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sábado, 1 de junho de 2013

Os 10 Mais: Woody Allen

O Cineposforrest humildemente resolveu homenagear 10 grandes diretores da história do cinema, com extensa e relevante obra. Serão postados o top dez dos imperdíveis de cada um deles, sendo o primeiro Woody Allen. Obviamente, se trata de um ponto de vista crítico, e objeções ou elogios poderão ser manifestados no espaço de comentários. Aproveite e vote na enquete ao lado escolhendo seu favorito.

10 - Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar (1972)

Em seus primeiros passos como diretor, Allen mostra situações em que procura sanar certas dúvidas do público, que na década de 70, ainda eram muitas. Em sete capítulos, desenvolve com brilhantismo situações impagáveis, aparentemente bobas, mas que analisadas a fundo, são extremamente significantes e competentes. A esquete em que Allen interpreta um feiticeiro que tenta "faturar" uma rainha na época medieval e o último, onde espermatozoides disputam uma vaga no óvulo, já o torna imperdível.

9 - Zelig (1983)

O diretor consegue ser implacável na crítica ao ser humano e as aparências com esse libelo. A história de Leonard Zelig (Allen), um homem que possui um estranho distúrbio onde é capaz de absorver a personalidade das pessoas que o cercam para não parecer deslocado. Porém, este "dom" acaba por elevar Zelig ao status de personagem midiático, ao mesmo tempo, que pode ser o início de sua derrocada. Com Mia Farrow como a psicanalista que o tenta ajudar, Zelig é um dos melhores roteiros de Woody Allen.



8 - Tiros na Broadway (1995)

Um dos mais icônicos longas do diretor, uma homenagem a filmes de gangster recaída para o finíssimo humor que lhe é inerente. Nos anos 20, um diretor teatral interpretado por John Cusack é obrigado a dar o papel principal de sua nova peça a uma atriz sem talento, apenas por ser ordem de um mafioso local. A coisa só piora quando um abusado guarda-costas da jovem resolve opinar no roteiro. Os deliciosos diálogos do filme, combinado a atuações excepcionais (Oscar de coadjuvante para Diane Wiest) o elevam a condição de obra-prima.



7 - Crimes e Pecados (1989)

No mais complexo de seus roteiros, Woody Allen conduz duas histórias. Na primeira, um oftalmologista (Martin Landau) é posto em xeque por sua amante (Anjelica Houston), que deseja revelar o caso, além dos delitos que comete na profissão. Na segunda, o produtor de documentários vivido por Allen é casado, mas ama outra mulher (sempre Farrow), que por fim, ama outro produtor. Brilhantemente as situações acabam por unir as histórias no fim, um dos mais genias que o cinema já viu. Uma aula de cinema, simples e impecável.



6 - Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)

Na comédia romântica intelectualizada que lhe rendeu o primeiro e único Oscar de diretor, Allen é Alvy Singer, um humorista divorciado que faz análise há quinze anos, que se apaixona pela complicada cantora iniciante Annie Hall (Diane Keaton). A relação, que no início corre bem, começa a desgastar devido à personalidade peculiar de cada um. Um filme sensacional, com um artifício inédito para o público quando os pensamentos e as falas se embaralham, representando a confusão que se tornou a relação de Alvy e Annie. Absoluto.



5 - Hannah e suas Irmãs (1986)

Para provar que sua veia humorístico poderia se diversificar, o diretor investe nesta extraordinária comédia-dramática conta a história de três irmãs que deixam suas frustrações e conflitos aflorarem durante o dia de ação de graças. O grupo de amigos, com tipos excêntricos e paranóicos observam tudo enquanto enfrentam seus próprios problemas. Mesmo sob esta capa de incertezas, a intenção do diretor acaba por ser muito perseverante do que se possa parecer, principlamente quando acompanhamos a dicotomia da vida de Hannah (Mia Farrow). Genial.



4 - A Era do Rádio (1987)

Neste tocante relato de tempo e lugar, Woody Allen homenageia a grande mídia de sua infância. Uma família judia de Nova Iorque na década de 30 tem seus sonhos e desejos influenciados pelos seus programas preferidos na rádio. Seu roteiro sublime reverencia e expõe a mágica que era forçar sua criatividade,  como era bom sonhar, se divertir, sentir, tudo apenas com o ouvido colado na caixinha. Mesmo com a melancolia da perda de espaço para a TV, o filme deixa sua mensagem de amor ao rádio, amor que o diretor exibe nas entrelinhas. Tecnicamente competente e roteiro excepcional.



3 - Meia-Noite em Paris (2011)

Um soneto de amor à Paris, Allen traz o alterego Gil (Owen Wilson) como um roteirista bem-sucedido de Hollywood que acha seus filmes ruins e tem o sonho de se tornar escritor. Ele viaja com a noiva para a Cidade Luz com o rascunho de seu romance para tentar ser concebido pelos ares artísticos dos áureos tempos lhe inspire. Em uma noite consegue viajar no tempo e encontrar grandes figuras do meio artístico de seus amados anos 20. A mais recente obra-prima do diretor, que sugere que a perfeição jamis será alcançada, e o saudosismo é uma condição humana inevitável. Tecnicamente perfeito, arrepiante e comovente.



2 - Manhattan (1979)

Apaixonado por sua Nova Iorque, este belíssimo longa contempla os amores e a dificuldade de atingi-los em estado perfeito. Allen é um escritor divorciado que se vê em uma situação delicada quando sua ex decide publicar um livro no qual revela detalhes íntimos do relacionamento deles. Neste momento ele se apaixona por uma garota de 17 anos (Mariel Hemingway), e, mesmo sendo correspondido, se sente atraído pela amante seu amigo. Um entrelace de sentimentos, onde não há mocinhos e nem vilões, apenas paixão. Ou seria ele o grande vilão dos filmes de Woody Allen?



1 - A Rosa Púrpura do Cairo (1985)

No mais envolvente e brilhante longa do diretor, exprime ali o que é o cinema para ele, mais do que uma arte, um alimento que sustenta a alma. Em meio a "grande depressão", uma garçonete (Mia Farrow) tem que se desdobrar para sustentar seu marido bêbado e violento. Para escapar desta triste realidade, vai ao cinema assistir ao seu amado "A rosa púrpura do Cairo" pela quinta vez. Mas, depois de tantas vezes, o herói do filme se apaixona pela moça e sai da tela para lhe oferecer uma nova vida. m grande tumulto se forma e o ator queo interpreta tem de vir tentar resolver a situação. Metalinguístico e provavelmente um dos melhores roteiros feitos no cinema americano. Cinema puro.


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