!

Disputou com:
Dustin Hoffman por Tootsie
Jack Lemmon por Missing - Desaparecido, um grande mistério
Paul Newman por O Veredito
Peter O'Toole por Um Cara Muito Baratinado



1- Marlon Brando (O Poderoso Chefão, 1973)

Se Don Vito Corleone é um dos mais inesquecíveis personagens da história do cinema isso se deve sem dúvidas à atuação esplendorosa de Brando. Considerado o melhor ator de todos os tempos, ele consegue criar um personagem ímpar, que mostra os dois lados de um ser humano, ora visto como um monstro, outras como um pai devotado a manter sua família unida. Gigantesco!

Disputou com:
Michael Caine por Jogo Mortal
Laurence Olivier por Jogo Mortal
Peter O'Toole por A Classe Dominante
Paul Winfield por Sounder - Lágrimas de Esperança