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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Perfil: Meryl Streep - A dama do ano


2012 foi mais um daqueles anos inesquecíveis para a indústria cinematográfica. O premiado O Artista trouxe o frescor da nostalgia de uma arte dantes esquecida. Além disso, vimos  Marilyn Monroe e Margareth Thacher, duas mulheres extraordinárias sendo retratadas em dois filmes que marcaram também a época. E uma dentro estas mulheres extraordinárias também marcou seu nome na lista de uma das melhores do ano. Ela não só levou o Oscar, mas como também se firmou como a atriz com o maior número de indicações a estatueta. Foram 17 no total e 26 indicações ao Globo de Ouro. 


Atriz de um talento notável, a norte-americana que nasceu Mary Louise Streep em 22 de junho de 1949, já nasceu com a vocação para o espetáculo. Filha de Mary W. Streep, uma artista comercial descendente de britânicos, irlandeses e suíços e Harry William Streep Jr., um executivo da indústria farmacêutica descendente de neerlandeses. Criada em Bernardsville (Nova Jersey) como Presbiteriana; o nome "Streep" significa "linha reta" em holandês, onde frequentou e se graduou na Bernards High School. A retidão também serviria para marcar sua carreira sempre linear, que teve início em 1971 quando recebeu seu Bacharelado de Artes em Teatro na Vassar College.  Os estudos foram a linha que demarcaram seu caminho de sucesso. Música, arte dramática e ópera na Universidade Yale. Após finalizar os estudos, trabalhou para o Theatre Repertory Company, obtendo reconhecimento ao ser nomeada para o Tony Awards, e por vencer o Outer Critics Circle Award.

Sua estreia cinematográfica aconteceu em Julia, de Fred Zinnemann, em 1977. Debutou na televisão em 1978, com a série Holocausto, pela qual foi agraciada com o Emmy de melhor atriz. Seria então em 1979 com O franco atirador que daria início a dezenas de indicações e prêmios que moldam sua carreira. A mulher do tenente francês (em 1982), O retrato de uma coragem (em 1984), Entre dois amores (em 1986), Ironweed (em 1988), Um grito no escuro (em 1989), Lembranças de Hollywood (em 1991), As pontes de Madison (em 1996), Um amor verdadeiro (em 1999), Música do coração (em 2000), Adaptação (em 2003), O diabo veste Prada (em 2007), Dúvida (2009) e Julie & Julia (2010). Venceu por Kramer vs. Kramer (1980) no papel secundário (atriz coadjuvante) de uma mãe que lutava judicialmente pela guarda do filho com Dustin Hoffman. A cena em que apenas deixa  uma lágrima escorrer sobre a face foi sua sentença na vitória.  Em 1982 mais uma experiência com o Holocausto lhe deu a segunda estatueta por A Escolha de Sofia na pele outra vez de uma mãe judia que teve de lutar, mas não nos tribunais, e sim pela vida tendo que fazer uma escolha cruel neste processo. E por fim, depois de 14 indicações e 2 vitórias, ela teve em A Dama de Ferro (2012) mais uma prova de reconhecimento de seu talento. Nem mesmo a maquiagem carregada da personagem pôde tirar da multifacetada atriz seu terceiro prêmio. Diante desta atuação fica difícil saber quem realmente foi a dama de ferro nessa história. E sua vitória ficou ainda mais inesquecível diante de adversárias tão notórias quanto Viola Davis , Gleen Close e Michelle Williams. 

Em 2009, foi eleita a 48ª mulher mais poderosa do mundo do entretenimento segundo o Hollywood Reporter. Eleição que depois de 3 anos já deve ter uma outra colocação ao nome de Streep e sua linha reta de atuações memoráveis e carisma sem igual. Não há no mundo glamouroso das estrelas quem não inveje a profissional, admire a mulher. Uma rama de  talentos entrelaçados por esta atriz extraordinária, mãe generosa e mulher esfuziante. A dama do ano. 

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